sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Capítulo 97

Acordei por livre e espontânea vontade, depois de ter amamentado a Olívia ás 06:00 e quando me sentei na cama, verificando se estava tudo direitinho com a respiração dela, eu puxei meu celular, enxergando que eram 09:00. A cama debaixo, onde a Tata tinha dormido também estava vaga, mas logo que me levantei, a vi entrar lá no quarto, com a roupa de dormir em mãos e com a roupa que tinha vindo no corpo.
Tata: Bom dia, amiga!
Helô: Bom dia - disse coçando os olhos - Já vai embora?
Tata: Daqui a pouco, né? Mas ainda vou tomar café, não precisa acordar chorando
Helô: Ah ou - falei a vendo colocar sua roupa na bolsa - Acho que eu vou trocar de roupa também logo, aproveitar que eu vou no banheiro fazer xixi
Tata: Uhum, foi isso mesmo o que eu fiz
Helô: Ai, que preguiça, meu! - disse me espreguiçando e indo pegar a bolsa que eu havia trazido - A Isa já acordou?
Tata: Eu não a vi, porque só sai daqui pra ir no banheiro, mas ouvi um desenho na televisão e a voz da tia Marta... Acho que já tá todo mundo acordado.
Helô: Ah, então deve tá sim! - falei com a roupa em mãos - Óh, vou no banheiro e você olha minha filha aí tá?
Tata: Pode deixar - ela disse rindo, sempre pela minha preocupação que até hoje eu não sei o quê tanto elas acham graça, e eu passei pro banheiro afim de fazer lá as minhas higienes pessoais, como dava. Depois de colocar a mesma roupa que eu havia trazido também, voltei ao quarto e encontrei a Tata já com a Olívia no colo, conversando com ela - Não fui eu que acordei ela só pra vê esses olhinhos azuis, sério - eu gargalhei, enquanto ia até a minha bolsa colocar as coisas lá rapidinho
Helô: Tem nem a cara de pau de me falar isso, essa rídicula
Tata: Mas pior que ela acordou sozinha mesmo, tava querendo me ver, fi
Helô: Ah tá! Minha filha tá acostumada a vê coisa bonita, não é qualquer coisa que ela tá querendo não - falei me aproximando delas e indo beijar a barriguinha dela
Tata: Depois eu te respondo direitinho tá, linda? - falou me fazendo rir
Helô: Vai cara, bora lá tomar café que eu tô cheia de fome - ela assentiu e depois que eu peguei meu celular, ela foi saindo com a Olívia nos braços mesmo, chegando até a sala e vendo todo mundo lá. O Nick de um lado do sofá, e a tia Marta com a Isabella do outro - Ai minha família maravilhosa - falei chamando a atenção deles, vendo a tia Marta e a Isabella rirem
Marta: Essa menina de bom humor é a coisa mais incrível do mundo, gente!
Helô: Tô aprendendo com a senhora! Agora tá acordando todo dia de bom humor, né?
Isabella: Com um boy, quem nunca, né? - a gente gargalhou
Marta: Olha vocês querendo me sacanear... Tô merecendo, viu?
Tata: Sempre, tia! Já chegamos aqui sabendo de tudo - ela ficou rindo
Isabella: Ai, mas o que eu quero aproveitar é essa baby acordadinha e esperta desse jeito.
Marta: Tá crescendo muito rápido, né?
Helô: Fala não, tia!
Nick: Ô mãe, eu quelo um iogurte
Isabella: Ai, Nick, vou lá pegar - ela disse se apoiando lá no sofá pra levantar, toda cheia de preguiça
Marta: Aproveita pra vocês tomarem café também, gente! Querem deixar a Olívia aqui comigo?
Tata: Essa vovó postiça nem quer babar, né? - rimos, a vendo entregar a Olívia para os braços dela.
A Isabella passou com a gente lá pra cozinha e enquanto a gente decidiu fazer um misto para tomarmos café, ela foi levar o iogurte pro Nick, mas logo voltou afim de tomar mais uma xícara de café e nos fazer companhia. Assim que a minha comida e da Tata ficou pronta, a gente decidiu colocar num pratinho e ir comer lá na sala, e quando chegamos lá, estava a Olívia deitada no sofá e o Nick com a boca toda suja de iogurte. Morremos de rir daquela cena e da cara da tia Marta com tudo isso, o que me fez, antes de comer, bater uma foto linda deles. Não resisti e enviei logo para o instagram, antes que esquecesse, pois precisava compartilhar toda aquela coisa linda!
@heloapollonio E assim se aprende a não acordar de mau humor mais... Bom dia!
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raissamartinez lindos de viver!!!
giovannatorres Que crianças lindas!
karenalves Abençoada que você é, hein? Parabéns!
sharelucco Parece que os dois são seus filhos haha lindos!
reasonleandro Amooooo!!!
delightslucco Essas carinhas de sono é só amor <3
ailovelucco Olívia tá maravilhosa, gente, não canso
couplehelucas Essa legenda, acho que eu tô apaixonada
pridefredm Nick com a boca toda suja kkkkkkkkkkkkkkkkkk lindos!
affectionbiel Quem diz que não são irmãos? São muito parecidos rs
danimendes Eles são as coisas mais preciosas que você tem, fica nitído seu amor. 
sorriaheloiza NICK E OLÍVIA JUNTOS, MEU PAI!!!!!
thatycorrea Quero filhos assim, apenas haha
welovelucco Olívia tá muito espertinha! Tá chegando um mêszinho da nossa boneca!
Não olhei nada dos comentários, deixando meu celular ali de lado e enfim, tomando meu café da manhã para poder matar a fome que eu estava. Aproveitávamos também para engatar sempre em um assunto e a tia Marta era maravilhosa agora com essa ideia ter quase um namorado. Se ela já era engraçada normalmente, cheia de história para contar, então... Fazia nossa manhã! Só fomos encerrar aquele papo quando recebi uma mensagem do Lucas que me fez dar conta um pouco do horário e que eu deveria voltar pra casa dos meus pais. Enfim, antes mesmo de me levantar, resolvi respondê-lo, pois aquilo ali, de certa forma, não tinha nada a ver comigo e era uma coisa muito mais pra minha família. Na real, lá vinha ele a me surpreender mais uma vez:
" Bom dia!
Que horas sua vó e seu tio vão?
Tô querendo ir lá no aeroporto
Pelo menos dá um bj neles
Bom dia!
Você que sabe
O vôo é meio dia, eu acho
Qualquer coisa me fala!"
Como ele não estava online, não me respondeu naquele exato momento, então me pronunciei ali entre elas que tinha que ir embora. A Tata, como ia para o condominio dos meus pais também, só que pra casa da Rafaella, acabou sendo responsável pela minha carona e a gente só foi no quarto da Isabella pegar as nossas coisas para podermos ir embora. Enchi de beijos o Nick, abracei a tia Marta, peguei a minha filha e depois de agradecer a Isabella pela noite maravilhosa de muito clube da Luluzinha, eu e a Tata partimos para o condomínio. Ela preferiu que eu fosse dirigindo e assim foi atrás, fazendo companhia para a Olívia e babando muito, como sempre, fazendo altos snaps com a minha filha e quando a gente estava entrando lá, vi o carro que a Tata afirmou ser da Rafaella saindo, então, eu fiquei buzinando até que ela parasse a abaixasse o vidro, visto que a gente estava lado a lado, só em sentidos opostos.
Rafaella: Porra, que susto! - disse nos fazendo rir, assim que eu abaixei o vidro do meu lado também - Pensei logo que tava fazendo merda
Helô: Só faz isso, né? Isso que dá, ó! 
Rafaella: Para de graça - falou rindo
Tata: Ou, eu tô indo lá pra tua casa, posso saber onde você tá indo?
Rafaella: Pode, marido - ri daquela conversa das duas - Vou pegar umas peças pra minha mãe lá na Elleven... Bora lá comigo? Ou se você quiser pode ir lá pra casa que os meninos já chegaram, tão montando a festa já desde agora
Tata: Ah, eu imagino! Mas eu vou ficar, porque esse carro aqui é o meu também
Rafaella: Ah, então fica, a Tai já tá lá em casa- ela pausou - Te falar, Helô, meu irmão chegou e vai montar um churras lá em casa. Cola lá você e o Lucas hoje, pô!
Helô: Ih, Rafa, vou vê! Não sei se vai dá, viu?
Rafaella: Já começa a furar!
Tata: Helô é puxadíssima - disse rindo 
Rafaella: Ih, a Olívia tá aí?
Helô: Tá e com a corda toda, menina!
Rafaella: Ai que amor! Vai hoje mais tarde, Helô, sério... Leva ela! Vai ser tranquilão, tô te falando
Helô: Agora você vai encalacrar! Vô vê, vô vê! Agora vamos sair do caminho que a gente tá fechando as entradas, né? - rimos. A gente se despediu, mandando beijos uma pra outra e eu fui entrando pelo condomínio a fora, seguindo até a casa dos meus pais. Assim que paramos em frente a casa dos meus pais, eu percebi que o carro do meu pai já estava ali fora, então me toquei, mais uma vez, que o horário já não estava mais tão folgado assim, visto que iríamos para São Paulo ainda, né? A Tata, então, me ajudou a tirar a Olívia dali e como saiu para poder assumir o volante também, a gente se abraçou comigo agradecendo a carona. Toquei lá na casa dos meus pais, vendo a Tata dar partida pelo condomínio a fora e logo minha mãe veio me atender, me fazendo já vê aquela confusão que estava em casa. Meu pai tava ajudando a levar as malas pro carro, junto com o meu tio e a minha avó tratou logo de pegar a Olívia do meu colo, alegando que queria aproveitar esses últimos minutos. Eu ainda fui lá dentro pegar as coisas que faltavam, que eu havia trazido, bebi uma água ainda e quando vi que minha mãe me esperava ali, propus que tirássemos uma foto juntas, antes de ir. Quase não fazíamos isso, porque ela não gostava muito de sair em fotos, ainda mais desarrumada, mas dessa vez não fugiu. O registro me deu logo vontade de postar no instagram e foi exatamente o que fiz.
@heloapollonio Renatinha 
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sabrinamatos IGUAIS kkkkkkkk lindas demais!
reasonLS Parece sua irmã, sério! Você e a Olívia vão ser assim também!
crismartins Eu amo que cê chama sua mãe pelo nome haha 
sorriaheloiza E essa ostentação de olhos lindos? Hahaha
elitelucco Eu amo a amizade de vocês. Relação linda!!
annarodrigues Ownnn, Deus ilumine vocês!
portilucco Se colocar a Olívia aí, vemos a multiplicação de três rostos iguais haha
carolnogueira Vocês são muito lindas, muito amor!
lailasantos Agora sei quem você e a Olívia puxaram essa beleza toda!
livelucco A Olívia é a cara dela! Vão ficar as três iguais haha
reeapollonio Te amo!!!
porvocehelo E eu amo as duas. @reeapollonio
Li pouca coisa dos comentários e logo abri as notificações, vendo que tinha mensagem do Neymar lá no whatsapp, algo que me fez abrir um pouco surpresa, mas que quando li a mensagem, vi que o conteúdo era o mais óbvio possível.
"Vai vir, né? 
Cheguei hoje, pô !!
Tata chegou aqui
E a Rafa ligou
Falou que a gente pode contar com vc
Kkkkkk
Vocês hein... Hahaha
Foi o que eu falei pra ela
Pra mim hoje tá ruinzão!
Depois eu apareço, meu
Mete outra !!
Tô esperando vcs aqui tá?
Se não te chamo de Lolô p sempre
Como se eu caísse nessa hahaha"
