sábado, 22 de agosto de 2015

Capítulo 100

Lucas: ON
Oito meses se passaram. Foram dias daqueles que eu aprendia um pouquinho mais com cada um que passava. Eu percebi com todo esse tempo que o que te faz homem não é o sexo apenas que a mamãe e o papai descobrem quando você ainda tá se desenvolvendo. É a vida. Na marra e com todas as circunstâncias que ela estiver afim de lhe propôr. Comigo, nada foi diferente. Depois de passar um bom tempinho nas estradas aprendendo muito mais a sobreviver do que a viver, eu ganhei um pouco mais de sentido para fazer o inverso desde que a Helô apareceu. Principalmente, depois que ela trouxe a Olívia para nós. Hoje, eu me considero um homem, enfim. Capaz de dizer que não quero nunca parar de aprender nem a ser marido e muito menos a ser pai. Quero sempre melhorar e oferecer para a família que eu construí aquilo que eu tenho de mais bonito. E então, o tempo, embora a saudade ás vezes me afaste e isso doa, nunca foi tão amigo. Minha pequena está beirando os seus nove meses. Tá a coisa mais linda do mundo! E como a Helô não está ouvindo, posso assumir o quanto está ficando parecida com ela. Mas uma coisa as diferencia: Acho que desde já, podemos dizer que as personalidades são de vertentes bem distantes. A Olívia é tão doce, tão calminha, tão tranquila. Onde passa, consegue trazer isso para quem a conhece, arranjando assim um bom jeito de se comunicar com as pessoas. E isso me encanta de uma maneira que eu não conseguiria nunca nessa vida descrever. A Olívia é, sem sombra de dúvidas, a materialização do meu maior sonho e qualquer gesto que ela faz, se engrandece aos meus olhos como se nada conseguisse ser mais belo. Inclusive, ela está cheia de hábitos: Agora, mais durinha e com muito mais controle do corpo, já consegue se sentar e engatinha que é uma beleza pela casa. Se a gente segurar as suas mãozinhas ou ela conseguir pegar apoio em um lugar, muitas vezes, se arrisca até a ficar de pé. E se tem uma coisa minha que eu vejo muito na personalidade dela é o fato de que ela está sempre querendo encarar suas próprias dificuldades, não tem tanto medo assim do que quer. Por diversas vezes, nessas situações de tentar se levantar, ela cai em cheio sentadinha no chão. Mas mesmo quando chora, passa alguns minutinhos no acalento do colo da mãe e logo logo lá está tentando fazer a mesma coisa. Ela, realmente, não sossega enquanto não alcança o seu objetivo, independente do quão bobo ele pareça. As mãozinhas e braços também estão a todo vapor! Ela já pega as comidinhas da nossa mão, já consegue apontar para o que deseja e se a demos alguma coisa que ela não quer ficar, logo solta no chão, tendo muito controle daquilo que ela está afim. A sensibilidade é outra coisa que está muito mais aflorada e mesmo que a doutora Roberta já tivesse nos avisado que ela sentiria muito mais as coisas ao nosso arredor, isso nos dá até uma assustado. Um dia desses, eu e a Helô tivemos uma briguinha sem muita importância e ela estava dormindo, mas quando acordou, em função de perceber o quanto a mãe ainda estava tensa, ficou fazendo manha com o seu próprio choro, como se também estivesse estressada ou quisesse passar alguma representação desse tipo, sei lá! Mas tem outras coisas que faz e a gente ama que é o fato dela ter aprendido a mandar beijo. Tenho feito tanto snap dela assim que os meus fãs tão amando, até nos shows tem comentado sobre isso. Tá a coisa mais fofa, eu juro! Sem contar as risadas que estão cada vez mais gostosas. Falando em shows, a única coisa que bem me entristece é o fato de que ela já está sentindo quando eu tenho que sair para as viagens e muitas vezes abre um berreiro ao perceber que eu esto indo. Eu só posso sair quando a Helô está em casa, porque pelo menos, depois no colo da mãe, ela fica um pouco mais tranquila. Só que aquele chorinho me parte tanto o coração que tem horas que eu até choro junto com ela e tento passar o máximo de segurança na voz ao afirmar que eu vou voltar. Essa é a única parte da fase que eu quero que passe, porque tem alguns momentos que o psicológico fica bem abalado em pensar nesse eterno ir e vir que está a minha vida. Sobre a Helô, ela tem horas que fica bem louquinha com a bagunça que a Olívia já está fazendo, principalmente por agora ter voltado a estudar e se dedicar aos trabalhos que fazia lá no Instituto, em Santos. Tanto que por isso foi necessário que colocássemos mais uma pessoa dentro da nossa casa para ajudar a Vivian, que é a Leila. Isso facilita bastante alguns outros pontos também, como o lado casal meu e da Helô, algo que a gente tem aprendido cada dia mais a conciliar com o tempo que vem sendo algo bem escasso e nunca deixando se perder o que foi duas principais características nossa: A parceria e o fogo. Se eu parar pra pensar na minha vida, enfim, eu tenho certeza que não a trocaria por nada! Em todos esses dias que eu tenho dividido com a Helô e dedicado a construção da minha família, eu pude me sentir completo como nunca antes. 

Segunda feira, 15 de agosto de 2016

O dia amanheceu e eu acordei tentando me mexer ao máximo na cama para pegar o celular, mas assim que vi que já eram 06:00, percebi que não poderia enrolar mais na cama. Levantei-me e fui direto ao banheiro, onde fiz minhas higienes pessoais, mas com o pensamento em tudo que eu teria pra fazer antes ainda da Helô acordar. Entrei no closet afim de colocar uma bermuda e uma regata, passei um perfume e o desodorante, ajeitei o meu cabelo e terminei colocando um chinelo mesmo no pé, tentando sair do quarto sem fazer muito barulho, com êxito mais uma vez. Ela dormia com a face tão relaxada que me fez pensar o quanto, nesse único momento, parecia tão ingênua. Mal sabia o que eu estava planejando para o nosso hoje. Faz, exatamente, um ano que nós disséssemos sim um para o outro diante do altar de Deus e eu acordei tão animado, até de certa forma ansioso pelo resultado das coisas, que me sinto até com um pouco do misto que passava por mim naquele momento. Desci com um sorriso no rosto, em meio as lembranças de um dos melhores dias da minha vida, e passei para a cozinha, tentando achar alguma coisa rápida só para eu não sair de barriga vazia. Escolhi uma barra proteica, peguei o meu celular, achei a chave do meu carro e fui, enfim, saindo de casa. A segunda feira começava mais do que cedo para mim, em função dessa comemoração, e para completar, eu precisava conseguir o que planejava para agora, antes que a Helô acordasse pra ir a faculdade. Aproveitei que tinha entrado no elevador pra pegar o meu celular e mandar uma mensagem pra Vivian no whatsapp, visto que, mais uma vez, ela estava sendo uma cúmplice e tanto para tudo o que eu queria fazer. Dei graças a Deus que ela estava online e deu até pra gente conversar mais um pouco. 
"Bom dia Vivinha!
Tô saindo de casa agora
Quero saber onde eu vô achar flor kkkk
Bom dia!
Vai lá onde eu te disse...
Na barraquinha daquela senhora
É perto do Extra.
No mercado também tem,
mas não deve tá aberto ainda.
Eu tô saindo de casa também!
Acho que chego antes de vc!
Mas ela vai pra lá cedo assim?
De qualquer jeito, vou dá uma passada 
pra olhar
Graças a Deus!!
Vc precisa mesmo chegar antes de mim!
Vou deixar as flores lá embaixo
Com o seu Oscar
Aí vc coloca no closet, tá bom?
Espero que a Olívia não acorde nesse 
meio tempo kkkkk
Kkkkkk
reza pra isso, meu filho!
Vou chegar sim!
Td bem
Vc vai pra onde?
Ela vai perguntar de vc quando acordar
Vou ter que ir no mecânico
Vou lá no Souza, aproveitar
que ele abre cedo.
Meu carro precisa vê os pneus e tal
Cê fala isso pra ela
E não esquece do pen drive também
Td bem
É bom verificar isso mesmo
Pegar a estrada tem que tá tudo certinho
Quando chegar na sua casa, eu aviso se
tá tudo certo"
Mandei só um emoji para ela, porque já estava em frente aonde estacionava o meu carro lá na garagem, dei uma olhadinha rápida para os pneus e entrei nele, ligando o rádio e logo dando partida para sair. Realmente, precisava passar em algum mecânico pra olhar se estava tudo certinho, pois a última surpresa pra Helô no dia de hoje é a reserva que fiz num lugar maravilhoso para a gente lá em Campos do Jordão. Embora não iremos poder passar a quantidade de tempo que aquele lugar merece, em função da Olívia, a Renata adorou a ideia de ficar com ela nessa noite para que a gente também pudesse curtir um pouquinho. Mas, vamos lá, vamos por parte! Enquanto comia a minha barrinha proteica, fiz o caminho até o hipermercado que tinha aqui uns dois quarteirões depois do nosso prédio, pra vê se estava aberto. Como o esperado, assim que cheguei lá, embora visse algumas pessoas com o uniforme de lá chegando, as portas ainda estavam fechadas. Provavelmente, só abriria lá para as 08:00 e a essa hora, a Helô já estava até saindo para ir a faculdade. Então, resolvi seguir o que a Vivian havia me dito, de uma barraquinha que ficava acho que na rua de trás. Tentei chegar ali e consegui logo enxergar uma senhora sentada lá, com flores tão bonitas que provavelmente, tinham chegado hoje. De longe, já dava para vê o quanto estavam boas! Comemorei por ter conseguido mesmo encontrar e estacionei o meu carro bem em frente, saindo pra comprar. Ela tomou um susto quando me viu, me reconhecendo logo, que gerou até um pouco de surpresa pra mim, eu confesso. Mas adorei o abraço que recebi e pedi um buquê pequeno de rosas rosas, exatamente como a Helô gostava. Ela ainda detestava as flores, mas quando elas eram o menos chamativas possíveis e rosa, eu conseguia ganhar um espaço no coração dela com o gesto. Depois de uma boa insistência, a senhora deixou que eu pagasse pelas flores e deixei até mais dinheiro do que era de fato, só pela simpatia e por ela, realmente, ter me salvado a aquela hora. Entrei de volta no carro, deixando o buquê sobre o banco do carona. Voltei até cantando junto com o rádio e assim que cheguei no prédio, estacionei lá na frente só para deixar aquilo. Não quis escrever nada, deixaria apenas uma primeira lembrança (porque eu aprendi também o quanto a Helô é péssima com as datas) e saí com aquele enfeite. O Seu Oscar estava bem na porta do prédio, encostado no batente e assim que me viu, abriu logo um sorriso por perceber o que estava em minhas mãos.
Oscar: Bom dia, garotão! Acho que alguém vai fazer a mulher mais feliz hoje, hein!
Lucas: Bom dia, seu Oscar - ri, cumprimentando-o com um aperto de mão - Um ano, rapaz! Um ano de casamento.
Oscar: Já, Lucas? O tempo voa demais.
Lucas: Nem me fale! Mas deixa eu te dizer uma coisa... O senhor pode fazer o mesmo favor do ano passado? - ele riu
Oscar: Deixa isso comigo, rapaz! Levo isso lá em cima num pulo!
Lucas: Isso aí! Brigadão! - disse entregando o buquê para ele - Enquanto eu, já tô precisando sair de novo. Pode deixar com a Vivian que ela pega!
Oscar: Tá ótimo, meu querido! Ó, felicidades pra vocês, viu? Merecem demais
Lucas: Obrigado, seu Oscar. Mais uma vez - dei um abraço rápido nele e desci os poucos degraus que tinham ali na frente para voltar até o meu carro. Lá vinha um dia longo, mas que seria tão incrível, que nem deveria me dá ao direito de reclamar.