Respondi só assim, afim de me livrar logo daquele assunto e logo veio o meu pai chamando também para nos chamar pra ir logo. Bloqueei então o celular e eu e minha mãe fomos indo até o carro dele, que já estava na rua do condomínio e minha avó e meu tio já estavam lá dentro até com a Olívia. Me juntei a eles, assim como a minha mãe e meu pai travou as portas do carro, podendo dar partida. Fomos conversando boa parte do caminho e apesar do horário, não pegamos tanto trânsito assim como esperávamos, graças a Deus! Quando estávamos já bem perto do aeroporto, percebi o meu celular e abri com certa urgência, ao vê que era mensagem do Lucas.
"Tô aqui já! Tô estacionado bem perto daquela fileira normal dos táxis..."
Nem respondi nem nada, bloqueando a tela, mas avisei ao meu pai, para que ele pudesse parar ali por perto também.
Helô: Ôh pai, o Lucas veio aqui pra se despedir da minha avó e do meu tio...
Lilian: Juras, minha filha? - disse me interrompendo
Helô: É! Então, ele tá ali naquela parte de trás de onde fica os táxis... Pode parar lá?
Sérgio: Dou meu jeito aqui, tá tudo certo - ele assentiu e em cinco minutos, ou até menos, conseguiu estacionar bem atrás do carro do Lucas. Depois de ajudarmos eles a saírem com as malas e a minha vó me entregar a Olívia, eu me despedi deles, prometendo uma ida breve até Santa Catarina. A gente caminhou até parar em frente ao quarto do Lucas e ele logo abaixou os vidros da janela, para poder cumprimentá-los. Ele agia naturalmente com todo mundo da minha família, menos comigo, mas eu acredito que isso não tenha ficado tão aparente pela leveza da conversa. Ele não saiu do carro, em função do aeroporto está bem cheio a essa hora, mas eu tenho certeza do quanto a minha avó, principalmente, ficou feliz com aquele gesto dele e mais uma vez, por alguns segundos, ele conseguia fazer algo para anular o tanto de raiva que eu estava dele. Assim que me despedi, mais uma vez da minha avó e do meu tio, fiz o mesmo com os meus pais, e vi que a porta de trás do carro do Lucas estava destravada, então, fui lá colocar a Olívia. A ajeitei direitinho lá dentro e sentia que o Lucas observava meus feitos pelo retrovisor. Pensei ainda em ir para o banco de carona, mas quando repensei, decidi ir ali atrás com ela mesmo, então me sentei e bati a porta. Não consegui identificar que tipo de expressão facial ele fez com aquilo, mas apenas buzinou, chamando a atenção dos meus pais que estavam ali e acenaram ainda , e deu partida no carro. Na volta, o silêncio foi rei dentro daquele carro e ele, acredito que incomodado com aquilo também, no meio do caminho, até pelo trânsito que tava na rua, decidiu ligar o rádio. Pegamos a pista cheia de volta, não sei por quais cargas d'água, o que demorou ainda mais para chegarmos em casa. Fiquei ali mexendo na Olívia um pouquinho, tentando me distrair como dava até vê o Lucas lá na garagem do nosso prédio. 
Lucas: Deixa que eu pego a Olívia - foram as primeiras palavras que ele trocou comigo, desde então, assim que estacionou o carro lá. Ele destravou as portas, eu saí com a bolsa dela e ele veio para o meu lado do carro, tirá-la da cadeirinha. Assim que a pegou em seu colo, eu bati a porta e ele travou novamente o carro, indo andando na minha frente. Respirei bem fundo e lá fui eu atrás, até o elevador. 
Como já estava descendo, não demorou nada para chegar até nós, que entramos lá e eu quem apertei o último andar, porque o Lucas tava brincando com a Olívia. Fiquei ajeitando meu cabelo lá no espelho até a gente chegar e eu mesma quem abri a porta de casa, para ser mais rápido e facilitar um pouco pra ele. Esperei que eles entrassem, bati a porta e fui deixando meus sapatos ali na entrada mesmo. Joguei a bolsa lá sobre o sofá e fui até a cozinha, beber uma água e vi um potinho da marmita do Lucas lá dentro. Achei aquilo estranho, porque ele geralmente fazia isso só quando ia viajar, só que pra completar tudo isso, depois que matei minha sede e fui colocar o copo na pia, vi mais um potinho lá por cima sujo. Fiquei matutando na minha cabeça se ele teria comido isso ontem e decidi ir tirar minha dúvida agora mesmo, até porque eu ia ter que ir lá na sala pegar o que havia trazido da casa da minha mãe. Cheguei lá e o Lucas já estava com a televisão ligada, encostado no outro sofá, com a Olívia recostada em seu peito e eles dois com um brinquedinho na mão. Olhei logo abaixando a cabeça para pegar na bolsa os potinhos de salada que eu havia trazido e não aguentei a curiosidade, mesmo sabendo que só aquilo ali poderia eclodir uma nova briga entre nós.
Helô: Ôh, Lucas...
Lucas: Hm - ele soltou meio nasalado, sem me olhar, e eu odiava com todas as minhas forças quando fazia isso.
Helô: Eu trouxe salada de grão de bico que tinha sobrado lá na minha mãe, daqui a pouco eu vou esquentar. Você vai querer almoçar isso, vai querer que eu faça outra coisa ou aquela marmita que tá lá na geladeira é comida pra você memo?
Lucas: Precisa fazer nada não, eu fiz aquela comida ontem, dá pra eu almoçar hoje - disse abaixando um pouco dos olhos para a Olívia, mas ainda sim, sem olhar
Helô: Você fez comida ontem pra quê? Jantou antes de sair? - ele, enfim, me encarou, mas dessa vez não disse foi nada, logo tirando a atenção de mim e me deixando sem qualquer resposta. O clima tava pesado o suficiente e eu acho que ele também percebia aquilo, então, se manteve calado sem nem responder a minha pergunta. Peguei o pote daquilo que havia trazido e fui levar lá pra geladeira, afim de não deixar estragar e depois passei lá pra sala, ouvindo meu celular tocar. Procurei ele dentro da bolsa e consegui pegar, vendo que era chamada do Guilherme. O assunto eu já tinha pouco de noção do que era, então, eu deixei tocar, mas logo que a chamada se encerrou sozinha, a chamada tocou mais uma vez.
Lucas: Quem é? Cê não vai atender não? - ele falou se virando pra me olhar
Helô: Não, é o Gui Pitta. Eu já sei o que é que é! - ele me olhou com uma cara meio nem aí, mas logo voltou as atenções a tudo que estava fazendo com a Olívia. Coloquei o celular no silencioso só durante a chamada e fiquei observando um pouco, mesmo que um tanto quanto disfarçadamente, percebendo o quanto ela se divertia com ele. Eu conseguia entender ali a comprovação da minha tese de vida inteira: Amar não tem nada a ver com falar. Ela não sabe dizer uma palavra sequer, mal consegue sorrir ainda, mas a forma com que ela olha pra ele, como fica quanto ele tá por perto e ela consegue ouvir sua voz exprime os sentimentos mais surreais da vida. Era incontestável o quanto a ligação de pai e filha também pode ser forte, quando cultivava da maneira mais certa, sabe? Senti meu celular vibrar sobre o meu colo e mais uma vez sem surpresa, vi que tinham chegado mensagens no whatsapp do Guilherme.
"Ôh fdppppp!!
Atende essa porra não?
Quero falar contigo!!
Saudade educação
Bernardo tá vendo esse pai
Hein
Hein
Hein
Vem de graça não
Tá achando que tá podendo né?
Não me atendeu por que?
Você que tá achando que é meu marido
Mas eu tô virando uma boa pessoa
E vou responder
Não tinha visto
Que que cê quer?
Hmm tá bom!
Quero que tu desça, pô
Vai ter aquele churras lá no Nj
Todo mundo vai tá lá
Vou levar o Bê, vai ser tranquilo
Bora?
Vô nada, cara
Falei até com ele já...
Dá pra mim hoje não
Ah mete outra, Heloíza
Bora logo
É só a noite
Tranquilinho de ir
Chato heinnnn
Tô falando que não
Depois eu apareço
Furona pra caralho hein
Tu já foi melhor"
Acabei nem respondendo, porque a condição de eu ir era zero mesmo, então, fui dá uma olhadinha no meu feed do instagram, mas nem consegui atualizar tudo, porque comecei a ouvir um chorinho da Olívia. O Lucas se levantou logo com ela e eu deixei meu celular ali do lado, ficando atenta a tudo aquilo, até porque poderia ser fome também. Mas era apenas manha, ou não sei se susto, algo desse gênero. O Lucas ficou ninando ela um pouquinho, sobre os meus olhares e ela logo se pôs a acalmar, com ele sempre conversando com ela e pegando um brinquedo afim de chamar sua atenção. Ele ainda conseguiu se sentar com ela, sem que houvesse sequer alguma reclamação, mas logo ele ficou reparando alguma coisa nela, se direcionando a mim para falar algo que mais me provava que ele só queria contato mesmo, se fosse algo sobre a Olívia.
Lucas: Olha só... A fralda dela tá pesada! Não sei se ela tá fazendo muito xixi ou se é cocô mesmo.
Helô: Sério? Então me dá ela aqui que eu vou á em cima trocar de roupa e aproveito pra ir vê como tá isso aí - vi ele assentindo só com a cabeça, sem me acompanhar levantar e eu fui até ele para trazê-la até o meu colo. Eu juro, o Lucas não fez um contato visual comigo e aquilo me dava ainda mais raiva. Ele parecia fazer questão de aumentar a proporção de tudo, cara, sempre era assim.
Quando ela já estava no meu colo, subi sem disfarçar através dos passos a minha ira e fui direto para o quartinho da Olívia, pois lá estavam mais ao alcance as coisas para trocá-la. Deitei sobre a bancada que tinha, peguei uma fralda, os lenços e a pomada, e logo que desabotoei sua roupinha e puxei o que estava sujo, vi que ela tinha feito cocô mesmo. Eu já esperava, porque havia trocado a fralda dela um pouco antes de virmos pra cá, então fiz aquela limpeza com um pouco mais de cuidado e depois de ajeitar a roupinha dela, a peguei em meu colo novamente afim de passar pro meu quarto. A coloquei na caminha auxiliar, aproveitando que o brinquedinho que estava lá, por ser amarelo, chamou logo a sua atenção e eu fui correndo ao closet só pegar uma camiseta baby look e um short boxer de casa. Vesti ali no quarto, para poder ficar atenta a Olívia e ainda fui fazer um xixi rapidinho, antes de voltar até a ela e a gente poder descer. Encontrei o Lucas deitado lá no sofá, agora um pouco mais despojado, mas nós duas na escada já o chamou atenção, algo que fez tirar os olhos da tela da televisão e virar um pouco do rosto para nos ver.
Lucas: Deita ela um pouco aqui comigo, por favor - falou seco, porém dessa vez me olhando
Helô: Deito, mas você não vai almoçar não? Eu vou esquentar as coisas.
Lucas: Vou também, só uns cinco minutinhos - dei de ombros a aquilo e passei para o lado do sofá, colocando a Olívia sobre o seu peitoral e logo saindo de perto, indo para a cozinha esquentar meu almoço, porque eu realmente estava com fome.