Lucas OFF
Helô ON

Acordei com o meu despertador tocando e desde que eu voltei pra faculdade, isso passou a ser uma coisa boa. Quando acordava com o barulho dele era sinal de que a Olívia não tinha encurtado meu sono e eu podia curtí-lo até o último segundo. Me virei pra desligar o alarme e me sentei na cama, espreguiçando o meu corpo, mas logo me levantando, porque já eram 07:00. Fui até o banheiro, fiz minhas higienes pessoais, me despi e logo entrei no banho, afim de enrolar o menos possível. Joguei uma água no corpo, lavei mais uma vez o meu rosto pra tentar espantar o máximo de sono possível e saí, após tudo isso, secando-me, colocando as minhas peças intimas e me enrolando na toalha para passar pro closet. Assim que entrei lá, meu cérebro cortou todo e qualquer ideia que vinha sobre o que iria vestir para ir. Meus olhos focaram num buquê que, apesar de singelo, o rosa fazia a diferença naquela decoração. Fui em direção a ele para pegá-lo, mas não tinha nada a mais. Minha cabeça sinalizava o porquê daquilo: A forma mais linda que o Lucas tinha de me lembrar que hoje já era quinze de agosto. E pela segunda vez essa data me trazia uma felicidade enorme, simplesmente, pelo acordar. Já fazia um ano que eu e o Lucas tínhamos casados! Meu Deus! Cheirei as flores, sorrindo feito uma idiota e aquilo me trouxe as melhores lembranças daquele dia. Nunca pensei que o momento fosse se tornar tão especial. Deixei novamente ali por cima e fui me vestir até mais animada, mais contente com todo aquele astral que o Lucas fez me rondar. Hoje me arrumei até com mais vontade, mais cuidado, colocando tudo o que queria e passando até uma make diária. Sempre gostei de deixar refletir nas minhas composições como eu estava e acho que a alegria deveria se transparecer até na roupa. Assim que terminei, totalmente, antes de sair do closet eu bati uma foto com o buquê e voltei ao quarto apenas para pegar a minha bolsa mais o meu celular, afim de não demorar muito mais para não me atrasar. Passei ainda no quarto da Olívia para vê se estava tudo bem com ela, que ainda dormia tranquilamente e então desci, editando a foto para postar com uma legenda que cabia muito bem a tudo que o Lucas transformou em mim.
@heloapollonio You saw me start to believe for the first time... You're the best thing that's ever been mine, @lucaslucco. #365days
❤️ 35521 curtiram
pridelucco Lucas não existe, olha isso! Amo forte
torcidahelucas UM ANO DE CASAMENTO, SOCORRO
giovannatorres Um mimo que faz toda a diferença... Vocês são maravilhosos!
gabiescobar Parabéns por um ano de casamento! Vocês merecem muito mais.
couplehelucas #casamentohelucas QUE SAUDADEEEE!!!
luccosincero Primeiro ano de muitos. Torço e sempre torcerei muito!!!
forlucaslucco Meu primeiro e único shipper. Helucas para sempre!
porvocehelo Saudade você de noiva, de barrigão, af, melhor dia!
worldlucco Eu amo tanto vocês que não se explica, sério
laisaneri Que o amor se renove ainda mais em cada ano... Parabéns!!
portelamari_ Que cor linda das flores!! @lucaslucco arrasô na mulher e no buquê, amo vcs
cariocadolucco Vocês merecem a felicidade eterna!!! Amo muito.
liviabarbosa Sempre que ouvia "Mine" lembravava de você, eu juro, tô chocada com a legenda
lettersforlucco #365days e eu só queria superar aquele casamento
Não li nada dos comentários e quando cheguei na cozinha, me surpreendi por pensar que o Lucas estaria lá, e na verdade só estava a Vivian mesmo. 
Helô: Bom dia! - disse chamando a atenção dela, que se virou com um bom sorriso para mim.
Vivian: Bom dia, Helô! Vai querer um cafézinho?
Helô: Vou sim! Coloca aí na xícara pra mim que eu vou fazer um misto com queijo minas - ela assentiu com a cabeça, indo pegar o recipiente que estava o café - Cadê o Lucas, Vivian?
Vivian: Disse que foi vê algumas coisas no carro.
Helô: Hm, ah sim! - disse enquanto pegava o queijo na geladeira. Fiz um o meu pão, enquanto conversava um assunto qualquer com a Vivian e durante toda a minha refeição, foi assim.
Vivian: A Leila vem hoje?
Helô: Sim! Ela disse que chegaria um pouquinho mais tarde só porque ia fazer o exame de sangue também... Eu já tô precisando sair, você fica com a Olívia nesse meio tempo?
Vivian: Mas é claro, Helô! Pode ir tranquila. Daqui a pouquinho ela acorda e a Leila chega também, não me atrapalha em nada.
Helô: Ai, obrigada então! Vou fazer só fazer um xixi, escovar o dente e já te aviso que tô saindo - ela concordou com a cabeça e quando eu olhei na tela do celular, já estava quase chegando ás 08:00, então, corri para o banheiro fazer o que eu tinha e quando sai, coloquei a bolsa nos ombros e passei na cozinha só pra avisar - Tô indo, hein, Vivian!
Vivian: Ah, Helô, pera aí - ela dizia secando as mãos no pano de prato - Vou te entregar isso aqui, ó - se aproximou de mim, tirando um pen drive do bolso.
Helô: O que é isso?
Vivian: Só mandaram te entregar - ela disse já me dando, mas também como quem tivesse segurando o riso.
Helô: Quem? Foi o Lucas? - arqueei as sombrancelhas e ela meio quem deu de ombros, como quem dizia que não sabia - Ah ou, o que você não sabe é mentir! Tenho certeza que tem a ver com aquele buquê lá em cima... Ai meu Deus - acabei soltando um risinho - Brigada, tá? - puxei ela para um abraço, dando um beijo em seu rosto
Vivian: Que agradecer o quê! Eu desejo tudo de bom pra vocês e no que puder ajudar, sempre me terão aqui.
Helô: Ai que coisa linda! 
Vivian: Agora vai que a senhorita tá mais que atrasada - disse me fazendo rir e acabando por me acompanhar, me vendo acatar o que ela havia dito. Peguei a chave do meu carro e saí de casa com certa pressa, descendo pelo elevador e indo até a garagem, onde entrei no carro, mas sabia que não daria partida agora. Queria saber de qualquer jeito o que tinha ali. Pluguei o pen drive no meu carro, mas ele parecia que pedia algo a mais, como quem exigisse não somente o rádio. Subi a televisãozinha que ali tinha e aí sim o conteúdo rodou, me mostrando logo o Lucas sentado na nossa sala, com um violão na mão. A gravação começava com um sorriso maravilhoso dele e logo ele se concentrando nas cordas do instrumento. A introdução denunciava logo o que viria: Thinking out loud.
Quando suas pernas não funcionarem como antes e eu não puder mais te impressionar, a sua boca ainda se lembrará do gosto de meu amor? Os seus olhos ainda sorrirão por causa de suas bochechas? Querida, eu te amarei até que tenhamos 70 anos. Amor, meu coração ainda se apaixona tão fácil quanto aos 23 anos! Estou pensando em como as pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas, talvez, apenas pelo toque de uma mão. Eu, me apaixono por você a cada dia, eu só quero te dizer que eu sou! Então querida, agora, me abrace com seus braços amorosos, beije-me abaixo da luz de mil estrelas, coloque sua cabeça em meu coração que bate... Eu estou pensando alto: Talvez, tenhamos achado o amor bem aqui, onde estamos. Quando meu cabelo parar de crescer e minha memória desaparecer. E as multidões não lembrarem mais do meu nome, quando minhas mãos não tocarem as cordas do mesmo jeito, eu sei que você me amará da mesma forma. Pois querida, sua alma nunca envelhece, ela é eterna, amor, seu sorriso estará sempre em minha mente e memória [...]
Assistia tudo o que aquela tradução de letra refletia em mim e a emoção, ainda mais por estar sozinha, foi mais do que difícil para segurar. O Lucas cantava aquela música com tanta leveza e ao mesmo tempo como quem tivesse a escrito sobre a nossa história que eu não sabia expressar todo aquele frio na barriga que ele era capaz de me causar, mesmo através de um vídeo e que já tenhamos passados daquela fase de começo de namoro. Ao final, mandou apenas um beijo para o vídeo e a imagem terminava. Mas o que aquilo tinha passado para mim ninguém nunca conseguiria entender. Joguei minha cabeça para trás, limpando as lágrimas que havia deixado cair e o sorriso se brotava quase que como um suspiro. Respirei fundo, pegando o meu celular e abri na minha conversa com ele. Precisava escrever e colocar para fora alguma retribuição que fosse por tudo aquilo que ele já havia feito por mim nesse pouco tempo que estava acordada.
"Meu amor... Talvez, você nunca tenha lido ou ouvido eu te chamar assim. Mas, depois de hoje, a pronúncia dessa palavra se torna fácil, porque parece que só ela seria capaz de responder a tudo aquilo que eu me pergunto sobre o que você me causa. Agradeço pelas surpresas, entretanto, o que mais quero te agradecer é, simplesmente, por me fazer descobrir o quanto esse sentimento é lindo. Há um ano eu me sentia a mulher mais ansiosa e feliz do mundo! Hoje, você não deixou que fosse diferente. O sorriso está estampado em qualquer canto meu e as borboletas ainda se mantém na barriga, mesmo depois de 365 dias. Você me faz feliz cada dia um pouco mais. Gratidão por todo esse amor! Não tenho meios de lhe retribuir isso, mas quero que você entenda que eu estarei para você em qualquer momento. Tenho muita sorte de Deus ter escolhido a mim para ser sua mulher. Bom dia e obrigada, mais uma vez!"
Joguei o celular no banco do carona e nem liguei o rádio, queria ficar com aquela música na voz do Lucas ecoando na minha cabeça durante todo o caminho. Já estava atrasada mesmo, mas nada hoje seria capaz de tirar o meu bom humor. Nada mesmo! Peguei um pouco de trânsito até chegar na faculdade, mas consegui chegar até mais cedo do que esperava, estacionando lá numa área reservada para os alunos e adentrando o estabelecimento. Dei bom dia pra todo mundo que eu encontrava pelos corredores e não conseguia me sentir menos do que num filme de comédia romântica. Sério, o Lucas nunca me fez tão clichê! Mas não tinha como arranjar outra vibe para mim hoje, porque era exatamente assim que eu me sentia: muito de bem com a vida e, principalmente, com o amor. Entrei na sala, me juntando ao grupinho dos meus amigos e como estava numa aula que eu adorava, não pedi muito tempo conversando. Já tinha feito bastante laços com o pessoal da, até então, turma nova e todo mundo parecia cooperar para o dia continuar tranquilo. Rendi muito nas aulas hoje, onde fizemos até algumas composições nos croquis e depois a aula de laboratório fez a minha manhã fechar com chave de ouro, meu Deus! Como eu amo estudar essa parte. Ainda fiquei conversando um pouquinho com o pessoal lá na saída, mas a fome apertou bastante e a saudade da minha filha que me rondava aonde quer que eu ia, a partir de agora, me fez voltar para a casa sem me demorar muito. Peguei um trânsito chatinho na volta, mas aquilo era tão típico em São Paulo, que eu aprendi que isso é uma coisa que eu já perdi a paciência para reclamar, por mais louco que isso possa parecer. Me vi chegando em casa por volta das 13:40 e assim que entrei, vi o Lucas sentado lá na sala de estar, assistindo televisão, mas que logo voltou as atenções para mim quando percebeu a minha chegada.
Helô: Eu tô até sem graça de falar contigo hoje, é sério - falei, deixando a minha bolsa sobre o rack 
Lucas: Por quê?
Helô: Ah ou! - falei me sentando ao seu lado - Quanta coisa boa você já fez pra mim e eu acabei nem pensando em nada.
Lucas: Se me der um beijo, já não precisa fazer mais nada... Cê já faz todo dia memo!
Helô: Para com isso! - falei passando a mão no rosto dele - Te amo! - disse passando a ponta do meu nariz na sua bochecha, entre a sua barba e logo arrastando os meus lábios para roçarem nos seus. Ele colocou suas mãos em minha nuca e colou as nossas bocas sem perder muito tempo. Nossas línguas tinham uma sintonia de explorar uma a outra que tornava qualquer movimento dar um gosto ainda melhor a tudo que compartilhávamos entre o beijo e mais uma vez, só fizemos parar quando a falta de ar nos foi inconveniente.
Lucas: Eu que te amo! Muito - me deu mais um selinho 
Helô: Eu juro, eu me sinto muito feliz em ter você...
Lucas: Eu também. Cê não tem noção das coisas que é capaz de fazer em mim!
Helô: Muito menos você - soltei um risinho - Maior e melhor transformação de todos os tempos
Lucas: Linda! - selou os nossos lábios - Como é que foi a faculdade hoje?
Helô: Boa, né?! Mesmo que tivesse ruim, pra mim foi boa - ri, me levantando - Cadê a Olívia?
Lucas: Tá lá em cima no quartinho dela com a Leila, eu acho. Ela disse que iria dá banho!
Helô: Ela almoçou já?
Lucas: Uhum, cê demorou! Mas aí também se sujou toda, né? Tem que sair daqui direto pra água
Helô: Conheço a peça - rimos - Mas o bom dela ter comido papinha agora é que só vou amamentá-la a tarde - ele concordou, balançando a cabeça - E você? Já almoçou?
Lucas: Nada, tava te esperando
Helô: Ai, melhor marido do mundo, fala sério!
Lucas: Pode falar, meus ouvidos tão aqui pra ouvir isso memo - disse se levantando, rindo e não me deixando ficar séria também 
Helô: Ai meu Deus, vamos pra cozinha comer logo que eu tô querendo vê minha filha pra apertar muito - disse o puxando pela mão e nós fomos até a cozinha, onde a Vivian já tinha terminado o almoço e os pratos estavam até lá sobre a bancada já para nós - Aí está sua maior cúmplice, né?! 
Lucas: Mais parceira que essa mulher está pra nascer, melhor de todas - disse causando sorrisos nela, que atentava a nossa conversa
Vivian: Me inspirei ainda mais olha e fiz um almoço caprichado pra vocês, podem sentar aí
Helô: Assim que eu amo, tô tão morta de fome...
Lucas: Quando não? - ele me interrompeu
Helô: Cala a boca, meu!
Vivian: Ah, o amor! - ela disse rindo, terminando a seriedade entre nós também.
[...]
Já eram 15:00 da tarde e eu tinha acabado de chegar aqui no Instituto. Dessa vez com uma pecinha a mais: A Olívia. Estou há um bom tempo querendo trazê-la aqui, mas nunca conseguia arranjar um tempinho. Hoje, aproveitei todo o meu bom humor, pra fazer isso. Embora tenha vindo de táxi, por um probleminha que eu senti no motor do meu carro assim que eu estava saindo de casa, nem isso foi empecilio para trazê-la. Por todos os corredores que eu passava, alguém parava pra mexer com ela ou até mesmo conhecê-la e minha bichinha tava tão simpática que dava até orgulho. Cheguei até a sala da Nadine cheia de elogios pra ela e quando entrei lá, não foi nada diferente.
Nadine: Ai, mas eu nem acredito! - ela se levantou toda animada ao vê que eu estava com a Olívia nos braços.
Helô: Hoje vim com o chaveirinho, hein?!
Nadine: Chaveirinho mais lindo! Quero sempre aqui para encantar o Instituto.
Helô: Olha, não é porque é minha filha não, mas já conquistou todo mundo aí por onde eu passei - ela riu e segurou a mão da Olívia, dando um beijinho e logo recebendo um sorriso dela
Nadine: Mas ela está linda demais, Helô! Tá com quantos meses?
Helô: Vai fazer nove depois de amanhã, tá passando muito rápido.
Nadine: É assim, menina, a gente pisca e olha... Já estão todos criados e maiores que nós
Helô: Bom, eu acho que essa parte não vai ser muito difícil - ri - Minhas crianças estão lá na quadra, Ná?
Nadine: Tão, pelo menos quando eu passei, já estava aquele alvoroço. Já vai para lá?
Helô: Vou sim! Vamos com a gente? Ou tá com muito trabalho aí?
Nadine: Até estou, mas.. Eu vou! As crianças vão ficar muito animadas ao vê a Olívia!
Helô: É verdade! Vai ser demais - rimos - Então bora!
Nadine: Bora, bora! - ela disse pegando a sala da chave, além do celular, e nós fomos saindo indo em direção a quadra. No meio do caminho, ainda paramos na sala de informática, para cumprimentar a professora lá que era minha amiga e ficou enlouquecida com a Olívia mesmo. Mas nada se comparou a reação das crianças quando eu entrei e elas perceberam que eu estava com a minha filha nos braços.
Helô: Oi gente!! Olha que eu trouxe companhia para nós, hein?
Milena: Tia, é sua filha?
Karen: É sim, né? Parece contigo
Matheus: Tem o olho igualzinho, ó
Isabela: Ai tia, ela é linda!
Gabriela: Parece uma boneca!
Luan: Ela vai ficar aqui com a gente?
Nadine: Meu Deus, acalmem-se - disse rindo com aquela avalanche de perguntas e coisas que eles começaram a falar, causando essa sensação em mim também - E boa tarde, meus amores!
Helô: É verdade, gente, boa tarde! - acenei para eles, como uma forma de cumprimentar todos - E sim, é a minha filha! A Olívia veio hoje conhecer vocês e me fazer companhia, gostaram da surpresa? - eles saíram falando sim todos juntos, embolados e naquela gritaria de sempre.
Nadine: Ela vai ficar aqui sentada com a tia Nadine, enquanto vocês fazem aula e depois tem a brincadeira, pode ser?
João: E a gente não pode brincar com ela agora?
Helô: Ah, vocês tão querendo me trocar pela minha filha, é isso?
Luiza: Não tia, mas a gente quer brincar com ela também.
Helô: Ahhhhh bom - falei colocando a mão na cintura, os fazendo rir - Mas vai dá tempo da gente fazer tudo, podem ficar tranquilos - sorri - Ná, vai pegar ela?
Nadine: Vou, pode me dá a princesinha aqui! - disse a pegando de meu colo, que foi sem precisar fazer muito esforço - Ela já senta né, Helô?
Helô: Senta sim!
Nadine: Então vou ficar com ela ali - disse apontando para os tapetes coloridos de emborrachado que ali tinha e indo para lá com ela. Fiquei ainda conversando e abraçando algumas crianças, enquanto a maioria já estava perto da Olívia que fazia tanta gracinha que deixava todos eles encantados nela - Helô, tira uma foto dela aqui! Está uma linda!
Helô: Vou tirar! E depois vou bater uma com todos vocês, pode? - falei olhando para as crianças que me responderam todos animados - Mas olhem, depois é aula, viu? Tão querendo me enrolar que eu tô vendo... - eles ficaram rindo e eu peguei o meu celular pra bater primeiro uma foto da Olívia e depois a Nadine a colocou sentada em suas pernas, para as crianças poderem juntar ali do lado e a gente bater uma selfie daquelas. Ficou maravilhosa a foto, mas antes de guardar, eu acabei postando a que eu havia tirado só da Olívia, porque a com todo mundo eu postaria depois contando da experiência dela lá no Instituto e de tudo o que havia acontecido, todo aquele carinho que já era muito expresso pela ingenuidade de todas aquelas crianças.
@heloapollonio Oiê pra quem já tá aqui no trabalho da mamãe perturbando muito a tia @nadine.goncalves e virando amigo de todo mundo haha
❤️ 40566 curtiram
nadine.goncalves Olívia linda dos olhos de Deus. Nosso xodó!
smilelucco Maravilhosaaaa!!!
canogueira Ela é a bebê mais linda que existe. Parabéns por essa benção!
eliteneymar Você e a Olívia no Instituto, me ajuda =(
aninhasantana Meu Deus, como é linda sua bebê!!!
liveforlucco Olívia muito amada! Minha paixão.
reasonleandro SOCORRO HELÔ QUE PRINCESA
affectionbiel E esses olhos? Vontade de chorar largada
faslucco Mas é muito linda, gente, sô apaixonada!
contigolucco Esses dentinhos já saindo... pequena maravilhosa!
sorriaheloiza Uma princesa!!! Amo muiiiito!!!
brunasantoniTá cada dia mais a sua cara, que linda! Os olhos são inesquecíveis!
Embora os comentários sempre fossem ótimos quando eu postava uma foto da Olívia, não pude ficar lendo muito, pois teria que começar a dar a minha aula e já seria meio difícil em função da dispersão causada pela Olívia. Quando eu consegui concentrá-los um pouquinho mais, passei algumas coisas para ele e a Olívia prestava atenção em tudo, ficando toda empolgada principalmente quando ouvia as músicas e via toda aquela farra que as crianças faziam durante as danças. No meio da aula, a Nadine aproveitou a chegada do Bruno, um rapaz que sempre me ajudava lá, para deixar a Olívia com ele e ir para a sua sala vê algumas coisas, e embora a Olívia tenha ficado bem mais tímida com ele, assim que acabou a aula, eu deixei as crianças brincarem um pouquinho com ela, e ela logo se soltou. Tinha um cuidado a mais na supervisão por ela ser menor e não saber ainda nem andar direito, mas eu confesso que adorei ver a minha filha no meio deles. E principalmente, amei perceber o tanto de carinho eles conseguiam passar não só para mim, quanto para ela, me provando que quando uma pessoa quer disseminar o bem, ela faz isso para qualquer um. Essas crianças era incríveis e eu me sentia cada dia mais satisfeita em trabalhar aqui e estreitar a relação profissional-pessoal com muito êxito. Quando o professor de educação física veio chamá-los para fazer a última aula do dia de hoje, eles todos se despediram da Olívia com muitos beijos e abraços e fizeram o mesmo comigo, algo que já era mais comum antes de saírem da sala. Aproveitei, então, para juntar as minhas coisas também e depois de uma conversa rápida com o Bruno, me despedi dele, decidindo passar só antes na sala da Nadine para poder ir embora. Bati na porta e assim que ouvi um entra vindo da Nadine, eu a abri e me coloquei na passagem da mesma, com a Olívia nos meus braços.
Helô: Ná, eu tô indo, viu? Acabei minha aulinha, tá todo mundo mortinho inclusive a mocinha aqui
Nadine: Pulou bastante né, princesa? - disse se levantando, rindo, para se aproximar de nós - Por isso que eu falo, tem que vir mais com a mamãe mesmo!
Helô: Irei trazê-la mais vezes, sério! As crianças também amaram!
Nadine: Ah, menina, eles sempre fazem a festa, você vê! Tem que marcar com a Carol pra ser num dia que ela traga o Davi mesmo.. Aí não vai ter aula, mas em compensação a diversão vai ser ótima - rimos e antes que eu pudesse completar, senti o meu celular vibrar dentro da minha bolsa
Helô: Ai meu Deus, tá esse telefone tocando - falei tentando segurar a Olívia apenas com uma mão pra poder pegar o aparelho
Nadine: Me dá ela aqui, Helô, aproveitar um último minutinho com ela - disse sorrindo e pegando a Olívia do meu colo, que tinha se dado tão bem com ela, que até se jogava para seus braços. Ri da cena, achando o meu celular e me surpreendi em vi o nome do Lucas na tela.
Helô: Oi, Lu! - falei já atendendo
Lucas: Oi, doidinha! Acabou a aula aí?
Helô: Nesse exato momento! Tô me despedindo da Nadine e já tô indo pra casa... Por que?
Lucas: Então, sai aí que eu tô aqui na porta. Vim buscar vocês!
Helô: Tá falando sério? Ai, que bom, então tô indo!
Lucas: Tá bom, tô esperando aqui - nos despedimos e eu desliguei logo o celular, para poder ir e ele esperar menos.
Helô: Ná, o Lucas tá aí, veio nos buscar, acredita? Vô aproveitar esse bom humor todo e ir logo! - ela riu
Nadine: Vai sim que daqui a pouco até eu tô indo - riu, dando um beijo na bochecha da Olívia - Foi muito bom você aqui viu? Pede a mamãe pra voltar logo! - disse me entregando já, me fazendo ficar com um sorrisinho nos lábios, claro.
Helô: Tô falando, vou trazer sim! Obrigada aí viu? Beijão - falei me despedindo dela
Nadine: Beijo, querida, vão com Deus
Helô: Manda um beijo pra tia, Olívia - falei diretamente a ela que demorou um pouco, mas logo reproduziu o gesto, fazendo a Nadine morrer de amores
Nadine: Meu Deus, mas é muito linda mesmo! Tem que namorar o meu neto, Helô, não tem jeito.
Helô: Deixa o dindo e o pai dela ouvirem - ri 
Nadine: Vou fazer o Davizinho ter mais juízo que o pai aí sim eles vão se entender
Helô: Isso é, tem que ter muito mais juízo mesmo! Aí até eu deixo - rimos juntas e eu mandei mais um beijo para ela, assentindo que já estava de saída mesmo. Passei pelo Instituto até chegar ao portão, onde me despedi de mais algumas pessoas que encontrei pelo caminho, sempre brincando com a Olívia e assim que cheguei na saída, vi o carro do Lucas estacionado lá. Me aproximei e ele logo tratou de destravar as portas, para eu poder colocar a Olívia na cadeirinha dela. Ajeitei-a rapidinho e passei para o banco do carona, entrando no carro e o dando um selinho, depois de bater a porta e colocar o cinto - Tudo bem?
Lucas: Uhum, tudo certinho! E com cês? Como é que foi esse dia aí com a mamãe, filha?
Helô: Foi muito bom né, Olívia? Fez bagunça a beça, toda mimada... Adorou com certeza!
Lucas: Eu imagino - ele deu um risinho, dando partida no carro - A gente vai lá na tua mãe, tá?
Helô: Na minha mãe? - falei me virando para ele, franzinho o cenho - Fazer o quê?
Lucas: A gente tem que passar lá, pô!
Helô: Ah Lucas, fala sério! O que é que é?
Lucas: Não é nada demais, meu, ela só que me ligou pra gente ir lá.
Helô: Ai, você gosta de me enrolar, que saco - falei pegando o meu celular dentro da bolsa, só pra procurar algum meio de me distrair dele. Ouvi ainda sua própria risadinha, mas nem liguei para isso, mantendo a minha própria seriedade. Mas por pouco tempo eu consegui, né? Assim que abri o instagram, depois de responder algumas mensagens que tinham lá, eu vi uma marcação do Lucas e não tinha como não me abobar, pela centésima vez, nesse dia de hoje.
@lucaslucco Mas quando Deus quer, sabe como é que é! @heloapollonio #BodasDePapel
❤️ 200345 curtiram
comvocelucco ESSA FOTO MINHA GENTE
porvocehelo Não dá pra crer que já passou um ano, sério.
portilucco Vão até as bodas de ouro, se Deus quiser. E eu estarei aqui ainda, podem acreditar.
princelucco Amo o seu amor próprio de postar legenda com as suas músicas haha
welovelucco AS TATUAGENS !!!! Vocês são muito amor. Shippo pra sempre!
ferreiramarina União abençoada por Deus, quanto orgulho!
thaisdolucco HELUCAS!
gabimedeiros Primeira bodas de muitos... Vocês são dignos com todo esse amor.
couplehelucas A foto fala por si só. Muito bom amar vocês, sério.
myloveLL Parabéns, minha vida!! É tão bom saber que você encontrou sua felicidade.
camilasuzano Deus quis e escreveu para o resto da vida esse amor. Parabéns!
torcidahelucas Feliz um ano do dia mais louco do fandom hahaha amo pra sempre!!!
mozaoLL_ Vocês dois nasceram um pro outro e pra felicidade. Sou fã número um!!
flaacosta Seu marido é acima da média, valorize sempre! @lucaslucco