Não estava conseguindo entender muito esse grude que o Lucas queria estar com a Olívia hoje. O tempo todo, tava ele pedindo pra ficar perto dela ou então resolver o que podia, só pra não se afastar. Não sei se isso era culpa por ontem ou só saudade depois de um final de semana fora, mas tentei não pensar muito nisso, porque pela quantidade de coisas que já estavam na minha cabeça, eu acabaria enlouquecendo. Coloquei os potinhos que havia trazido da minha mãe sobre a bancada, depois os passando para potes que poderiam levar ao microondas e colocando lá para esquentá-los. Antes mesmo de apitar, eu vi o Lucas entrando na cozinha com a Olívia no carrinho e foi direto a geladeira para pegar as coisas que queria esquentar também. Deixei que ele fizesse tudo para ele e a única coisa que tomei a iniciativa foi de ir arrumar a mesa da sala de jantar para a gente comer, porque eu sabia que ele gostava disso. Apenas! Quando a comida dele ficou quente também e a minha já estava no prato, nós levamos tudo para a sala de jantar, inclusive a Olívia e parece que essa foi a melhor ideia, porque durante todo o almoço os únicos barulhos foram os advindos dela e da televisão. Chegava a ser constrangedor o fato de eu e o Lucas não termos trocado um palavra sequer. Acabei comendo até mais rápido que o comum e percebi isso no Lucas também, que havia terminado até antes de mim, mas parecia que me esperava concluir pra poder arrastar a cadeira e se levantar. Disse que a louça era dele, já puxando o meu prato com a mão e eu apenas avisei que subiria com a Olívia. Dez palavras no máximo! Não sei se considero isso uma evolução ou um retrocesso total no nosso relacionamento. Nunca pensei que, nem mesmo dentro de um casamento, a gente pudesse brigar por uma besteira tão pequena. Subi com a Olívia nos braços, depois de desligar a televisão, pensando que tolerância talvez não seja mesmo o nosso forte, porque olha! Deitei com a Olívia lá na cama, a deixando até mesmo na nossa, só pra podermos ficar mais juntinhas e embora tenha ligado a televisão, fiquei a entretendo com o brinquedo que estava em minha mão, criando mil diálogos e tentando tirar, através dela, algum resquício de diversão. Mas não demorou muito para que isso fosse interrompido, quando o Lucas entrou lá no quarto, sem qualquer paciência e aquilo já dava pra vê no olhar dele, e jogou o meu celular lá em cima da cama.
Lucas: Não tá parando de tocar, cê num vai atender essa porcaria não? - falou enquanto eu olhava e descobria que era o Gabriel. Eu sabia já que devia se tratar do mesmo assunto da Rafaela, do Neymar e do Guilherme, então, apenas suspirei.
Helô: Não tinha como, né? Tava lá embaixo e eu tô aqui em cima.
Lucas: Pelo amor de Deus, Heloíza, agora nem os seus amigos mais cê vai atender?
Helô: Deixa que disso eu cuido e eu decido - falei colocando meu celular sobre o criado mudo e me ajeitando na cama 
Lucas: Cuida? Fugindo deles... Faça-me o favor!
Helô: Faça-me você de me deixar aqui quieta, do jeito que eu tô, sem ficar procurando briga.
Lucas: Sabe por que eu não vou? Por que eu tô ficando de saco cheio de tudo isso...
Helô: Você não é obrigado a nada, tá de saco cheio, sai dessa e pronto - falei me levantando da cama e indo em direção ao closet, mas naquele caminho, ele me parou, segurando o meu braço até com certa força.
Lucas: Por que seus assuntos sempre terminam assim? Cê quer jogar as coisas nas minhas costas, sendo que quem tá fazendo besteira é você!
Helô: Eu estou fazendo o que eu quero e pronto! Me deixa, é sério... A única coisa que eu tô falando é que você só tá aqui porque quer.
Lucas: Tô, porque eu quero memo. E se eu tô falando não é porque eu quero teu mal... 
Helô: Muito bonito, mas a Olívia tá aqui e não me interessa que ela não entenda nada, eu não vou brigar contigo na frente dela- me soltei do braço dele, que jogou um pouco da cabeça pra trás, respirando fundo
Lucas: Quando ela dormir, então, cê não vai fugir disso. Eu tenho muita coisa pra falar pro cê! - não respondi mais nada e passei lá pro banheiro, ao invés do closet, e mesmo sem estar com vontade de fazer xixi, acabei me sentando lá e fiz. Queria ficar ali dentro o máximo de tempo possível mesmo, porque tava ficando foda! A gente demorava a brigar, mas quando acontecia, era sempre nessas proporções que tirava qualquer coisa do eixo. Joguei uma água no meu rosto e quando saí, o Lucas já estava encalacrado num episódio de Bob Esponja lá, mostrando alguma das coisas que acontecia para a Olívia, que prestava atenção como quem tivesse entendendo tudo. Acabei indo me deitar ali do lado deles mesmo e o fato dela estar no nosso meio, nunca soou tanto como uma barreira quanto hoje. Falando em coisas inéditas, poucas vezes eu vi o Lucas assistir alguma dessas coisas sem rir e lá veio um dia desse. Embora tentando também se distrair com a Olívia, ele estava extremamente tenso e eu conseguia sentir isso da maneira mais fácil possível. Talvez, por conhecê-lo até mais. O episódio acabou e ainda assistimos um pedacinho de Phineas e Ferb que estava começando, mas logo a Olívia começou a dá uma reclamadinha, trazendo nossa atenção toda para ela. Como eu imaginei que era fome, virei seu corpinho para mim e só a forma com que ela me cheirou, eu já tinha certeza do que estava passando. Coloquei um dos meus seios para fora, passando um braço por debaixo da sua cabeça, na tentativa de acomodá-la melhor e ela quase não demorou ali no peito, porque sem perceber, pegou no sono. Eu, realmente, não entendia aquilo! A Olívia quase não estava mais dormindo assim a tarde, a não ser que a gente desse uma forçada a ninando ou coisas do tipo, mas justamente hoje, que o Lucas estava esperando a deixa para ter um momento só comigo, ela caiu em sono. Parece, realmente, que sente tudo o que acontece. Ou está para acontecer. Levantei, logo em seguida a pegando e decidi levá-la até o seu quartinho pra quem sabe, adiar um pouco daquilo, mais uma vez. Saí do quarto acompanhada pelo olhar do Lucas, como eu conseguia sentir, e com a Olívia na posição de pé, porque ela não tinha arrotado e eu não queria deitá-la logo de uma vez. Mas, quando chegamos no quarto dela, como eu percebi que ela tinha dormido mesmo, eu a coloquei no berço, ajeitando-a da melhor forma e ligando a babá eletrônica para poder levar uma lá pro quarto. Dei um beijinho na testa dela, respirei fundo e saí de lá, voltando até o meu quarto e do Lucas.
Lucas: Agora cê vem pra cá, senta aqui que a gente vai conversar - falou assim que eu entrei no quarto, já sentado na cama
Helô: Cê tá achando que eu sou sua filha pra ficar mandando assim, né?!
Lucas: Não me faz perder a paciência, cê ouviu o que eu falei? Eu quero conversar
Helô: Quando eu quero, não dá, né?! Agora você eu tenho que sentar e obedecer - falei já parada de pé do lado da cama, pondo a babá eletrônica sobre o criado mudo.
Lucas: Eu não tô acreditando que cê não vai sentar só porque eu falei!
Helô: Ai, Lucas, se isso faz tanta diferença, tá aí ó - falei me sentando na cama, cruzando as pernas e virando de frente pra ele
Lucas: Olha como cê é, não, sério - ele disse respirando fundo - Pode me chamar de trouxa a vontade, mas eu ontem não fui pra porcaria de lugar nenhum - se tem uma coisa que eu queria ter visto agora, era a minha cara. Ele me pegou totalmente de surpresa e na minha voz não saía nem um o quê de tão incrédula que eu estava - Pois é! Fiquei, realmente, que nem um otário aqui em casa depois que eu voltei do Guarujá só pensando, eu tava precisando disso. Cara, é muito ruim chegar a conclusão de que cê já foi muito mais madura do que hoje em dia - eu fiz menção de interrompê-lo - Não, espera eu continuar! Eu gosto do cê sendo independente sim, o mulherão que cê sempre foi memo novinha, mas não se achando a dona da razão sempre. Eu fui estúpido contigo ontem e principalmente com a tua família, porque fiquei com uma dor na consciência do caralho de ter vindo embora com a tua vó aqui em São Paulo e tal, mas foi bom pra eu repensar na gente. Cê nunca se assume como errada, cê nunca tem uma atitude de dizer em que ponto tá ruim pro cê sobre nós dois. Nunca, Heloíza! Em nenhuma briga que a gente teve até hoje. Tudo sempre cai pra mim pedir desculpas. E eu gosto tanto do cê que eu peço, porque eu não quero ficar longe. Só que para pra pensar você também! Hoje eu tô muito mais calmo, mas não tô satisfeito. Principalmente, porque depois que a Olívia nasceu, cê parece que regrediu mais, sei lá. Cê sempre falou que eu era criança, mas vê as atitudes de ontem. Pô, a gente cresceu juntos quando começamos a nos relacionar, a gente tem uma filha, a gente é casado! Me incomoda o fato de toda discussão cê querer jogar na minha cara que a gente tá junto porque eu quero. Não, cara, a gente tá junto porque a gente quer, a gente assumiu a responsabilidade da Olívia, porque ele é nossa. Cê tá entendendo o que eu tô falando? Falar em terminar um namoro numa briga, eu ainda tentava relevar, mas um casamento não é assim... Se a gente não conversar, a gente não vai chegar a lugar nenhum - ele respirou fundo, vendo sua voz embargar no final, quando percebeu que os meus olhos já marejavam. Depois de todo aquele desabafo dele, de uma única vez assim sobre mim, eu estava com a garganta cheia de nós. Eu não conseguia acreditar que ele sentia tudo isso e que me via tão prepotente assim. Era frustante pra mim mesma acreditar que ele estava falando de mim. Eu não era desse jeito! Claro que não! Passei a mão no meu rosto, evitando que as lágrimas caíssem naquele momento, mas a vontade de chorar já estava incontrolável. Tinha doido ouvir tudo aquilo de uma vez só. Desdobrei as minhas pernas, me levantando da cama e senti os olhos dele me acompanhando.
Helô: Se não quer que eu pense? Então deixa eu fazer isso - falei sentindo o músculo debaixo da minha boca já trêmulo. Saí do quarto sem olhar muito ao meu redor e decidi ir para o quarto dos hóspedes. Pela primeira vez, nem perto da Olívia eu queria ficar. Até porque, eu sabia que ela sentia qualquer coisa vinda de mim ainda e o que eu menos desejava era ela sentir tristeza em função da minha. 
Entrei no quarto dos hóspedes e me sentei lá naquela cama, sem nem pensar se os lençóis estavam ou não empoeirados. Eu só queria chorar, do jeito que eu sempre gostei: Sem ninguém assistindo ou pra me julgar fraca. E foi exatamente o que eu fiz. Eu nunca esperei ouvir aquilo do Lucas e ainda mais de uma só vez. Eu percebia ele chateado com muito mais coisas além do que só mais uma das brigas que a gente teve ontem. Não era a não ida a um encontro com os amigos dele ou estar stalkeando o vizinho que o incomodava. Era o meu jeito. Ou a proporção que eu deixei a minha própria personalidade alcançar. Por muitos anos eu ignoraria completamente esse fato. Embora nunca tenha sabido lidar muito bem com críticas, eu tentava abstraí-las das maneiras mais variadas possíveis. A questão dessa vez que torna tudo diferente foi que, pela primeira vez, eu ouvi isso da forma mais dura, mas vindo de alguém que eu amo. E mais, de alguém que eu tenho certeza que me ama também. Que não despejou aquilo sobre mim sem alguma razão. Acredito que depois dos meus pais, se tem alguém na vida que me quer bem, esse alguém é o Lucas. Mesmo se um dia ele deixar de gostar de mim, não faz parte dele ser grosso dessa maneira com as pessoas, simplesmente, por ser. Ele cultiva o bem com todo mundo ao seu redor e isso me fazia pensar. Eu deveria estar equivocada em alguns pontos do nosso relacionamento, realmente. Ou melhor, estar sendo mimada, no sentido mais esdruxulo que essa palavra pode atribuir. O pior de tudo isso é que uma coisa que eu não posso mais me permitir ser é egoísta, egocêntrica. Talvez o meu não desejo de ter filhos tenha mudado com a chegada da Olívia, mas tem ainda muito mais coisa a ser alterada. Como eu posso pensar somente em mim, quando tenho alguém tão dependente do meu pé? Como eu não consigo me policiar durante as brigas e não deixo a conversa existir num relacionamento a dois? Pela primeira vez na vida, eu estava sendo auto crítica comigo mesma e reconhecendo os meus próprios erros a quem eu já deveria ter feito há tempos: Para mim. E chorando. Claro! Isso não é uma tarefa fácil. Tanto não é que eu precisei passar quase vinte e um anos sem pensar sobre. Achando, fielmente, que eu estava levando a vida e disseminando a minha personalidade da maneira mais coerente de todas. Me embolava tanto em meios as minhas falsas certezas, minhas conclusões, meus pensamentos sobre o futuro, sobre o meu casamento, sobre a Olívia e os soluços. Passei a mão no meu rosto, tentando amenizar e só abri os meus olhos quando percebi alguém ali no quarto. Era o Lucas encostado no batente, me observando e com os olhos marejados, provavelmente, pelo brilho que ecoava até a mim. Eu sabia que ele não aguentaria muito tempo sem saber como eu estava. Passei a mão no meu rosto, mais uma vez, porque eu ainda não tolerava a ideia de que me vissem assim e percebi ele se aproximar, parando de pé na minha frente.
Lucas: Eu não falei tudo aquilo pra te vê assim - eu respirei fundo, tentando não chorar mais e poder falar também tudo que havia se engasgado em mim
Helô: Lucas, eu também quero falar - vi ele concordar com a cabeça e se sentar lá naquela cama comigo, deixando com que a gente ficasse um de frente pro outro - Você me estressa muito com essa insegurança sua e acredito, ou acreditava sei lá, que por a gente sempre brigar por causa disso, você entendesse que isso é a coisa que mais me incomoda em você. Sem dúvidas memo! Sendo que eu achei que era mais uma cena de ciúmes sua por causa do negócio do instagram lá e você tava tentando me dá o troco, sei lá, de alguma maneira indo pro negócio da Aninha. Eu só achava que era mais uma briga, sabe? Só que dá pra vê que tem muito mais coisa aí acumulado dentro de você...
Lucas: Não pense que aquilo não me incomodou, porque me incomodou sim e demais. Cê é casada, sabe, pra quê ficar olhando coisa daquele cara que cê bem no fundo sabe que tá esperando uma oportunidade pra dá em cima do cê? Certas atitudes suas me incomodam e eu já venho falando isso desde antes da gente casar. Mas também essa história foi boa, porque eu pude pensar que a gente chegou num ponto que a gente tem que conversar mais e brigar menos. Não tem essa de ser mais uma briga! De briga em briga se desgasta um relacionamento e eu não quero que isso aconteça com a gente, cara
Helô: Tudo pra mim é difícil... Assumir que eu estou errada, pedir desculpa... Tudo parece um parto, eu sou assim. E vê tanta gente falando que eu mudei muito depois de você, me fez acomodar, sei lá, achei que eu já tinha chegado num ponto bom pra você. Não tinha ideia que eu conseguia ainda passar uma imagem tão prepotente pra você. Eu não quero ser isso, cara - falei olhando pra cima, tentando conter o choro
Lucas: A questão não é nem de querer, é que cê num precisa ser. Não pra mim! Eu sei tudo de bom que tem aí guardado dentro do cê, eu sei que cê gosta de mim, memo vacilando desse jeito... Mas ás vezes me deixa chateado a maneira com que cê conduz as coisas do nosso relacionamento, a quantidade de coisa que cê fala sem pensar. Realmente, não é legal pra nenhum cara vê sua mulher vendo foto de outro, mas a minha insegurança vai muito além disso, eu acho. Eu sou ciumento sim, cê sempre soube isso, mas essa seu ar sempre tão segura com tudo, acho que aumenta todas as coisas bobas ao nosso arredor. Sem contar que a gente acha que pode consertar tudo depois de uma briga com sexo ou com sei lá o quê, mas a gente virou adulto na marra, a gente divide o mesmo teto. É isso que eu fiquei tentando me fazer entender e tô querendo te passar, entendeu?
Helô: Lucas... - eu respirei fundo - Eu sei que eu fui arrogante contigo inúmeras vezes, eu consigo enxergar o quanto eu tô errada e agora o quanto eu já te machuquei com isso. Você não merece isso, não mesmo - disse já deixando algumas lágrimas caírem - Me perdoa, sério.
Lucas: Deveria ser bom pra mim ouvir isso, mas pode acreditar que não é. Eu também erro, como te disse antes, ontem todo mundo errou. Só que cê pode ter certeza que eu vou te desculpar sempre, porque nem magoado contigo eu consigo ficar... Eu só quero o seu bem doidinha - ele disse passando a mão rápido no rosto, provavelmente, evitando que caísse algumas lágrimas
Helô: Eu vou firmar um contrato contigo que nem o nosso casamento... - falei colocando a mão na coxa dele - Eu vou tentar me achar menos a dona do mundo...
Lucas: Adeus convencimento? - ele disse já em tom mais solto, mais alegre
Helô: Não, seu idiota, deixa eu terminar 
Lucas: Não, eu não quero que cê termine nada, eu só quero começos pra gente - ele falou levando as suas mãos até o meu pescoço e acarinhando minha bochecha com um dos polegares - Helô, não precisa me prometer nada... Eu não quero que cê mude, porque eu te amo desse jeito. Foi assim e vai ser assim pra sempre. Só que tem certas coisas que precisam ser amenizadas e ajustadas para uma relação a dois. Apenas isso que eu quero pra gente! O resto, deixa só amor e a nossa pequena mesmo.
Helô: Você é tão lindo, por que eu não penso mais nas coisas? - respirei fundo e vi o rosto dele se aproximando - Desculpa pegar pesad...
Lucas: Shii... Não precisa falar mais nada, chega - disse deixando nossas bocas se encontrarem de uma vez por todas. Ele me beijou de forma calma, fazendo carinho na minha nuca com os dedos e com gestos como esse, eu entendia que o Lucas poderia ser a única pessoa capaz de me fazer ser mais flexível. Na verdade, eu nunca achei que poderia me sentir capaz de lutar tanto por uma relação, além daquelas que a gente já nasce criado, como a família, do jeito que eu faço com ele. Embora não saiba contar ou demonstrar, eu tenho sede de fazer qualquer coisa para que não fique coisas ruins ou mal resolvidas entre nós. 
Helô: Hm - disse dando alguns selinhos nele, terminando aquele beijo
Lucas: Se eu fosse cê, continuava sem falar nada e só me beijando
Helô: Vamo pro nosso quarto, pelo menos
Lucas: Aproveitar que a Olívia tá dormindo? - disse com um sorriso malicioso no canto da boca
Helô: Simmmm! - disse dando mais um selinho rápido dele e me levantando, ajeitando o meu short
Lucas: Meu coração fica até fraco com umas coisas dessa
Helô: Vem logo, óh, daqui a pouco ela acorda - falei já indo em direção a porta, rindo de toda aquela animação dele.
Lucas: Mas o quanto mais a gente brigaaaaa, você fica mais bonitaaaa, e eu desejo mais vocêeeee - cantarolou, abraçando o meu corpo por trás
Helô: Óh, tu fica cantando aí, tô até ouvindo chorinho da Olívia já
Lucas: Caralho, para com isso, bora logo pra lá - falou meio que me empurrando até a porta do nosso quarto, me fazendo gargalhar
Helô: Mas essa música foi ótima, né? - disse me virando para ele, entrelaçando meus braços na altura de seu pescoço
Lucas: Cantor é assim, sabe as músicas certas pros momentos certos
Helô: Ah tá bom então! - falei ironizando e rindo, junto com ele, que já me guiava até chegarmos na cama.
Nós caímos juntos e ele ainda se deitou sobre mim, iniciando um beijo de caráter bem mais quente que os últimos, mas nada que pudesse passar disso e a gente respeitava muito bem, se mantendo só nos amassos e rolando pela cama, como conseguíamos aguentar. [...] Depois de todo aquele tempo curtindo com o Lucas, ele havia me dito que a Rafaella também tinha mandado mensagem para ele falando sobre o que ia rolar lá no Neymar, e embora o mesmo estivesse com preguiça também, a gente acabou convencendo um ao outro de ir. Então, ás 22:00 lá estávamos nós de volta para o Guarujá, já dentro do Jardim Acapulco mais uma vez. Como íamos passar pela casa da minha mãe de qualquer jeito, o Lucas decidiu estacionar lá e a gente tocou, esperando pouco tempo pra que ela viesse abrir.
Renata: Vocês? Nossa, que surpresa! - disse fazendo a atriz, nos levando a risos
Lucas: Muito tempo sem nos ver, sei como fica a saudade - disse ainda rindo, a abraçando 
Renata: Vem gente, vocês não vão entrar não?
Helô: Na verdade, a gente passou memo só pra não te deixar morta de saudade... Não falei que vamos lá no Neymar?
Renata: Mas a Olívia vai ficar, né?
Helô: A ideia não era essa não - falei rindo - O Gui falou que ia levar o Bê, a Carol deve tá lá com o Davi... Sei lá, pensei em levá-la
Renata: Ah, Helô! Deixa ela aqui com a gente! Seu pai tá lá dentro, vai adorar. Depois vocês não vão dormir aqui mesmo?
Lucas: Renatinha já está querendo corromper nossa saída - falou rindo
Renata: Tô querendo ajudar, ó, aí vocês podem aproveitar melhor
Helô: Tá cheia dos argumentos hein, tá estudando? - ela riu - Ai, então vamo entrar que deixar minha filha no portão é muito abandono - eles ficaram rindo e a gente passou lá pra dentro de casa, chamando logo a atenção do meu pai assim que entramos na sala de estar - Óh, vim trazer um presentinho, Serjão.