Helô: Você é insuportável, mas por quê faz essas coisas? - falei virando a tela do celular para ele, que olhou rapidinho e deu um sorriso
Lucas: Essa foto é linda, né?
Helô: É, tem eu pra salvar, graças a Deus
Lucas: Não dá trégua nem hoje, fala sério - disse me fazendo rir - Pode comentar uma coisa fofa aí, pelo menos
Helô: Ah some, tá cheio de gracinha aí, vou até ficar quieta de novo
Lucas: Isso, melhor coisa - dei um tapinha lá na coxa dele, que o fez gargalhar, mas eu realmente voltei as minhas atenções para o celular. Comentei um "Que saudade desse dia! Eu amo você!" na foto dele e tratei de bloquear o aparelho, porque sabia do enxame que se instalaria por lá depois disso. Fiquei vendo mesmo o rápido caminho até a casa dos meus pais, por ora brincando um pouco com a Olívia que ficava toda esperta no carro e com a gente, e quando chegamos lá na casa dos meus pais, ele estacionou apenas na frente.
Helô: Vai entrar com o carro? - falei soltando o cinto de mim
Lucas: Não, a gente vai sair - eu o encarei, semicerrando os olhos - É sério, não tô de gracinha - ele disse rindo
Helô: Que isso? Quando eu falo que você me enche o saco, você que acha que eu tô de graça - falei abrindo a porta, aproveitando que ele já tinha destravado a porta e indo até a porta de trás pra tirar a Olívia da cadeirinha - Vem filha, que seu pai tá ó...
Lucas: Um lindo, não pode reclamar de nada - falou saindo do lado dele também e indo comigo tocar lá na casa dos meus pais. Não demorou muito e vieram os dois abrir o portão e para ser mais estranho ainda, com uma mochila na mão.
Helô: Que porra é essa?
Renata: Hoje só quem entra aqui nessa casa é a Olívia.
Sérgio: Vocês dois podem dá meia volta
Helô: Gente, sério, que isso? 
Lucas: Você é toda chatinha! A gente vai fazer um passeio rapidinho... E seus pais vão ficar com a Olívia.
Helô: Sério? E por que você não falou logo?
Lucas: Porque você é sempre cheia de perguntas e ainda vai ficar querendo saber pra onde.
Helô: É, pra onde a gente vai? - meus pais riram
Lucas: Isso aí já é demais! Deixa nossa bebê aí que daqui a pouco a gente tá de volta.
Helô: Ai meu Deus...!
Sérgio: Vem com o vovô, vem Olívia! - falou esticando os braços pra ela que tratou logo de se jogar para ele - Papai e mamãe vão dá uma voltinha rápida e já voltam.
Renata: Enquanto isso a gente vai ficar aqui brincando a beça! Manda um beijinho pra eles, vai! - ao contrário do que eu pensei, ela nem ameaçou choro e ainda fez o gesto, mais uma vez, fazendo eu e o Lucas ficarmos a admirando que nem dois bobos.
Lucas: Já já a gente volta, meu amor! - disse segurando o rostinho dela e dando um beijo em sua testa
Helô: Isso mesmo! Não dá trabalho pra vovó e pro vovô, viu? - dei mais um beijinho nela e eu e o Lucas nos despedimos dos meus pais, que só soltaram um aproveita para nós. Entramos no carro, depois de pegarmos a mochila, acenando para eles e antes ainda do Lucas dar a partida, ele buzinou pra dizer que estávamos mesmo indo - Você não tem um limite, né?
Lucas: Pra quê? Cê também não tem nenhum, pô!
Helô: Ai até parece! Quando a gente fizer dois anos de casamento vou ter que ter uma criatividade sinistra pra poder retribuir tudo isso, né?
Lucas: Para de besteira, sério... Eu faço isso pra gente!
Helô: Tá, então vamos aproveitar e contar pra onde você tá me levando
Lucas: Lá você vai descobrir - revirei os olhos - Calma que isso não é um sequestro... Ou quem sabe, né?! Seus pais já até permitiram
Helô: Eu queria saber o que você faz com eles pra deixá-los tão assim, meu - ele riu
Lucas: É amor, igual o que você sente por mim 
Helô: Sonha demais
Lucas: Muita realidade, ou, cê sabe!
Helô: Deixa eu ligar pelo menos o rádio, porque né? Se eu for sequestrada, é bom não ouvir tua voz até lá - assim que eu liguei, estava exatamente em O Vagabundo e a Dama, do Oriente - Bom, essa não foi a música que eu pensei que seria trilha de um sequestro - ele gargalhou
Lucas: Não é do seu memo? Bom que já é a tua música preferida, pô
Helô: Olha, tá sabendo! Que lindinho - falei me divertindo
Lucas: Fica quietinha aí que eu vou cantar ó - ele me fez virar para ele que, batucava levemente o volante e já estava com um sorriso no rosto - Ele ratinho de desenrolo... - cantarolou apontando para si próprio, nem um pouco convencido
Helô: E ela beleza indescrítivel... - fiz o mesmo que ele, colocando uma das minhas mãos no meu ombro
Lucas e Helô: E começa a história de um amor impossível! - soltamos um sorriso juntos, pós cantarolar essa frase e depois acabamos caindo em gargalhada mesmo, porque a cena tinha sido a melhor da vida
Lucas: E olha que acabou virando possível...
Helô: E vai ser pra sempre... - completei fazendo ele logo esboçar um sorriso lindo no rosto, daqueles que me desconcertavam, tirando totalmente os olhos da estrada.
Lucas: Vai ser pra quando, Heloíza?
Helô: Ah ou, Lucas Lucco! Num é porque você me fez acreditar nele que eu vou ficar repetindo igual trouxa apaixonada - ele gargalhou - E olha pra frente, menino, a gente tem filha pra criar ainda.
Lucas: Ai meu Deus, essa é a minha doidinha que eu bem conheço! - ele colocou uma das mãos na minha coxa, apertando levemente e com um sorriso no rosto que não conseguia sair. Nem de mim, nem dele. Ali nossa comemoração só estava começando. Ou melhor, toda a nossa vida.