Sérgio: Ah, eu não acredito! Vocês vão deixá-la?
Helô: Acho que sim, né? - disse olhando pro Lucas, que me respondeu com uma cara de você que sabe
Sérgio: Eu acho melhor, falei até com a sua mãe... Tá em boas mãos!
Lucas: Tá em bons mimos né, Serjão? - disse rindo
Helô: E ah, essa ideia foi sua, é? Tô só vendo vocês dois... 
Sérgio: Agora vê nós três - falou se levantando e vindo pegar a Olívia do meu colo - Fala pra sua mãe e se divertir, Olívia
Renata: Aí, você disse que eu quem tava cheia de argumento, olha o seu pai - disse rindo, já vendo a Olívia no colo dele
Helô: Nem sei pra quê eu entrei, tá pior! 
Lucas: Eles já esperaram a gente com esse complô preparado - rimos - Mas então, tá aqui a bolsinha das coisas ó! - falou deixando sobre o sofá a bolsa que a gente tinha trazido com as coisas da Olívia mais uma roupinha de dormir para nós.
Helô: Então vamos, né? Porque a gente já tá meio atrasado
Lucas: Só meio, né? - se aproximou de mim, rindo 
Renata: Isso, gente, divirtam-se! - ela pausou - Ah, leva a chave daqui, filha! - disse indo em direção ao rack da sala - Porque aí não precisa chamar quando chegarem
Sérgio: E nem nos acordar, que é a parte mais importante
Lucas: Mas é muito pai da Heloíza mesmo - rimos e a minha mãe veio até a mim entregar a chave
Helô: Valeu, Renatinha! Beijo, filha! - falei me aproximando do meu pai e enchendo ela de beijo, vendo o Lucas fazer isso em seguida
Lucas: A gente não demora
Sérgio: Deixem de ser babões, vão logo
Helô: Óh quem fala! - ele ficou rindo - Qualquer coisas vocês me ligam, tá?
Eles assentiram e minha mãe abriu ainda a porta para a gente, nos vendo sair ali e ficamos parados em frente ao carro dele, que já estava estacionado.
Lucas: A gente vai de carro..?
Helô: Por mim, a gente pode ir andando. A casa dele é nessa mesma gleba, só que mais lá embaixo... Mas ainda sim dá pra ir!
Lucas: Gleba - ele falou rindo e me fazendo rir também - Mas por mim pode ser, aqui dentro é tranquilo, pô
Helô: Então, bora - ele se aproximou mais de mim, entrelaçando as nossas mãos e lá fomos nós pelo condomínio a fora.
Tudo ali dentro era tão bonitinho e tão calmo que a gente conseguia andar como se fôssemos, ou melhor, como se o Lucas fosse a pessoa mais normal do mundo. Ás vezes, coisas simples como essa faziam falta sim! Era tudo tão bem iluminado que a gente ia analisando as casas lá, debatendo sobre elas e preferência que, embora realmente a casa do Neymar ali dentro fosse um pouquinho distante da dos meus pais, a gente chegou bem rapidinho e tinha logo um sinal de que estávamos perto, pelo som que vinha de lá. Tocamos lá e demos que informei quem era, veio abrir a porta o Big, segurança e amigão lá da família deles.
Helô: Oi, boa noite!
Lucas: Boa noite!
Big: Boa noite, gente, pode entrar! - falou nos dando passagem - A farra está todo aí, tão boa já que me mandaram ficar abrindo a porta - rimos e fomos passando lá pra dentro já enxergando, pelo menos eu, bastante pessoas conhecidas. Fomos andando ali, cumprimentando algumas pessoas assim, que não conhecíamos tão bem e a Nadine estava por ali perto, algo que nos fez ir cumprimentá-la.
Nadine: Oi meu amor! - ela se levantou para me abraçar e veio fazer a mesma coisa com o Lucas - Oi, Lucas, tudo bem com vocês?
Helô: Tudo, tudo sim.
Nadine: E a pequena, cadê?
Lucas: Hoje ficou com os pais dela
Nadine: Ah sim... Também tem que aproveitar, né? Mas tem criança aí, viu? Davi mesmo deve tá correndo - rimos
Helô: Daqui a pouco eu acho, Ná.
Nadine: Deixa eu apresentar vocês aqui - disse chamando a atenção de algumas mulheres que estavam lá que eram amigas dela ou da família do pai do Neymar, que foram super simpáticas conosco.
Neymar: Que isso, tô tendo miragem, pô? - falou se aproximando dali, já estendendo a mão pra cumprimentar o Lucas - E aí, beleza?
Lucas: Tranquilo, parceiro!
Neymar: Hein? Hein? - falou me dando um abraço e um tapinha na testa
Nadine: Esse menino não tem uns modos - disse nos fazendo rir
Helô: Vim pra você não ficar choroso desse jeito aí... É você, é Guilherme, é Gabriel. Não me deixam em paz, né?!
Neymar: Até parece que não gosta - falou rindo - Fica a vontade aí que já tá todo mundo aí, viu? O bonde tá lá ó, Rafa tá aí com a Isa também, Gabriel também... Se vira
Helô: Amo essas recepções - ri e eu peguei a mão do Lucas, depois de pedirmos licença a eles ali e fomos até onde tava o Jota, Guilherme, a Dani com o Bernardo no colo, o Cris, a Bianca, o Gil e o Gustavo - Pode parar o chorôrô - falei chamando a atenção dos que faltavam
Guilherme: Quero nem papo, some
Helô: Não quero falar contigo memo, deixa eu apertar essa coisa gostosa aqui ó - falei me abaixando lá pra beijar o Bernardo e aproveitei pra abraçar a Dani também, ouvindo o Lucas cumprimentar o pessoal
Dani: Fala oi pra tia Helô, filho, fala! - disse segurando a mãozinha dele que já estava esperto toda vida, um lindo!
Guilherme: Fala nada, nem sua namoradinha ela trouxe, filhote
Lucas: Quer apertar o coração do pai que acabou de chegar é? - falou olhando pro Guilherme, causando risos em todos nós e se aproximando pra cumprimentar a Dani e depois brincar com o Bernardo
Guilherme: Mas o mlk é pinta, ó essa cara do pai aí
Lucas: Tá lindão memo, só num pode querer aprontar com a minha filha que aí o jogo vira - falou nos fazendo rir
Gil: E aí, só tem Guilherme, Dani e Bê aqui? - disse me olhando
Helô: Por isso que eu vim, tá vendo? Eu não sei como vocês vivem sem mim - disse indo cumprimentá-lo - Se bem que vocês dois - falei olhando pro Jota - São dois escrotinhos também, agora só querem saber de Barcelona, fala sério
Gil: Trampo é trampo, pô
Jota: E as espanholas são as espanholas - nós rimos 
Helô: Caralho, não muda - falei ainda rindo, o abraçando. Cumprimentei ainda o Gustavo, o Cris e a Bianca também - Sou apaixonada no Fran e nunca consigo ir em algum lugar que você leve ele, cara, fico bolada com isso
Bianca: A gente sempre se vê nos finais de semana que ele tá no pai, Helô. Vamos marcar alguma coisa!
Helô: Vamos sim... Bom que você vê a pequena!
Dani: Ei, eu quero ter tá nessa
Guilherme: Ai que panelinha hein?!
Dani: Mas você tá chato hoje, hein?! - gargalhamos com a cara de ofendido que ele fez 
Gustavo: Aí, irmão, se até a mulher tá falando, tá falado!
Gil: Ele vai ficar até quieto agora, tá na coleirinha, pô - rimos
Fiquei ali conversando um pouquinho com eles, enquanto o Lucas acabava se distraindo mais brincando com o Bernardo (esse amor dele por crianças é algo que eu nunca vou saber superar) até que ele viu a Anitta lá e me chamou para que fôssemos lá falar com ela. Pedimos licença ali dos meninos rapidinho e eu o acompanhei, parando onde estava ela, mais uma mulher, o David Brazil e um outro cara lá.
Anitta: Tá pai de família agora e não fala mais com as piriguetes, por isso que ele tá te esnobando, Juliana - falou virada pra mulher 
Juliana: Eu só queria saber o meu problema tá, Lucas? Você já contou pra ela que a gente tinha um caso? Ou só contou da Anitta porque ela é famosinha? 
David: Paulão me perdoa, mas ele só contou pra ela de mim, porque eu.. sou a diva dessa magya toda! - falou abraçando o Lucas pelo braço que á essa altura já estava gargalhando
Helô: Gente, acho que eu vou até me retirar, meu marido tá com mais passado aqui que não sei o quê - eles ficaram rindo
Juliana: Só não virei presente, porque não tenho olho azul tá, amor? - falou dessa vez me fazendo rir também
Anitta: Ai, Helô, deixa eu apresentar essa louca - falou rindo e depois de me cumprimentar - Essa é a Juliana, minha melhor amiga - disse enquanto eu ia falar com ela também.
David: Deixa eu apresentar meu melhor amigo também, não fica com ciúme - virou para o Lucas, que tava rindo - Esse é o Paulão
Juliana: Melhor amigo é sempre uma desculpa né, gente? - disse enquanto a gente cumprimentava eles dois 
Anitta: Epa, vem com essa não que eu num tô batendo bife contigo não, comigo a parte da melhor amiga é real - falou nos fazendo gargalhar e o Lucas estava indo abraçá-la
Engatamos num papo com eles que me fez, em pouco tempo, chorar de rir. Quatro, literalmente, figuras! Era impossível se manter ele séria e até sobre os assuntos menos cômicos, aquilo se tornava por toda a interpretação que eles davam ao assunto. Só saí dali quando vi o Danilo, um amigo do Gabriel, chamando o David e aproveitei aquilo para ir até eles pra cumprimentá-los. O Lucas acabou ficando ali de papo e eu ainda acenei pra Isabella, pedindo que ela esperasse que eu já ia até lá. 
David: É tanto macho meu nessa festa que eu tô ficando loucaaaaa!! - falou se aproximando do Gabriel, do Danilo e do Fabão (dois amigos dele) e da Tayná que também estava ali.
Fabão: Pô, David, Danilo tava aqui morrendo de saudade já
Medina: Mlk tá chorando
David: Tem tudo inveja da gente né, Dan? - falou se aproximando dele, que passou o braço por seus ombros
Danilo: Deixa eles - falou nos fazendo rir
Fabão: Tá vestindo o personagem hein, mlk, sei não - falou rindo e o Gabriel acompanhou
Helô: Ai gente, deixa o amor se manifestar
Fabão: Claro, aqui nós somos sem preconceito, pô
Medina: Agora essa daí fala até de amor, quanto tempo eu te conheço memo? - disse passando o braço nos meus ombros e me puxando para um abraço - Chega e não fala, né?
Helô: Ai, tô muito disputada aqui nesse lugar, fazer o quê, né?
David: Quem tem um par de olhos azuis pode, quem não tem, se sacode mesmo - falou me fazendo rir
Helô: Mas oi, gente, pra todo mundo. Finge que eu fiz a simpática, tá? - falei olhando pra eles, como forma de cumprimento.
Medina: Vai se preparando que seu dia de festa tá chegando, hein!
Helô: Nosso dia, na real né? 
Medina: Que que você vai fazer?
Helô: Agora tô vivendo em função da minha filha, nem me lembro que semana que vem é meu aniversário
Medina: Ah brother, qual foi, a gente vai comemorar isso aí.
Tayná: Você faz aniversário perto dele? Ou é no mesmo dia?
Helô: É na segunda, um dia antes
Danilo: Ihhhhh tem que rolar festinha, ou! Dose dupla assim.
Medina: Né? Essa aí ó, me ama tanto que nasceu até colada comigo
Helô: Baixa a bola, campeão - falei o vendo rir
David: Ai gente, para, mas quem não ama? - disse, causando riso em todos nós - Ó esse Pedrinho aí, vem cá, vem cá - falou chamando um anão (sério, ele era um anão e todo mundo conhecia, mas eu não fazia ideia) que tava passando perto da gente, todo risonho