Epílogo:

Acho que Helucas foi muito além de um termo criado para definir eu e o Lucas. Foi a mais perfeita junção que encontramos para denominar um amor que ele veio para me apresentar. Parece que Deus havia o feito com mais essa função, além de encantar a todos com o seu dom e a sua alegria de viver. Por muito pouco eu o disse tudo o que sentia, mas ele conseguia sentir pelas minhas atitudes o quanto eu o admirava. O quanto eu amava o ouvir cantar. O quanto eu acreditava que ele podia ser uma ferramenta de mudança do mundo. O quanto a fé dele renovou a minha. O quanto ele conseguia ser incrível muito além daqueles músculos bem definidos que mesmo depois de um tempo, ele não deixou de exibir. E mais uma das coisas que o fazia entender o quanto ele era insubstituível na minha vida era através das crianças, o nosso laço eterno, a solidificação do nosso amor. Como assim a palavra criança no plural? Pois bem, o Lucas não se contentaria em ficar somente com a Olívia e disso eu já tinha certeza. Além do que ser mãe fez muito bem a mim. Ser pai fez muito bem a ele. Admitir responsabilidade por alguém, ao contrário do que acontece em muitos outros casamentos, só nos fez crescer como casal, como dupla, como seres inseparáveis. Então, três anos depois veio o nosso segundo filho, Pedro Lucas, nome escolhido pelo Paulim, pois descobrimos o sexo exatamente no dia de seu aniversário. E a nomeação também tinha razões óbvias: Pedro pelo seu pai e Lucas pelo próprio filho. Apesar de sempre ter achado muito clichê essas coisas, eu simplesmente adorei essa junção. Achei incrível pelo significado e passei a entender muitas coisas. Quando o nosso Pedro Lucas chegou, foi só alegria e a realização de mais um sonho, afinal eu sempre quis ter um menino para deixá-lo com um estilo impecável. E tô conseguindo, viu? Não planejado e por eu e o Lucas nunca termos deixado de gostar de se entender na cama, três anos, coincidentemente também, depois tivemos nossa terceira filha. Sim, mais uma menina para enlouquecer o papai ciumento do coração: Helena. Eu sempre fui fã desse nome, mas ficamos em dúvida até o momento do registro entre esse e Alice, porém o Lucas decidiu pelo nome dado por parecer mais com o meu, como uma forma de homenagem que aflorou meus sentimentos lá mesmo enquanto ainda estava no hospital.

Por enquanto, só estamos com os três. Tão diferentes e tão iguais assim como os pais! Olívia continua a minha imagem em outra pessoa, mas a personalidade... O pai inteirinho! Apesar de ser a mais calma dos três, tem um jeitinho possessivo com tudo que a rodeia e para lembrar mais ainda o Lucas, tem uma paixão por música. Adora ver o pai cantando e tocando e sempre está querendo ficar por perto do violão dele. Acho que ela vai levar jeito para isso. Quanto ao Pedro Lucas, é o filho que mais me dá trabalho! Mas esse é o contrário. Se assemelha demais ao Lucas, mas no resto é todo eu: ainda que pequeno, demonstra uma personalidade forte, adora carros e é mais implicante com as meninas, ainda que seja o irmão do meio. Lucas o ensina desde sempre a ser super protetor com as irmãs, mas ele é durão, acho que vai ser como eu com o aspecto de não gostar de demonstrar sentimentos. Só que acata algumas coisinhas que o pai fala e tem esse cuidado, embora seja mais introspectivo. Agora Helena... ah, ela é o nosso doce! E a mistura mais perfeita entre mim e o Lucas. Não nasceu com os olhos tão claros quanto o meu e da Olívia. Na verdade, eles são bem parecido com o da Karina. Mas, independente da cor, o que mais adoramos é como eles são expressivos. E é dona do sorriso mais incrível desse mundo! Pode ser que tenha sido privilegiada pela colocação de caçula, por enquanto, na linhagem, mas é muito mimada por todos nós e retribui todo esse carinho. Adora mandar beijos, rouba a cena por onde passa com a simpatia e ama ficar comigo na cozinha, quando estou cozinhando. 

Falando em mimo é muito fácil lembrar de quatro pessoas: Sergio, Renata, Paulim e Karina. Juro que são os avós mais babões do mundo! As crianças adoram a companhia deles, os carinhos das vovós e as doideiras dos vovôs. Vira e mexe quando eu decido viajar com o Lucas ou simplesmente sairmos para fazer quaisquer programas de casal, eles nunca reclamam de ficar sem nós, pois sabem que irão ficar sob ótimos cuidados. Não posso me esquecer nesse parágrafo do Leandro, um tio maravilhoso! Ele vai trabalhar, mas sempre quando volta passa na nossa casa primeiro para visitar (e encher de presente, diga-se de passagem) os três. Não é porque ele é único não, mas é o tio preferido deles! A Isabella é outra que é puro amor com eles! A gente continua com a brincadeira que os meus filhos são nossos, assim como sempre fizemos com o Nick, porque ela me ajuda em tudo. Desde o começo, desde a minha primeira gravidez, desde a Olívia, nada mudou. Nossa amizade é uma das poucas coisas que eu tenho como certeza na vida e isso não tem fim. Pelo menos, não nessa. Falando no Nick, ele está enorme, me dando cada ciúme que eu não quero nem pensar quando as minhas crianças crescerem. Descobri que depois de ser mãe a gente fica insuportável de ciume sim! Meu loirinho nunca deixará o posto de meu filho mais velho e ama estar com os "irmãos", como a gente faz questão de deixar eles se denominarem, vindo sempre aqui pra casar passar dias conosco e se divertir muito. Os outros padrinhos dos nossos filhos também são pessoas muito presentes. Pedro Lucas foi batizado pela Camila e pelo Willi e Helena pela Tata e o Alê. Mas isso não faz muita diferença, pois os seis tratam as três crianças de igual pra igual e eu e o Lucas mesmo costumamos brincar que nossos filhos são do mundo já desde que nasceram.

Quanto a minha vida, cada vez mais que os anos passam, eu venho alcançando êxito dos meus sonhos, com muito apoio do Lucas também. Consegui terminar a minha faculdade de Moda e ainda fui selecionada para trabalhar num ateliê, fazendo muitos modelos de todas as coleções viáveis de roupas que grandes marcas reproduzem. Além disso, eu pensava que conseguiria largar a agência de modelos após me formar, mas não deu. Meus contratos não param de aumentar e eu tenho fotografado muito, então aprendendo a conciliar minha vida de estilista, modelo, mãe e mulher.

Sobre o Lucas, esse cara voou. Muito mais do que ele esperava, mas por toda confiança que eu tinha no que via, eu já acreditava. Além de ter feito alguns trabalhos como ator, explorando essa área impecavelmente, sua carreira musical nunca foi deixada de lado. Teve e ainda tem inúmeros sucessos emplacando em rádios, novelas e o número de show, embora tenha se reduzido pela prioridade da vida em família e até pela idade, não deixa de estar lotado, com todas as suas fieis fãs ao seu lado. Outra coisa incrível foi ter conseguido muito êxito em carreira internacional! Ele fez diversos shows em turnês pela Europa e pelos EUA  e já tem sua assessoria planejando novamente isso, em função do lançamento recente de um novo dvd. 