Pedrinho: Coé, rapaziada! Tô todo requisitado aqui, tô tirando onda
David: Que isso, vou até querer uma foto então!
Pedrinho: Aproveita que ainda tá de graça - nós gargalhamos.
Medina: Tem que levantar esse mlk, Fabão, se não ele vai ficar competindo pra saber quem é menor com a Tayná e a Helô
Helô: Ah ou!
Tayná: E eu ainda sou maior que a Helô, tá?
Helô: Qual é, Tayná, vai me desvalorizar assim? - ela ficou rindo, negando com a cabeça.
Fabão: Vem cá, Pedrinho, liga essa selfie aí, diva - falou virando pro David que já estava com o celular na mão.
O David bateu uma foto ali no snap e disse que tinha salvado para colocar no instagram, o que demandou um tempo dele um pouco alheio a conversa, mas o assunto entre nós se mantinha. Eu não demorei também ali com eles, pois ainda não tinha falado nem com a Isabella, então logo arrumei uma brecha para ir até onde estava ela. Fui pegando o meu celular também, abrindo logo a notificação de marcação do David e vendo como tinha ficado aquela foto.
@davidbrazil24 Amigos mais queridos!
❤️ 22489curtiram
gabrielladesousa falsiane.. cadê o neymar?
hanadinaforever gabriel e tayná na mesma foto é muito amor
affectionbiel que saudade de foto gabriel e helô, socorro
xododolucco Cadê o Lucas?? Faltô ele!!
eliteneymar Medina abraçado na Helô e a Tayná ali de boa hahaha
hugmedina O amor começa quando Gabriel tá agarrado na Helô e não na Tayná
flaviaseixas Nunca vou superar Gabriel e Helô, desculpem
amorlucco_ E o Lucas? Ele tá aí?
fasrafaella É na casa do Neymar, tá todo mundo no Guarujá, que essssso!!
luizacardoso Medina e na casa do Neymar? ME CHAMA QUE EU VOU
luccosincero @heloapollonio quase do tamanho do Pedrinho kkkkkkkkkk
Só curti a foto, nem lendo os comentários, e fiquei com o celular na mão indo direto cumprimentar a Isabella que estava com a Tata, a Rafaella, a Carol, a Júlia Valente, a Taiany Xavier e a Giovanna Costi.
Isabella: Pensei que tu não ia chegar até aqui
Helô: Eu também - disse rindo, enquanto cumprimentava todas elas - Tava doida pra chegar aqui, me sentar e só fofocar
Rafaella: Então chegou na hora certa, porque é exatamente isso que estávamos fazendo
Taiany: Pra variar, né? - falou, causando risos em nós
Helô: Ai, essa sua barriga tá linda! - disse passando a mão no barrigão enorme que ela estava - É uma menina, né?
Taiany: É sim, Manu... Acho que de menino já basta nessa casa, né?
Helô: Ah, é verdade! - falei rindo - Só quando eu vejo assim me bate saudade da minha, nossa, nunca pensei - ela riu
Carol: Falando nisso, cadê a Olívia? Tô com uma saudade daquela linda
Rafaella: Verdade hein, falei que você podia ter trazido ela.
Helô: Eu ia trazer, mas passei ali na minha mãe, aí você já viu, né? Vovó e vovô encalacraram na menina - elas riram
Carol: Normal, né?
Helô: E Davi, hein, cadê?
Carol: Ah minha filha, tá correndo por aí! Deve tá com o avô, daqui a pouco ele aparece - ri - Você lembra da Gi né, Helô?
Helô: Lembro... A gente se conhece mais de vista...
Giovanna: E tem muito tempo que a gente não se vê - ela disse me interrompendo, sorrindo e sendo a última a quem eu cumprimentava 
Helô: É verdade! - sorri
Giovanna: Agora já que tem muito tempo que a gente não se vê e não se fala, vamos conversar aqui... Quanto tempo tá a sua filha pra você já tá com esse corpo, Helô? Pelo amor de Deus - falou me fazendo rir
Helô: Faz um mês amanhã...
Giovanna: É pra morrer, né? Henrico tá com quase um ano e eu tô no prejuízo até hoje - rimos da cara que ela fez
Carol: Eu nem vou falar de mim... Acho que depois que o Davi nasceu, eu tenho que nascer de novo pra voltar a ser magra, gente - rimos
Taiany: Nossa gente, muito obrigada, agora eu tô apavorada só pensando depois que a Manu sair daqui 
Júlia: Fica quieta vocês, ou, que ainda tem a desculpa de serem mães... E eu? Acho que vou me matricular na academia amanhã que tô meio depressiva já
Helô: Eu nunca fui louca com essas paradas não, mas depois que a Olívia nasceu eu fiquei meio assim... Aí o Lucas já gosta quando eu penso num negócio de dieta, num treino, aí por um lado foi bom. Mas agora tá tudo desandando já, tô chegando ao meu peso, já tô querendo afrouxar tudo
Tata: Já colocou um pote de Nutella pra conta ontem - ri
Giovanna: Mas isso faz a diferença, né? Tipo, Paulo Henrique não é assim! Chega sexta feira ele quer o quê? Uma pizza. Chega domingo do jogo, ele já tá pensando num japa... A vida fica difícil
Isabella: A Helô reclama, mas isso é bom! Eu consegui voltar rapidinho também, né?! Mas agora, depois de anos, essa história de tá com o Fred de novo fode a minha balança. Ele não pensa em uma coisa saudável, hora nenhuma.
Carol: Mais outras reclamando de barriga cheia... E quando a gente tá sem boy? Se afoga no chocolate ainda sozinha, queridas - gargalhamos
Com elas sim eu parei, meu Deus, quanto papo! No meio de um monte de mulher e com várias sendo mães, era certeza de assunto para não acabar mais. Teve uma hora que o Lucas ainda se aproximou lá, para cumprimentar as meninas, mas não demorou muito ali, arrumando logo outro papo por lá. Outro que passou uma hora pra falar com a Carol foi o Davi e essa criança é a coisa mais linda e simpática da vida. Chegou e me abraçou, conversou comigo e perguntou até da Olívia. Só que claro, a correria vinha em primeiro plano e logo desistiu de papo para poder voltar a bagunça. Só desfazemos aquele nosso grupinho por ali quando o Neymar passou avisando que eles iriam fazer um som real por ali e todo mundo se empolgou, se aproximando mais da varanda ali, onde ficavam os instrumentos. O Neymar e o Robinho, que estava lá também, ficaram só com essa parte, enquanto a Anitta pegou o microfone pra cantar algumas coisas, mas era um fato que os dois não iam ficar muito tempo longe dos vocais, embora cantassem mal toda vida, né? Eu me aproximei mais do Lucas e a gente ficou curtindo as músicas que eles tocavam lá, variando entre ritmos e canções, a maioria conhecida e que fazia todo mundo aproveitar juntos.
Lucas: Pô, essa música é maneirinha - falou, chamando a minha atenção maior para identificar qual era a música e descobri que era Clichê do Sorriso Maroto
Helô: Sem você passei a ver o que nunca enxerguei. Sem você me dei um tempo e me repensei. Eu me vi naquelas folhas de outra estação que sem vida são varridas secas pelo chão - cantarolei muito mais pra mim mesma, abraçando ele pela cintura - Acredito, hoje, em coisas que me ensinou. Acredito que dias melhores tão por vir e amores de verdade surjam num olhar... Acredito que a gente possa ser feliz! - percebi que ele prestava atenção em mim, quando me apertou ainda mais contra o corpo dele, dentro daquela abraço - Desculpe chegar sem avisar, mas eu não consigo esquecer você dizendo que já não me ama...
Lucas: Isso nunca - ele passou a mão pela minha nuca, virando o meu rosto para ele e me fazendo soltar um leve sorriso
Helô: Ensaiei mil coisas pra falar, pra mim são difíceis de dizer... Em sonhos de amor, sua voz me chama. Sei que parece clichê, preciso de você! Meu amor, eu tive que perder pra acordar. Eu sei que fui difícil de lidar, sempre fechado, sem falar de amor, de Sol, de flor... continuei a cantarolar até que ele me interrompeu, finalizando a distância entre a gente e deixando um beijo acontecer. Tão leve, tão gostoso, tão nosso que a gente só conseguia colocar fim, quando a falta de ar fazia isso por nós. Curtimos o resto da música, que na voz da Anitta ficava ainda mais doce, mesmo que os meninos atrapalhassem algumas horas, ali abraçadinhos. Ela puxou mais algumas outras, até mais antigas do Sorriso Maroto, mas depois que cantou Mulher, entrou numa música que era, extremamente, minha. 
Lucas: Não acredito - ele disse rindo, já ouvindo ela cantar o refrão - Oriente é tão a sua cara que dói 
Helô: Essa música então, nossa, eu amo - ri e ela começava a ditar a parte de rap 
Lucas: Como pode ser tão gata e ao mesmo tempo tão louca? - disse passando o indicador na ponta do meu nariz, me fazendo rir - O homem que já teve sua companhia, jamais se satisfaz com outra - ele jogou um pouco da cabeça pra trás, suspirando e eu sorri, logo a continuar
Helô: Troca de roupa mil vezes até decidir a melhor. Já fui muito magoada, por isso magoa sem dó! Pra ter sua companhia só se ela simpatizar, tem seu carro, tem sua casa, seu dinheiro pra pagar, tem uma frase que repete, segue, que a faz flutuar... Não importa onde estamos, nossa mente é o nosso lar!
Lucas: Ela só quer viajar, ela só quer viajar... - entrou no refrão, me abraçando mais uma vez, deixando minha cabeça recostada no seu peitoral. Eu amava aquela letra imensamente e virava e mexia, a letra saía cantarolada da minha boca. Amava Oriente, exatamente, por essa capacidade incrível de me descrever como ninguém conseguiria.
Logo que ela acabou essa música, cantou Cobertor com o Neymar e depois eles puxaram o Lucas lá pra aquele improviso, afim de dá uma palhinha. Voltei a me juntar com a Isabella, curtindo um pouco do som que agora estava ainda mais repleta com o Lucas ali. Ele ainda, uma hora, me entregou o celular dele, eu gravei alguns snaps e a gente aproveitou muito aquela noite que, mesmo simples, para nós foi muito relevante. Qualquer momento de paz assim para nós dois, que trouxesse isso para nós, era muito bem vindo. Principalmente, depois desses últimos acontecimentos. Ele ficou um bom tempo lá e quando decidiu sair, eles também tinham dado uma cansada e então, voltaram com o som vindo do aparelho mesmo. O Lucas ficou conversando comigo e com a Isabella um pouco, mas logo nos demos conta que já eram 02:30 e a gente sabia que precisava ir embora. Começamos, então, a nos despedir por ela, que iria esperar a Tata ainda pra ir embora e depois fomos falando com todo mundo por lá. Praticamente, toda a galera ainda estava ali, então, essa foi a parte mais trabalhosa mesmo. Falamos por último com a Nadine e as pessoas que estavam arredor dela e ela mesma decidiu nos levar até o portão. Nos despedimos mais uma vez, ela mandou um beijo para os meus pais e á Olívia e a gente foi andando de volta para a casa, no melhor clima possível. Se implicando, conversando, trocando ideias sobre tudo lá, dividindo sorrisos e o melhor: sendo a gente que nunca podemos deixar de ser.

14 comentários:

  1. Acredita que eu chorei muito nesse capitulo? Nu, a parte que o Lucas fala com ela foi muito foda nossa!!!!!!!!! Sem palavras sério. Vai fazer muita falta! Ahhhhh, e foi ótimo saber que o Lucas não foi pro antro da perdição pra variar foi um fofo e fiel a helô. Imagino que com a proximidade do fim o clima de paz irá reinar né? Porque meu coração não vai aguentar mais uma dessas, chorei aqui reaaaaaal! Muito amor por Helucas, meu casal pra sempre! E sobre a passagem de tempo? Vai acontecer nos próximos capítulos? Mal posso esperarrrrrrrr! E sim, senti muita falta do recadinho no final, eu quando estou lendo, na metade do capitulo eu paro e vou até o fim pra ler o recadinho, pra saber das novidadesssss, mas imagino que você deve estar muito ocupada e super entendo. Beijos e posto logo por favorrrrr ♥

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  2. É Gabi já tem um tempinho que não tenho comentado, não é sempre que a postagem pelo celular está ao meu favor. kk EU NÃO ACREDITO QUE TÁ ACABANDO! E mesmo me segurando aqui, não tinha como, eu senti na pele o que a Helô sentiu ouvindo o Lucas e o que eu tenho pra te falar é... EU NÃO QUERO MAIS VER ELES BRIGANDO, PODE SER? Brincadeira amor, é claro que eles precisam brigar, porque senão não seriam eles. Vou sentir falta disso, quero que todos os personagens sejam felizes, sério! O que eu queria também é uma passagem de tempo, já com a pequena falando com eles e tal se fosse possível, mas isso só quem pode escrever é você, então...