Agora vamos a falar do que falta: do meu casamento. Todo mundo sabe que eu nunca levei fé nisso. Só que por um lado eu acho que isso foi maravilhoso, porque a cada dia mais venho superando minhas expectativas. Hoje, eu amo mais do que nunca acordar e ver o Lucas deitado lá do meu lado, ás vezes muito cansado de um final de semana inteiro de show. E quando ele não está por aqui, eu sempre vou dormir com as crianças para não ver nosso quarto tão vazio. Quando ele está em casa, embora eu deteste todas as vezes que ele deixa a toalha molhada em cima da nossa cama, desarruma o armário inteiro pra procurar uma porcaria de roupa pra malhar, quebre todas as lâmpadas que vai trocar, entre sempre com os sapatos todo sujo das trilhas que ele vai fazer pela casa e ainda não tenha aprendido a levantar da cama sem me acordar, supera qualquer coisa estar com ele. Com aquela alegria, aquela paciência que ele tem para estar em família e até aquele jeitinho ciumento que só eu sabia fazer voltar ao normal, durante a noite. Lucas me ensinou a dar muito mais valor as coisas simples. Eu acho sensacional coisas como numa segunda feira, quando eu tô fazendo alguma coisinha pra gente jantar e ele tá lá sentado na bancada, me distraindo conversando sobre o preço das coisas das crianças ou contando sobre alguma nova composição dele. Ou então, quando eu chego em casa morta de cansaço depois de um casting e ele já dispensou a moça que me ajuda em casa, e ainda colocou todo mundo pra dormir, me esperando só para fazermos a última refeição do dia juntos enquanto me ouve tagarelar sobre as fotos. A gente ainda briga muito. Se implica, grita, diz que vai se separar. Eu continuo sendo a impulsiva e ele o ciumento. Eu continuo falando um monte de besteira, mas só deixando a gente fazer as pazes quando ele vem atrás, porque meu orgulho ainda não aprendeu a ser menor. Ele continua me enchendo o saco e me fazendo cair na pilha do estresse. Afinal, ele sempre amou me ver assim! Ainda diz que eu fico mais sexy. Pois bem, estamos longes de ser perfeitos e nunca tentamos alcançar isso. Nós temos plena certeza de que não conseguiremos ser protagonista de um som como Mozão. Mas a gente sabe que tudo o que dizemos não passa da boca pra fora. E a gente não ousa colocar os pés longe da nossa casa, que construímos para colocar a nossa família que cada dia vem se tornando maior, do jeitinho que ele sempre quis e me fez aprender a querer também. Os anos continuam passando, mas eu continuo sendo doidinha para ele. E coisas como essa fazem a diferença do nosso modo de amar. Faz a gente entender que tem coisas que Deus escreve para dar certo, embora o mundo inteiro compreenda como errado.  



Meninas do Céu! Chegamos ao centésimo capítulo, ao nosso último capítulo. Eu, realmente, não consigo escrever nada do que repetir obrigada. Muito provavelmente, pela centésima vez, mas essa é somente a palavra capaz de resumir tudo o que eu tenho a dizer-lhes. Terminei esse blog graças a todas as palavras amigas, ao incentivo e ao carinho de todos vocês. Sinto orgulho de mim mesma e vocês também deveriam, pois foram mais do que responsáveis por cada passo da história. Não me estenderei aqui, mas responderei cada comentários dessa postagem, pois vocês merecem que eu faça isso, agradecendo cada um, um por um, por me ajudar nesse mundo de Helucas. Hoje, tudo isso faz parte da minha vida e se tornou inesquecível a partir de agora.
Digo-lhes apenas, acompanhado de todo amor e gratidão, um até breve! Deus abençoe vocês.
Gabs [ @forlucaslucco / @amorproibidofic ]

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Capítulo 99

Durante a noite as coisas foram bem mais tranquilas para as crianças do que eu pensei, mas preciso dizer se eu já era louca com uma, imagina com duas, né? O hábito de ver se a Olívia estava respirando se multiplicou para o Nick sim e assim eu me arrastei até o amanhecer. Por volta das três e pouca a Olívia também chorou pra mamar, mas graças a Deus só quem acordou comigo foi o Lucas, mantendo o Nick no soninho tranquilo dele. Amanheceu a quinta feira e eu acordei sentindo a cama tão espaçosa que assim que abri os meus olhos constatei o que já esperava: O Lucas e o Nick já haviam se levantado, enquanto do meu outro lado, Olívia continuava seu soninho tranquilo na sua caminha. Puxei meu celular e vi que eram 08:30, então, decidi me levantar logo de uma vez, me arrastando até o banheiro de tanta preguiça. Fiz xixi primeiro, toda lerda, e quando parei na bancada para poder lavar o rosto e escovar os dentes, vi uma folha lá em cima. Resolvi lavar meu rosto primeiro, até pra enxergar direito o que era, sequei com a toalha e quando peguei, reconheci aquela letra: Era do Lucas.
"Eu acordei no meio da noite, com aquela insônia de cantor que você me questionou se existia a primeira vez que a gente se viu, você lembra? Então... Mas o que eu quero mesmo te fazer lembrar é que fazem 365 dias que você me aceitou. Você abriu a sua vida e me deixou conhecer algo que eu pensei que não poderia ser tão lindo: o seu coração. Hoje, depois de casados e da Olívia, talvez essa data poderia passar imperceptível, mas para mim, nada que se relaciona a você é assim. Eu quero comemorar, até mesmo sem motivos, a felicidade que foi ter conseguido lhe fazer se permitir. Que sorte a minha ter sido comigo! 
Só quero que acorde sabendo que você é o meu maior sonho. E é provedora de mais um. Eu cresci com esse desejo de ter a minha família e de caminhar com alguém do meu lado. Sonhei em ter um futuro especial ao lado de uma pessoa assim. E então, de um jeito talvez torto e com muitas provações desde o início, chegou você. A cada dia que passa, tenho mais certeza que nascemos um pra o outro. E como eu já usei clichê, te pouparei de escrever aqui que duraremos para sempre. Mas... Deixa esse amor viver dentro de nós até o fim?"
Eu senti a emoção chegar em mim a cada vez que meus olhos se enchiam mais de lágrimas. Meu Deus do Céu! Hoje já era dia 18 de dezembro de 2015, exatamente, um ano desde aquele dia em Fortaleza que o Lucas fez uma das maiores surpresas para mim. Ele sabia mexer com todo o meu lado emocional de uma maneira que não se explicava! Além daquelas palavras lindas e da lembrança desse dia, ele ainda fazia questão de escrever isso a própria mão. Isso era um cuidado que eu sempre gostava nele, não sei porquê muito bem, mas dava um toque tão a cara dele, tão mais humano, tão mais verdadeiro. Deixei ali em cima para poder escovar os dentes e nem precisei fazer muito esforço para isso: Estava com um sorriso no rosto que não conseguia sair. Minha cabeça rebobinava diversas coisas que aconteceram com a gente e chegava a ser surreal pensar que todas essas coisas aconteceram em apenas 365 dias. É óbvio que o Lucas entrou na minha vida antes desses mesmos completos hoje e a gente foi aprendendo a se pertencer nesse meio tempo também, mas desde aquele dia que eu ouvi, repentinamente, um pedido de namoro, eu não poderia imaginar que um ano depois, eu estaria casada, com uma filha nos braços e ainda com a mesma pessoa. Lavei e sequei a minha boca, voltei ao quarto fazendo um coque frouxo com o meu próprio cabelo, liguei a babá eletrônica para deixar ali perto da Olívia e aproveitei para dá um beijinho nela, depois de verificar se estava tudo bem. Nada nesse tempo que eu estou com o Lucas consegue representar o amor entre duas pessoas, no caso nós dois, tão bem quanto ela. Peguei meu celular e desci em passos apressados, vendo o Lucas sentado no sofá e o Nick do seu lado, com um boneco na mão, assistindo televisão ambos.
Helô: Quem homenzinhos, meu Deus! - disse chamando a atenção deles pra mim, que logo se viraram pra me vê parar atrás do sofá - Esse merece bom dia todo dia - falei dando um beijo na cabeça do Nick - E esse hoje tá merecendo um bom dia sem comparações - falei o vendo rir, e dando um selinho.
Nick: Bom dia, dinda - ele falou voltando a sua atenção para a televisão.
Lucas: Bom dia, doidinha - disse se levantando, com um sorriso no rosto a observar o meu 
Helô: Loirinho, você já tomou café?
Nick: Já, o tio Uca e a tia Vivian fizeram pra mim 
Helô: Ih, a Vivian veio? - disse sentindo os braços do Lucas envolverem a minha cintura, enquanto eu coloquei os meus na altura de seu pescoço.
Lucas: Uhum - disse dando um cheirinho no meu pescoço, me fazendo esquivar pelo arrepio.
Helô: Pior que hoje eu não posso nem ousar em brigar contigo depois daquela coisa linda
Lucas: Que coisa linda? - ele disse prendendo o riso, arqueando uma das sobrancelhas a me olhar
Helô: Para de ser sonso - falei rindo
Lucas: Ó, cê disse que hoje num ia ousar em brigar comigo - rimos 
Helô: Sério, brigada! Você é tão lindo que eu fico, tipo, de mãos atadas pra agradecer, né?
Lucas: Precisa agradecer nada, ou, o mais importante cê já fez... Deixar acontecer - sorri, toda abobada e colei nossos lábios, algo que nos fez dá um beijo que não durou tanto, mas que foi tão bom... Mais um ponto suficiente para começar o dia de forma melhor, impossível - Vai tomar café agora?
Helô: Vou, tu já tomou, né?
Lucas: Aham! Nick é tão meu parceirinho que acordou quase a mesma hora que eu tava indo comer e gente tomou café juntos
Helô: Que horas cês acordaram, seu maluco?
Lucas: Eu acordei num era nem seis ainda, deu maior insônia memo. Mas o Nick era umas 07:40, mais ou menos, foi também a hora que a Vivian tava chegando.
Helô: Vocês não sabem como dormir é bom, tá louco!
Lucas: Óh, fica bravinha não que eu vou até tomar café contigo 
Helô: Tô me sentindo até honrada, nossa - ele me deu um tapinha de leve, me fazendo rir e avisamos ao Nick que estávamos na cozinha, passando para lá e logo encontrando a Vivian pelo cômodo - Bom dia, linda! 
Vivian: Eita, bom dia! Que animação é essa? - ela virou pra mim toda sorridente
Lucas: É que ela tem o marido mais romântico do mundo aí já ganhou uma surpresa de manhã, então fica assim - falou se sentando lá na banqueta
Helô: Ai, Lucas, você é muito exibido - eles ficaram rindo
Vivian: Mas é romântico mesmo, Helô! Surpresa é sempre bem vinda!
Helô: Ah, ás vezes, né?! - ri - Mas hoje eu até deixo ele se achar memo! 
Lucas: Hoje faz um ano que eu pedi ela em namoro, ó só que coisa linda, Vivinha.
Vivian: Eta, que lindos! Então merecem muitos parabéns, muitas surpresas, muito amor mesmo.
Helô: E paciência pra gente se aturar também, né? - falei rindo - Vivian, bate só um suco verde pra mim?
Vivian: Bato sim, vai comer nada não?
Helô: Por enquanto não, tô sem tanta fome assim - falei me sentando lá na banqueta do lado do Lucas
Lucas: Tá querendo desintoxicar, depois de desandar com a dieta toda, né?
Helô: Ah ou, tá vendo como precisa de paciência? - a Vivian ficou rindo.
Vivian: Gente, mas que loucura a vida de vocês, hein? Um ano é tão pouco tempo pra tanta coisa, né?
Helô: Nossa, eu acordei pensando exatamente isso
Lucas: Acho que todo mundo pensa, mas a nossa vida nunca foi muito normal, né? - ri
Helô: Pra tu ter uma ideia, Vivian, quando ele me pediu em namoro, a gente tava há sei lá, há quinze dias ou um mês sem se falar
Vivian: Mentira? - ela disse descascando o limão, mas por ora virando para nos dar atenção
Lucas: Foi tudo isso que a gente ficou longe?
Helô: Acho que foi, mano, foi um bom tempinho...
Vivian: Mas cês já tinham alguma coisa antes ou eram amigo e acabaram se afastando?
Helô: Ah, a gente só ficava...
Lucas: Mas já tava sério, porque nem eu ficava mais com ninguém e acredito eu que nem ela, né?
Helô: Já pensou se tu descobre agora que eu ficava com outros caras? - gargalhei, acompanhada da Vivian e ele ficava só me fitando com os olhos - Tô brincando, era assim memo
Lucas: Então... Agora sabendo que eu não era otário, a gente teve que se afastar e depois a gente se reencontrou. Aí eu não perdi tempo!
Helô: Pausa que a gente se reencontrou no maior acaso da vida, juro!
Vivian: Como assim? - ela disse despejando as coisas lá no liquidificador, já o ligando.
Lucas: Ela tava em Fortaleza, num evento e eu tava fazendo show lá também. As amigas dela foram pro show e levaram ela, então, aí a gente se viu, conversou e marcou de se vê no outro dia.
Helô: Eu não ia pro show, que fique claro! Mas, como era muito perto do hotel que eu tava, ia dá no mesmo, porque eu ia acabar ouvindo tudo. Então... Decidi ir e acabou que o Willi me viu lá e não tinha memo como fugir.
Vivian: Aí os sininhos do amor tocaram e vocês fizeram as pazes, né? - disse nos fazendo rir, desligando o liquidificador, com o suco já pronto.
Helô: Quase isso, muito novelístico real - ri - Só que a gente não tava brigado assim, era memo só afastamento. Só que depois disso, não teve jeito! Quando a gente saiu, ele me pediu em namoro do nada e eu aceitei, porque sou uma boa pessoa.
Lucas: Cala a boca com esse negócio de boa pessoa que a primeira coisa que ela me respondeu quando eu perguntei se ela queria namorar comigo foi fudeu - a Vivian gargalhou e a gente acabou acompanhando
Vivian: Gente, mas vocês são duas figuras desde o começo! - falou coando o suco e se virando logo para trazer ele pra bancada - Ó, mas essa história aí tava escrita mesmo, hein? Não tinha pra onde fugir
Helô: É, era pra ser ou era pra ser, sem opções - ri, pegando o copo do suco - Obrigada!
Ficamos ali ainda trocando mais umas ideias, recordando desses dias lá em Fortaleza e causando um monte de gargalhada na Vivian com aquela nossa história. Era, realmente, cômico imaginar que já tinham se passado um ano e a gente se lembrava de tudo como se tivesse revivendo aquilo hoje. Tomei meu suco sem qualquer pressa e o assunto só foi cessar quando o Nick apareceu lá na cozinha pedindo um copo d'água e depois que teve isso atendido, acabou arrastando a mim e ao Lucas para a sala com ele. Os dois ficaram entretidos no desenho que passava, como sempre, enquanto eu aproveitei para pegar o meu celular e dá uma olhadinha nas coisas por lá, que eu ainda não tinha visto nada. Respondi algumas mensagens que tinham no whatsapp e logo fui até o instagram, onde depois de rolas as fotos atualizadas do feed, vi que o Lucas tinha postado uma maravilhosa que a gente tinha tirado um dia desses, mas nunca tínhamos postado. Aliás, eu nem sei porquê, visto que essa foto mesmo é a tela de bloqueio do meu celular.
@lucaslucco Graças a Deus ❤️ 
❤️ 210123curtiram
helenamarques Família linda, Deus abençoe vocês!!
reasonlucco Que orgulho de você, ídolo. Todo amor do mundo!!
porvocehelo GRAÇAS A DEUS!!!
comvocelucco Que foto linda! Parabéns por essa família incrível.
smilelucco Eu fico boba o quanto você é maravilhoso... Eu amo vocês!!
rafaoliveira TÃO LINDOS
let_dolucco Família perfeita, né? Existe simmmm!!
torcidahelucas Amo tanto que não sei explicar!!
luccolife_ Esses olhos da Olívia é a minha vida, sério.
sorriaheloiza Dá vontade de curtir umas mil vezes, os amores da minha vida!!
karenmattos Família: A melhor coisa do mundo!!
meteorols Olívia é uma princesa!! Vocês merecem o melhor sempre.
princessolivia AMO VOCÊS!!!
forlucco Tô morrendo com essa foto.. tudo que eu mais admiro e me orgulho!
couplehelucas Meus amores!! Peço tanto por vocês que não tá escrito!
danielabarbosa Que filhotinha linda, parabéns!!
heloapollonio Obrigada, Senhor!!!
Quando eu terminei de comentar, nem pude falar qualquer coisa, pois logo apareceu no meu celular uma chamada da Isabella e eu não demorei nada para atender.
Helô: Fala, Isa! - ouvi o Nick dizer minha mãe? quando eles se viraram para saber o que eu estava fazendo, e eu apenas concordei balançando a cabeça.
Isabella: Oi amiga, tô subindo pra São Paulo já e vou passar aí pra buscar o Nick, tá?
Helô: Eu tô bem, fofa, estamos todos tranquilos, precisa perguntar não
Isabella: Para de ser idiota, meu, eu sei - ela disse rindo - É que eu tô com um pouquinho de pressa, hoje o Fred chega, esqueceu? Aí vou passar aí pra pegar o Nick e vou pro aeroporto buscar ele.
Helô: Ih, é verdade, tinha esquecido real. Que horas tá previsto pra ele chegar?
Isabella: Depois das dez e quarenta, pelo tempo de vôo da Califórnia pra cá é mais ou menos esse, né?
Helô: É, é, acho que sim... Mas tá tranquilo, eu vou ajeitar o Nick e as coisinhas dele aqui, pode ficar tranquila.
Isabella: Tá bom, amiga, obrigada! Quando eu tiver chegando também, eu te ligo de novo.
Helô: Me liga memo que aí eu desço e a gente te espera lá na portaria, é até mais rápido.
Isabella: Isso, tá ótimo então! Fala pro Nick que eu não vou falar com ele, porque tô no volante, tá bom?
Helô: Tranquilo! Beijo, vem com Deus.
Isabella: Beijo! - encerrei a chamada já virando para o lado que estava o Lucas e o Nick deitado sobre o colo dele.
Helô: Ôh Nick, vamos começar a se arrumar que a sua mãe daqui a pouco vai estar aí! Ela disse que não falou com você, porque já tava dirigindo e vindo pra cá.
Lucas: Ah, que isso, ela tá vindo já?
Helô: Uhum, ela vai buscar o Fred lá no aeroporto e quer passar aqui antes pro Nick ir com ela.
Nick: Sim, meu pai chega hoje - ele disse já se levantando, todo animado - Vamo, dinda?
Lucas: Olívia vai ser assim ó quando falar de mim...
Helô: Sonha mais que tá pouco, lindo - falei rindo - Vai ficar aí? - disse me levantando pra acompanhar o Lucas
Nick: Tio, fica que eu nunca vi esse episódio e já vai acabar... Daqui a pouco cê me conta?
Lucas: O que eu não faço pelo meu parceirinho? - falou rindo, esticando um dos braços sobre as costas do sofá - Fico, vão lá que eu vejo.
Nick: Então vamo me arrumar, dinda - falou pegando a minha mão, nos fazendo rir daquele gás de ânimo que tinha dado nele e a gente subiu, indo até o meu quarto, onde a Olívia ainda dormia - A gente tem que fazer ó - falou meio sussurrando, gesticulando shiii quando colocava o dedo em frente a boca, me fazendo não segurar o riso.
Helô: Sim! Ela tá mimindo ainda né, loirinho? - ele concordou com a cabeça - Então vai lá pro closet que a dinda te arruma lá e a gente pode conversar, beleza? - ele assentiu com a cabeça - Mas pera aí - minha voz impediu que ele já fosse correndo para lá - Você lembra aonde o seu tio colocou a roupa que vocês trocaram ontem?
Nick: Ihhhhh dinda - ele disse colocando a mão na cabeça, coçando os cabelos - Eu acho que tá lá dentro mesmo
Helô: Então vamo que a dinda vai contigo pra gente procurar - passamos então, nós dois para o closet e o Nick se sentou lá no banquinho que tinha, enquanto eu ficava procurando a roupa que ele tinha vindo ontem. Achei numa gaveta lá e logo fui até o Nick pra poder trocá-lo - Vou te dá banho não, porque como eu não sabia que você ia ficar, sua mãe nem trouxe cueca também
Nick: É verdade, ainda bem que tinha isso aqui - falou fazendo referência ao pijama, enquanto eu o ajudava a tirar.
Helô: Sim, agora precisa trazer a cueca e pronto, você já pode se mudar pra cá quando quiser - falei colocando a ponta dos dedos na barriga dele, simulando cócegas, que logo caiu na gargalhada 
Nick: Vô morar um dia com vocês e um dia com a mamãe e a vovó, pode ser assim?
Helô: Tá bom, então pode! - disse rindo, já vestindo a roupa nele.
Nick: Mas se bem dinda, que tem o papai...
Helô: Ih, é verdade! Tem que reservar um dia desses pro papai.
Nick: A gente pode fazer assim quando ele viajar, mas quando ele voltar eu tenho que matar a saudade, né? - disse de um jeito todo sapeca, me fazendo rir
Helô: Isso é! Igual agora, né? Já tava morrendo de saudade que eu sei!