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  3. Desculpe chegar sem avisar, mas eu não consigo esquecer você dizendo que já não me ama...
    Lucas: Isso nunca - que tiro :(

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  4. tinha feito um comentário abrindo meu coração e não postou acredita? Bom aqui vou eu de novo kkkkkk eu chorei horrores com esse capítulo, me identifico muito com a Helô e consegui sentir a dor que ela sentia, aprendi muito com esse capítulo, sério. Queria tanto que o Lucas realmente conhecesse a Helô, não a Bruna, mas a Helô, essa menina divertida e amiga de todo mundo. Eu sou apaixonada por Helucas, pela Olívia, por essa família, por esse amigos, que loucura kkkkkkkkk amo essas cenas que juntam todas as mamães e todos os amigos, acho tão divertida
    Enfim, chorei largada kkkk ansiosa para o próximo capítulo, um beijooooo

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  5. Caramba chorei muito quando eles comecam a conversar, tipo ela ela toda durona mas ná conversa ela chorou e eu então nem se fale kkkk puts sou apaixonada nessa historia parece tão real, serio... Leveu varios tiros nesse capitulo meu Deus kkkkk não quero que acabe, mas ja quero o proximo capitulo haha

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  6. Caramba! Que capítulo foi esse? Emoção à flor da pele e lindo demais. Não teve como não se envolver com esse capítulo, eu já o reli umas 10 vezes depois que tu postou e com certeza vou fazer isso mais vezes, pois existe um sentimento tão puro que faz nós ficarmos cada vez mais imersos a esta história. Simplesmente lindo! Psicológico não aguentou e chorou junto hahahah

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  7. Amei Continua❤❤🔝✋✋🔝❤❤❤❤❤❤👏😍

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  8. FODA FODA FODAAAAAAAA KKK TO NA MERDA, DE QUATRO !! ADEUS

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  9. nossa que saudade dessas reconciliações baphonicas! vou sentir muita mais muita falta mesmo de tudo isso, vou estar sempre por aqui mesmo depois do fim viu!!!!!

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  10. Capítulo perfeito, emocionante. Amo helucas, e essa família, adoro quando ce junta todo mundo, ta perfeita e não irei superar o fim. Espero que tenha acabado as tretas pq pra falar a vdd não gosto muito Kkkk mais vc arrasa sempre. Vai deixar saudades. Senti falta do recadinho no final. Beijos

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  11. Ah como faz pra não acabar nunca? Kkkkk
    Melhor fic, vc arrasa sempre. Parabéns linda. Continua que ta incrível

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  12. esse foi um capitulo que eu usei pra minha vida, me ajudou muito a refletir sobre meus atos que por incrível que pareça estavam muito iguais aos da helo! saiba que isso tudo é bem mais que uma simples fanfic é lindo ver a maneira que você conduz tudo isso levando para um lado tao humano, realmente impressionante!

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  13. Você é tão... incrível. Parabéns por essa história! Eu aprendo todos os dias que leio e não só pela escrita, mas pela análise psicológica que você faz, são coisas que acrescentam na minha vida. Muito obrigada. E continua kkk <3

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