Nick: Tava sim. Mas ele vai voltar cheio de novidade ilada  lá da Califa que ele disse
Helô: Califa - gargalhei - Seu pai te ensinando esse vocabulário é maravilhoso
Nick: Bocá.. o quê? - ele disse com a testa franzidinha, me fazendo rir
Helô: Essas palavras aí... É tudo dele que eu conheço.
Nick: É, ele fala assim.. - ele riu, já com a roupa toda no corpo e me vendo endireitar o meu corpo para poder pegar uma escova e pentear o cabelo dele - Mas o tio Biel também, o tio Miguel, o tio Filipe... Ah, sabia que o tio Filipe mora lá?
Helô: É? Maneiro, né? - falei já penteando o cabelo dele
Nick: Demais!
Fiquei conversando ali enquanto terminava de arrumá-lo rapidinho e me surpreendia muito vê o quanto o Nick já estava grandinho, tão mais maduro com tão pouco tempo que se passou. É até engraçado! Juntei a roupinha de dormir que já estava lá em casa para mantê-la ali, pensando em eventuais próximas situações e depois de verificar se estava tudo bem com a Olívia e ele ir ao banheiro pra fazer xixi, nós dois descemos encontrando a sala vazia, mas a televisão ainda ligada. Fomos até a cozinha e vi o Lucas e a Vivian lá, logo cessando a conversa de uma forma até estranha quando perceberam que a gente tinha entrado lá. 
Nick: Ôh tio, você num viu o desenho? - falou cruzando os braços, causando risos em todos nós no cômodo
Lucas: Vi sim, rapaz, é que já acabou! Vô te contar o que aconteceu, bora passar lá pra sala... - falou tirando os cotovelos da bancada e vindo em direção ao Nick, o levando lá pra sala e eu ainda fui na geladeira para pegar um copo de água.
Helô: Tá tudo bem?
Vivian: Tá... Por quê? - ela virou pra mim me perguntando e vendo que, na verdade, eu tinha pegado a jarra de suco - Óh, fiz esse hoje, tá fresquinho!
Helô: Nada não! É de abacaxi, né? - falei por causa do cheiro e ela assentiu com a cabeça, me vendo colocar um pouco em um copo
Vivian: Nick já vai, né?!
Helô: Sim.. A Isa daqui a pouco está aí - falei devolvendo a jarra para a geladeira e voltando a bancada só pra pegá-lo
Vivian: Então, faço o almoço só pra você e pro Lucas mesmo, né?
Helô: Uhum.. Óh, tô indo lá pra sala, tá?
Ela concordou com a cabeça e eu passei pra sala, ouvindo o Lucas terminar de contar o episódio do desenho. É sério, eles super se entendiam quando o assunto era esse e eu não podia falar um A sequer. Mas na verdade, também, eu nem queria! Amava tanto vê os dois juntos que isso só conseguia ser superado quando a eles juntava a Olívia. Tudo o que eu mais queria era cultivar esse laço entre a gente e tornar tudo cada vez mais forte, então, não podia evitar contato nenhum entre eles. Me adentrei no assunto quando eles acabaram e a gente ficou conversando sobre essa volta do Fred lá da Califórnia, imaginando todas as histórias que ele ia ter para contar e o Nick estava ansiando. Embora o wct desse ano tenha acabado e a maioria dos surfistas já tenham voltado para as suas casa, o Fred acabou sendo chamado com o Filipe Toledo e o Alejo Muniz (de brasileiros) para fazer uma participação num campeonato regional que aconteceria na Califórnia e era por isso que tinha atrasado um pouco da sua vinda para o Brasil. Enfim, depois de um tempo que nós ficamos aproveitando juntos, recebi mais uma ligação da Isabella para avisar que já estava na rua do nosso prédio e eu então, avisei-a que desceria com o Nick. Ele foi se despedi da Vivian rapidinho, fez o mesmo com o Lucas da forma mais amável e a gente desceu juntos pelo elevador até a portaria. Ele ia tagarelando como sempre, conquistando a atenção até de uma moça que dividiu elevador com a gente e quando chegamos lá na portaria não esperamos mais que um minuto para vê a Isabella estacionando lá na frente. Fui até a calçada, onde ele logo destravou as portas e eu abri a de trás, pra poder colocar o Nick na cadeirinha obrigatória para a idade dele e ela não precisar sair.
Isabella: E aí, filho, deu muito trabalho pra dinda?
Nick: Dei nada né, dinda? - disse me olhando, mas paradinho, esperando eu ajeitá-lo e prendê-lo ali
Helô: Deu nada, esse menino é nota dez - falei rindo - Mas olha, tá numa animação muito grande pra ir buscar o Fred, viu?
Isabella: Pra variar, né? Até eu sou trocada, menina! - disse, causando risos no Nick - Obrigada tá, Helô? - falou vendo que eu tinha terminado
Helô: Como se precisasse agradecer, né? Não tem problema nenhum, foi maravilhosa nossa noite, né Nick? - ele assentiu balançando a cabeça positivamente
Isabella: Eu imagino - disse rindo - Então vô lá, porque se o Fred chegar antes da gente, ele tem um piripaque e o Nick também - rimos
Helô: Vão sim! Manda aquele cara aparecer aqui, hein!
Isabella: Dia vinte e um a gente vem pra festa
Helô: Quero saber nada de festa, mano - falei ouvindo ela rir, enquanto beijava o rosto do Nick - E você volta logo pra dormir com a gente mais vezes, tá?
Nick: Pode deixar, dinda! Beijo - ele deu um beijinho no meu rosto também, eu mandei outro pra Isabella e bati a porta lá, vendo logo ela dar partida, buzinando antes para pegar a estrada de novo. Voltei, então, para o prédio, cumprimentando o porteiro e antes de me aproximar o suficiente do elevador, percebi que ele estava com as portas abertas e quem tava saindo de lá era o Victor. Não sabia muito bem como agir naquela situação, mas não queria dá mais nenhuma corda afim de evitar qualquer transtorno mais pra frente, afinal, eu estava bem fugindo deles. Ele me olhou logo com um sorriso no rosto, mas eu tratei de passar com um bom dia formal, de passos bem apressados e entrando logo no elevador, aproveitando que ele ainda estava aberto. Não queria estender assunto, mas acho que a minha atitude fez ele pensar que eu somente estava com pressa de pegar o elevador logo. Enfim, que seja! Cheguei rapidinho em casa e quando entrei, mais uma vez a sala estava vazia e dessa vez a televisão desligada, o que me fazia presumir que o Lucas tinha subido de vez para o nosso quarto. Fui, então, para lá também e quando entrei o vi sentado com a Olívia na cama, brincando com ela, todo cheio de amor, como ele sempre ficava quando estavam um perto do outro. Ele estava sentado de costas para a porta, então acho que nem percebeu que eu tinha entrado no quarto, algo que me fez aproximar com maior cuidado e tampar os seus olhos assim que cheguei.
Lucas: Que isso? - falou rindo - Filha, ajuda o papai... Me conta aqui ó... É uma baixinha feiona que tá aqui atrás?
Helô: Cala a boca, minha filha não mente - disse já tirando as mãos do seus olhos e dando um tapinha na testa dele, que gargalhava
Lucas: Tô brincando, doidinha - falou puxando a minha cintura com um dos braços, me fazendo ficar perto do seu corpo - Quer dizer, a parte do baixinha não era mentira não tá, nem vem
Helô: Óh sua filha olhando pro que você tá fazendo com a mãe dela - falei olhando pra Olívia que observava tudo o que a gente estava fazendo
Lucas: Deve tá se divertindo, com certeza
Helô: Também, com esse pai super normal que ela tem, né?
Lucas: E a mãe? - o encarei e ele ficou rindo, dando um beijo onde alcançava do meu corpo - Ôh Helô, te falar... Vô treinar agora, viu?
Helô: Já? Deixa pra ir mais tarde, pô!
Lucas: Combinei de ir logo de manhã e eu prefiro, cê sabe! Daqui a pouco eu volto aí e tu me espera pra almoçar, viu?
Helô: Ai, então não demora, daqui a pouco eu fico com fome
Lucas: Começa com essa não, tem que esperar o marido - falou já se levantando da cama 
Helô: Isso, rala pra eu sentar aí
Lucas: E principalmente, tem que tratar bem o marido - revirei os olhos e ele colocou as mãos na minha nuca, me puxando para um selinho rápido, mas logo me deixando sentar na cama, enquanto ele passava lá pro closet. Fiquei ali brincando com a Olívia um pouco e logo que ele entrou no banheiro, a Olívia começou a fazer um pouco de manha e quando eu percebi que nem mesmo colocá-la em meu colo adiantou, eu entendi que aquilo já deveria ser sinal de fome. Quando a coloquei no meu peito, não tive dúvidas que era isso mesmo. Ela fez uma boa amamentação e eu fiquei conversando esse tempo com o Lucas, que se arrumava para ir e quando ele já estava na parte de pôr o tênis, ela decidiu avisar que já estava satisfeita e então, eu me levantei com ela para colocá-la pra arrotar. Ele se despediu da gente também, nos dando um beijo rápido antes de sair, todo cheiroso, como ele sempre saía, e nem dava pra acreditar que ia suar tudo aquilo. A Olívia não demorou muito para arrotar, mas eu aproveitei que já estávamos no segundo andar para levá-la até o quarto dela, trocar a fraldinha e tudo mais. Quando descemos, como o esperado, o Lucas não estava mais lá e a única coisa que dava para ouvir era um pouquinho do som que vinha da cozinha, porque a Vivian adorava cozinhar ouvindo alguma coisa. As músicas que eram as mais engraçadas, porque ou eram muito velhas nível Roberto Carlos ou eram uns pagodes ou uns ritmos desses muito sofrido, sabe? Eu sempre ficava gargalhando sozinha quando ouvia. Mas nem fui lá, dessa vez, perturbá-la. Liguei a televisão ali da sala e me deitei com a Olívia sobre o meu tronco, ficando numa posição que eu adorava estar com ela. Coloquei num desenho, afim de prender um pouco mais da atenção dela, e peguei o meu celular pra poder vê algumas coisas por lá. Bati uma foto minha e da Olívia, mas acabei me entretendo mesmo olhando algumas coisas na galeria, até achando uma foto minha e do Lucas. Coincidentemente, parei para prestar um pouco de atenção na música que vinha lá da cozinha e a letra falava de algo tão real, no atual momento da minha vida, que eu pesquisei o pouco que tinha ouvido e ao ler tudo na íntegra, aproveitei pra tirar um trecho e postar com aquela foto que eu havia achado. O Lucas hoje estava uma pessoa tão fofa que merecia! Sem contar que, de uma maneira ou de outra, hoje era um dia muito especial para nós.
@heloapollonio "Você mostrou o que eu nunca vi e com carinho explicou o que eu nunca entendi: Que eu tinha tudo e não tinha nada, amar é o que eu mais precisava" @lucaslucco
❤️ 30900 curtiram
luizacardoso Q AMORRRR!!!
analumedeiros Vocês são lindos demais!!
allaboutlucco Casal perfeito.
couplehelucas Os amores da minha vida, sério.
whylucco ESSA LEGENDA, TÔ NO CHÃO
cacadolucco Lindos! Te amo @lucaslucco
torcidahelucas OPA MEU CASAL
luccosincero Casal mais foda, como eu amo!!
princelucco @lucaslucco tá gostoso hein mozi
withlucco Socorrrrrrrrro, melhor postagem! Amo pra sempre!
affectionbiel Heloíza você é muito gata, dá um tempo
leticiamartins Objetivo de vida: Ter um casamento que nem o de vocês
pridelucco Não tem como superar vocês dois juntos... Todo amor do mundo!
reasonleandro Queria ter forças pra lidar com essa legenda
Li um pouquinho dos comentários, mas logo a Olívia começou a ficar muito inquieta e eu tive de bloquear o celular, para dedicar minha atenção exclusivamente a ela. Acabei indo para o tapete da sala, ficando ali com alguns brinquedinhos que a animavam mais e faziam com quê ela conseguisse ficar um pouco mais quieta, e a gente se curtir um pouquinho, aproveitando que só estávamos nós duas.
[...]
Já eram 21:00 e eu já estava há uma hora ou mais numa luta com a Olívia, é sério! Não sei se era chegada de cólica, se era sono, eu sei que ela estava num chorôrô sem fim e não adiantava muita coisa para fazê-lo cessar. Tinha tentando dá de mamar, que foi os poucos momentos que ela ficou em silêncio, mas pra completar, ela na hora que coloquei pra arrotar ainda gorfou e quando eu fui subir com ela, o Lucas ainda tinha feito a proeza de deixar as roupas limpas que a Vivian tinha pedido para trazer aqui pro quarto tudo sobre a caminha anexada da Olívia. Fiquei tão puta com isso que nem quis ficar lá no quarto, passei direto pro quarto dela e depois de ficar um tempo ninando, decidi a levar para tomar um banho pra vê se ou ela se acalmava ou cedia de uma vez só pro sono. Graças a Deus, durante o banho ela conseguiu ficar um pouco mais relaxada, como eu esperava e quando ela estava na bancada, ainda enroladinha na toalha, ficava tão linda assim que eu peguei logo o meu celular pra bater uma foto dela. Meu Deus, não tinha como ficar com raiva dessa menina! Logo a vesti pra que ela não pegasse muita friagem e depois de vê-la já sem o choro no rosto, eu tinha até mais prazer de tê-la em meu colo. Deixei-a bem grudadinha comigo, ninando-a e até conversando um pouquinho com ela que nem acreditei quando a vi se entregando pro sono. Eu juro, depois do banho não foram nada mais que vinte minutos para que ela se deixasse dormir. Quando percebi que o sono já estava mais pesado, dei um beijo na testinha dela, agradecendo até a Deus por isso e a coloquei no bercinho dela, vendo ela se mexer só um pouquinho, mas não acordando. Passei no banheiro dela pra fazer um xixi e aproveitei pra levar o meu celular comigo, decidindo até postar a foto que eu tinha tirado dela de tão linda que tinha ficado.
@heloapollonio Ma girl!
❤️ 31923 curtiram
sorriaheloiza essa cara igual a sua, não sei viver
cariocadolucco Cada dia mais mocinha.. Para um pouquinho, tempo!
elitelucco Ela é linda demais! Melhor imagem pra noite.
andressagarcia Awnnnnn, que linda
quandodeusquerLL Curte uma foto do FC, Helô, por favor!
marimendez_ Que fofura!! Olívia está linda demais, parabéns
welovelucasl Que gracinha... Nossa neném amada!
forlucaslucco Boa noite pra vocês, Helô. Amo muito!
nathpontes Tem que babar muito essa menina.. É um anjo em forma de bebê.
caroldolucco Carinha de sapeca!!! AMO!
angellucco Postamos uma homenagem pra ela, vê só?
couplehelucas QUE MARAVILHOSA!!!
faslucco_ Que coisa mais linda da minha vida!!
Bloqueei a tela sem ler muito os comentários, para terminar lá e porque eu estava morta de fome, precisava muito descer pra comer qualquer coisa que fosse. Saí do quarto dela, deixando só o abajur ligado e fui descendo devagar, percebendo alguns barulhinhos lá, tipo de fósforo riscando. Quando cheguei em um ponto da escada que já dava pra vê o que estava acontecendo, o Lucas me olhou logo, com um sorriso no rosto e eu não conseguia nem expressar direito o que senti naquele momento: Ele estava lá na sala de jantar, com uma mesa arrumadinha e ele terminando de acender as poucas velas que estavam sobre ela.
Helô: Como assim tem um jantar na minha casa e além de eu estar com essa camisola, nem convidada eu fui? - falei indo ao encontro dele, com maior sorrisão no rosto e ele vinha fazendo a mesma coisa depois de deixar a caixinha de fósforo lá por cima 
Lucas: Desculpa não ter te ajudado direito com a Olívia - falou já passando a mão na minha cintura - Mas eu não podia deixar esse dia passar assim...
Helô: Você é uma das poucas pessoas na vida que me deixa sem resposta, cara, para com isso - falei rindo, passando a mão no rosto dele, que logo tratou de finalizar a curta distância entre nós e começar um beijo. Nos encontrávamos como mágica, isso era um fato! Era a primeira pessoa que eu conhecia na minha vida que não importava o quanto tempo passasse, sempre despertava em mim uma sensação completamente nova e que parecia me fazer apaixonar mais, querer mais, não sei. Correspondi aquele beijo com toda vontade possível e eu precisava muito matar aquela saudade que tinha de ser um pouco mais mulher do Lucas e menos mãe da Olívia. Encerramos com diversos selinhos e com aqueles sorrisos que não conseguiam sair do nosso rosto - Agora vai, se isso é um jantar, vamo vê essa comida aí que eu tô morrendo de fome, viu?
Lucas: Preciso assumir que tive uma leve ajuda da mestre Vivian, mas tudo certo, nada que influencie no segmento da surpresa - gargalhei
Helô: Leve ajuda, eu imagino - disse rindo e quando me sentei lá na cadeira, antes dele fazer o mesmo, destampou lá o recipiente que estava - Estrogonofe de camarão? Eu não acredito! Caralho, agora eu levei fé nessa surpresa - ele riu e eu acabei acompanhando
Lucas: Acerto sempre em tudo, né? Pode falar - disse todo se sentindo, sentando lá na cadeira
Helô: Não começa, pelo amor de Deus
Lucas: Ahhh, comigo é assim, né?
Helô: Ah ou! É convencimento, é drama... Tá ficando difícil viu, fofo?
Lucas: Cê só me atura há um ano, linda, vai segurando a onda aí que tem só uma vida inteira pela frente
Helô: Dá até um arrepio na espinha só de falar - ri e ele tentou se manter sério o máximo de tempo possível - Tô brincando, lindão! Agora vamo comer, até pecado deixar isso aí esfriar - ele assentiu e a gente começou a colocar a comida em nossos pratos, depois servindo o suco que acompanharia a nossa refeição.
Era engraçado que parecia a coisa mais simples do mundo, mas nada valia mais do que um momento como aquele. O Lucas me ensinou a vê tanta riqueza nos detalhes que só por estar com ele e pela lembrança do gesto, fazia o valer como a melhor coisa! Eu não conseguia expressar o quanto eu era grato por nunca perdermos esse lado tão amigo que a gente tem, que nos fazia perder até as horas mergulhando em conversas de diversos assuntos que ás vezes nos fazia parecer tão adultos, outras tão crianças. Sabíamos bem sermos amigos e casal na hora certa e isso fez toda a diferença para chegarmos até aqui. E com certeza, aquilo só era o começo.
Lucas: Agora deixa eu fazer uma pergunta - ele disse se levantando da cadeira e me fazendo perceber que vinha em direção a atrás do lugar que eu estava sentada - Cê tá satisfeita...? - disse num tom diferente e a confirmação da malícia daquela pergunta veio logo quando suas mãos tocaram os meus ombros, como quem tentasse fazer uma massagem.
Helô: Talvez... - soltei um risinho e senti ele inclinar um pouco do corpo, quando sua respiração bateu na altura do meu ouvido 
Lucas: Talvez não é sim, né? - disse passando a língua no lóbulo dela e dando uma mordidinha logo em seguida, me fazendo arrepiar.
Helô: Isso aí você quem vai me dizer... Esse talvez vai ser sim ou vai ser não? - falei me desvencilhando dele e levantando da cadeira, ficando de frente para ele, encostando um pouco da parte de trás do meu corpo na beirada da mesa
Lucas: Como eu sou um bom marido - falou puxando o meu corpo contra o dele pela minha cintura e o atrito de nossos corpos já se preenchendo de desejo, me fez arfar, algo que provocou um sorrisinho no rosto dele - Eu acho que cê pode ficar muito mais satisfeita ainda, sabia?
Helô: Então o que você tá esperando pra me levar pro quarto, hein?
Lucas: Cê falar exatamente isso - ele soltou um risinho, me trazendo até o seu colo, onde eu apoiei minhas pernas na cintura dele e ao tempo que nossas bocas se encontraram de forma quase que feroz, ele me conduzia até o quarto através da escada. Assim que chegamos ao cômodo, ele me jogou na cama e eu fiz impulso com as minhas pernas flexionadas para chegar mais rápido até perto da cabeceira, onde logo ele deitou o corpo sobre mim. 
Suas mãos já estavam por baixo do meu vestido e apertavam a lateral do meu corpo da mesma maneira que fazia o seu formato no sentido inverso, levantando até mesmo um pouco do pano. Ele me olhava com tanto desejo que só aquela intensidade que me transmitia por aquele ato me excitava. Sua boca percorria o meu pescoço, dando leve chupões por lá e só se afastou da minha pele, quando o vestido chegou até a altura dos meus seios, prontos para ser retirado. Ele sorriu, completamente satisfeito e cheio de tesão ao meu olhar de roupa íntima e eu puxei sua nuca para mim, finalizando a distância entre nós e o beijando, mais uma vez. Porém, usei aquilo como um gesto de distração e aproveitei para deslizar minhas mãos pelos seus braços, apertando-os e depois tratei de colocá-las por dentro de sua camisa, novamente só dando fim a aquele beijo para despí-lo. Lucas apertou os meus seios, não com muita força, em função da amamentação, mas ficou beijando o meio deles, me deixando gemer só enquanto ele fazia isso. Retirou mais aquela peça e escorregou os seus lábios já me fazendo chamar o seu nome assim que chegou no meu umbigo. Ele levou a mão até a minha calcinha, puxando a peça por toda a extensão da minha perna, lentamente e com os olhos fixos a mim até quando deixou ela cair dos meus pés. Subiu ainda mantendo o contato visual e só me viu fechar os olhos quando eu senti seu dedo penetrando a minha intimidade. Me revirei na cama só pelo leve movimento de vai e vem que ele fazia, na tentativa de me excitar a ponto que evitasse alguma dor no exato momento do ato, e foi tão bem feito que eu quase cheguei ao meu ápice ali mesmo. No entanto, quando ele sentiu os músculos das minhas coxas se relaxarem, tratou de tirar os dedos rapidamente e eu me aproveitei de mais uma distração sua para inverter as posições. Pela malha da bermuda eu já conseguia sentir o seu membro completamente ereto, mas ainda coloquei a minha mão sobre ele, apertando um pouco, como quem quisesse ter certeza e ele quase me implorou para que me livrasse das últimas peças do seu corpo. Me ajudou a tirar sua bermuda e sua cueca de uma única vez, mas não deixou nem que eu tivesse alguma ideia, quando me segurou pela cintura e me levantou um pouquinho, fazendo com que eu apoiasse meus joelhos na cama e ele ficasse um pouco mais sentado. Segurei seus ombros e ele ainda teve o cuidado de me perguntar se poderia ir, algo que eu não teria condições de negar. Depois de pegarmos e colocarmos o preservativo, deixei que ele ditasse como seria a intensidade do primeiro ato e ele foi me abaixando devagar sobre o seu colo, tendo total consentimento do meu corpo. Tinha tanta saudade de sentí-lo dentro de mim que quando seu membro encostou na minha entrada, um sorriso completamente malicioso se esboçou em meu rosto e eu continuei a encará-lo, como quem poderia prosseguir. Ele puxou o meu corpo mais contra o dele, e embora não tão rápido, ele foi me penetrando até nos chocar. Tanto embaixo quando o seu peitoral com os meus seios. Gritei, como um reflexo, pela dor que me consumiu. Ele ainda levou uma mão em minha boca, afim de abafar, mas eu realmente não esperava que fosse me sentir como na minha primeira vez.
Lucas: Tá tudo bem? - ele disse tirando a mão dos meus lábios, vendo minha respirações descompassada e ofegante
Helô: Uhum - balancei a cabeça, me ajeitando naquela posição e começando a me acostumar.
Lucas: Quer.. parar?
Helô: Vem cá, vem - falei colando ainda mais nossos corpos, juntando nossos lábios de uma vez e tentando desfocar minha atenção até que aquilo virasse um prazer. Eu havia ansiado para tê-lo comigo e estava morrendo de saudade disso, não pararia ali. Não mesmo. Ele passeou com as mãos de forma bruta, escorregando pelas minhas costas, até chegar na minha bunda e eu fui querendo me movimentar.
A dor começava a dar lugar ao prazer na medida em que eu me mexia sobre o colo do Lucas e quando tudo começou a ficar do jeitinho que eu gostava, entramos em um ritmo tão frenético que nossas bocas não conseguiam ficar mais unidas. Cravei minhas unhas não só pelos seus ombros, como por suas costas, afim de extravasar tudo aquilo que ele me causava e o cuidado foi a coisa que mais se esvaiu daquele quarto. Ele me pegava e me puxava da forma mais bruta possível, conseguindo fazer um movimento de vai e vem por dentro de mim quase que retirando todo o seu membro e recolocando. Trocamos algumas palavras que nos excitavam ainda mais e quando eu senti que meu corpo chegaria ao ápice, comecei a rebolar sobre ele de forma mais lenta, conseguindo com que ele entendesse e se aproximasse do seu também. Embora tenha estendido um pouco mais que o normal, conseguimos chegar ao nosso ápice praticamente juntos e aquilo foi como uma vitória para nós dois, por ser o nosso primeiro sexo pós o parto. Nos beijamos mais devagar, afim de tentar controlar nossa própria respiração, mas ainda sim quando saí do seu colo, deitando-me em seu lado e vendo se ajeitar na cama também, me percebia extremamente ofegante e via o peitoral suado do Lucas subir e descer, indicando que nada estava regular ali entre nós. 
Lucas: Foi... bom? - ele me perguntou, tentando não me encarar muito e eu me virei de bruços, apoiando os cotovelos sobre a cama - Sei lá, acho que eu não sei perguntar essas coisas - falou, enfim, trazendo seu rosto mais na minha direção, me fazendo rir
Helô: Relaxa que foi! Maravilhoso, como sempre - dei um beijinho bem abaixo do seu peitoral, algo que o fez esboçar um sorriso
Lucas: Cê sentiu muita dor, sei lá?
Helô: Me senti quase virgem de novo, sério - ele gargalhou e eu acabei o acompanhando - Mas vai, eu odeio papo pós sexo, fala sério
Lucas: Eu sei - ele disse rindo - E tá ficando meio difícil se concentrar em alguma conversa com cê deitada desse jeito, né? - disse com os olhos sem qualquer disfarce na minha bunda
Helô: E se ficar assim? - disse flexionando minhas pernas, apoiando meus joelhos também sobre a cama e a deixando o mais empinada o possível
Lucas: Não brinca assim, cara... - falou passando a mão no rosto
Helô: Agora que a brincadeira ficou boa, é? - disse levando minha boca até o abdômen dele, dando uma mordidinha que o fez arrepiar instantaneamente
Lucas: Cê sabe que eu num vô querer parar...
Helô: Quem disse que eu quero que pare? - ele mordeu os lábios, mas não me respondeu mais, se levantando logo e vindo para trás de mim, colando os nossos corpos de uma vez, enquanto já deixava suas mãos em minha bunda, como quem a massageasse. 
Quando uma de suas mãos se soltou do meu corpo, eu virei um pouco do meu rosto, o vendo segurar seu membro e logo o encostando na minha entrada. Deixei que ele brincasse como quisesse e ao perceber minha permissão, começou a esfregá-lo por ali, me ouvindo gemer o mais abafado possível e sentindo meus músculos internos se contraindo, como quem implorasse para tê-lo logo de uma vez. Ele ficou alguns segundos nessa brincadeira, mas também não aguentou tanto tempo assim, quando logo depois de me dá um tapa na bunda, me penetrou de uma vez só, me puxando para ainda mais perto pela cintura. Conforme ele se mexia de forma lenta, eu só conseguia enlouquecer com aquela maneira de saber, exatamente, como me fazer perder o controle. Mas não quis deixar que ele sentisse isso de maneira tão fácil e comecei a me movimentar também, como quem quisesse demonstrar que quem ditava a velocidade era eu e o meu quadril. Ele não deixou por muito menos e estocou meu corpo de maneira selvagem, conseguindo arrancar de mim gemidos que o faziam enlouquecer de tanto tesão também. Lucas pedia para que eu implorasse cada vez mais por ele e essa era uma das poucas vezes que eu adorava obedecê-lo, pois sabia que a recompensa valeria muito a pena. E como valia! Quando fechei os meus olhos, senti uma de suas mãos descendo pela minha barriga, arrepiando os poucos pêlos dali, e chegando até a minha intimidade. Apertei o lençol com força e ele continuou o seu trajeto, passando o dedo pela minhas parte mais sensível e me fazendo contorcer ainda mais sobre o seu membro. Vê as minhas condições diante aquela mistura deliciosa de sensações fez com que a excitação dele aumentasse ainda mais e quando eu não aguentei mais, antes mesmo de deixar o meu corpo cair, ele chegou ao seu ápice também, deixando seu líquido escorrer uma parte pelo meu corpo. Não nos ligamos a mais nada e agora, ainda mais ofegantes, deitamos um ao lado do outro em silêncio, mas com um rosto de satisfação que não negava nada daquilo que tinha acontecido dentro daquele quarto. 
Lucas: Olha... Cê continua tão de parabéns que até fez esse tempo de sofrimento aí valer a pena - gargalhei
Helô: Tu não existe, sério! Agora vem, vamo tomar banho...  - falei já me levantando da cama, porque no estado que o meu corpo estava, precisava disso mais do que tudo.
Lucas: Vamo? Tá disposta memo, hein?!
Helô: Fica rejeitando aí então, ô - falei já passando para o nosso banheiro e ele se levantou num impulso da cama, rindo e logo agarrando o meu corpo por trás.
Lucas: O dia que eu te rejeitar, cê pode ter certeza que eu tô ficando maluco - falou dando uma mordidinha no lóbulo da minha orelha, me fazendo soltar um risinho e me arrepiar inteira. 
Não respondi mais nada e a gente entrou no box já sabendo que o clima não ficaria tão ameno lá dentro. Liguei o chuveiro e ele logo me virou de frente para ele, abraçando o meu corpo e iniciando um beijo entre nós dois, deixando suas mãos percorrerem por todas as minhas curvas. A água era só um incremento do espaço de tempo necessário entre um round e outro e a gente aproveitava para se estimular com algumas carícias um pouco mais quentes. No entanto, nosso plano foi-se adiado: Antes mesmo de começarmos qualquer coisa, ouvi a babá eletrônica denunciar um chorinho de algo que vinha lá do quarto da Olívia.
Helô: A Olívia, Lucas - falei me afastando dele e me descolando da parede, com as mãos em seus ombros e ele respirou fundo
Lucas: Não é possível... - falou um pouco mais baixo, passando a mão no próprio rosto
Helô: É ela, deixa eu ir - falei, saindo com pressa do box e puxando minha toalha para passar no meu corpo, a enrolando enquanto ia até o quarto da Olívia. Cheguei lá, acendendo a luz e a minha bebê estava toda chorando, com os olhinhos tão pequenos que dava até para comover - Mamãe tá aqui, mamãe tá aqui - disse a trazendo para o meu colo, mais pra perto de mim e tentando niná-la para acalmar. Ela não cessou o chorinho enquanto eu não a coloquei no peito e então, esperando que ela mamasse um pouco, me sentei na cadeirinha pra ficar mais confortável. Dentre uns dez minutos depois, o Lucas apareceu lá, só com a samba canção que ele costuma dormir e com um sorrisinho daqueles sem mostrar os dentes no rosto, nos observando.
Lucas: Leva ela pra lá, eu até arrumei a caminha dela já...
Helô: Ah é verdade, tava desarrumada, né? - ele soltou um risinho e aquela cara me fez ligar todos os pontos - Seu safado! Aquilo tava assim de propósito, né?
Lucas: Talvez - acabei não aguentando a seriedade e rindo junto com ele - Bora vai, quero ficar com cês lá.
Helô: Bora, bora! - me levantei, com cuidado e ele pegou uma fraldinha de pano também antes da gente sair do quarto dela. Fomos até o nosso, onde ela mamou só mais um pouquinho e ele a pegou para colocar pra arrotar, algo que me fez aproveitar pra colocar uma roupa também. Ficou ainda um tempinho acordada ainda, nos fazendo ligar a televisão e conversar sobre o quanto ela até tinha sido gentil com a gente sem saber, mas assim que ela pegou no sono, a gente embarcou junto com ela, porque o cansaço era estampado em nós e a gente sabia que daqui a pouco lá estava ela acordada de novo.

Oi, meninas! Agradeço muito pelos comentários e chegamos no penúltimo capítulo!!! Tô numa felicidade, num orgulho e ao mesmo tempo numa tristeza de me despedir temporariamente de vocês e, consequentemente, de Helucas que não se explica. Tô tentando preparar o meu emocional para postar o último capítulo que eu já sei que vai ficar difícil, ainda mais sabendo como vocês sabem me agradar tanto com as palavras, como vem fazendo nos últimos comentários. Queria pedir para que lessem e deixassem suas opiniões aqui embaixo o mais rápido possível, pois tô planejando postar o capítulo 100 AMANHÃ! Mas isso só depende de vocês, é claro. O motivo? Porque se eu terminar o blog nesse dia 22, farei minha última postagem exatamente no mesmo dia que fiz a primeira. "Coincidência" incrível, né? E para me despedir, adiantarei um assunto que todas vocês tem perguntado bastante: Vai ter uma breve passagem de tempo no último capítulo + uma surpresinha que deixará vocês informados sobre tudo. Aguardemmmm!!! Beijo grande.