Capítulo 64

Atendi logo a chamada do Lucas que, incrivelmente, me atendeu com um tom de voz animado o que me surpreendeu por tudo que estava acontecendo comigo, embora soubesse que para ele aquilo era bem positivo.
Lucas: Oi, Helô! Cê tá bem?
Helô: Tô, ué, e você? Aconteceu alguma coisa?
Lucas: Tô também, calma... Tava falando com a minha mãe agora pouco no celular e ela pediu para que eu te fizesse um convite. Ir para Patrocínio comigo!
Helô: Você contou pra ela... disso que tá acontecendo?
Lucas: Sim, eu contei pra ela que cê tá grávida e eu vou ser pai - parecia que ele fazia questão de falar mesmo aquilo com todas as letras, incrível!
Helô: Tá, mas eu tô sem condições de ir, não quero, meu
Lucas: Ela pediu por favor, não é só por mim. Vai pela minha mãe? Ela me disse que quer te levar em um lugar, tem um super convite pra fazer. Cê vai negar?
Helô: Que joguinho sujo hein... Que horas você vai?
Lucas: Três e pouca, dá tempo de cê ficar mais aí com as meninas, se é isso que cê quer saber
Helô: Como você sabe que eu tô aqui?
Lucas: Stalker - eu acabei rindo da voz tipo de quem quer botar medo que ele me colocou - A Isa postou no twitter que cê e a Carol tavam aí
Helô: Ahhhhhhh tá! Mas enfim, vou almoçar com elas aqui memo e depois eu vou pra casa que eu tenho que separar uma bolsa e a gente vai, pode ser assim?
Lucas: Eu vou aí te buscar, cê tá sem carro, né?! Eu passo aí, depois vamo na tua casa, cê separa umas coisinhas poucas, porque sábado eu tenho que voltar pra São Paulo e aí a gente vai. Vamos no meu particular, então dá tempo de tudo!
Helô: Lucas, não precisa vir me buscar
Lucas: Isso nem tá em discussão, daqui a pouco eu vou aí
Helô: Você quer que eu te xingue? Só quem pode ser grosso nesse relacionamento sou eu - consegui ouvir ele soltando um risinho
Lucas: Tá bom, de qualquer jeito, daqui a pouco eu tô aí. Nick tá em casa?
Helô: Tá na escola, mas quando tu chegar aqui, ele já deve tá.
Lucas: Ah, que bom! Então tá, beijos e fica com Deus, viu?
Helô: Você também! - desliguei lá o celular e as meninas estavam numa conversinha paralela lá, mas pararam quando perceberam que eu desliguei o celular - Lucas quer que eu vá para Minas com ele, cara. Ou melhor, diz ele que é a mãe dele.
Isabella: E tu vai né?!
Helô: Por ser a Karina quem mandou ele dizer isso, fiquei meio sem opção. E ele ainda disse que ela quer me levar em algum lugar aí. 
Carolina: Vai sim, bom pra distrair a cabeça. E mais, ás vezes esse lugar é alguma coisa que pode te ajudar.
Helô: Meio difícil né, Carol?!
Carolina: Tudo pode ser um meio pra te ajudar, se você quiser. Falando nisso e eu juro que é a última coisa sobre a sua gravidez, por enquanto, mas eu tava até falando aqui com a Isa, ela conhece também, vou te indicar o instagram e o blog de uma amiga minha que eu acho super necessário para você.
Helô: Gente, eu não tô precisando de auto ajuda, no máximo é de uma máquina do tempo
Isabella: Mano, quem ela vai te indicar é muito bom, quando você tiver um tempinho e vontade, eu tenho certeza que você vai ler e entender tudo o que a gente tá falando.
Carolina: O nome dela é Bianca, o instagram é bi_maejovem e o blog eu acho que é só mãe jovem o nome, mas de qualquer jeito tem o link no instagram dela. O filhinho dela já tem dois anos, mas ela tá sempre contando várias coisas sobre a gravidez e o melhor de tudo, no blog tem vários depoimentos sobre mães jovens. Eu conheci ela através desse trabalho que ela faz e hoje ela é super minha amiga! Ela é daqui de Santos também 
Isabella: E agora ela tá namorando o Cris, né?! Vi no instagram também!
Carolina: Pois é, agora que eu tô vendo ela direto!
Helô: Que Cris? O Guedes? - elas assentiram - E tá, depois eu vejo se quero ler alguma coisa sobre isso. Por enquanto o que eu mais tô querendo é encontrar minha paz, vou enganar vocês não.
As meninas acabaram de fato trocando de assunto levantando a hora da gente começar a fazer o almoço, já que o Lucas ia passar lá pra me buscar e eu não ia poder mesmo demorar muito. Incrivelmente, me distrai de uma forma que nem pensava que iria conseguir. Ficamos ouvindo música e praticamente deixando a parte da cozinha toda pra Carol, que era quem tava de casa nova, e mandando muito bem, diga-se de passagem. Quando foi 12:30, tava quase tudo pronto e o Nick ainda chegou da escola, aí mesmo que a energia boa tomou conta daquele lugar. Ele nos divertia como nunca contando a manhã na aula e estar na presença dele era sempre uma coisa que me cativava, me fazia esquecer do mundo e de qualquer problema. Almoçamos juntos e quando foi só por volta das 13:10, o Lucas chegou por lá. Lógico que a primeira pessoa que foi recebê-lo foi o Nick. Eles ainda ficaram brincando um pouco lá na sala, ele conversou um pouco com as meninas, mas embora tenhamos oferecido, ele já tinha almoçado e não embarcou nessa co a gente. Quando vimos a hora se apertar, nos despedimos das duas e do Nick, fiquei ainda de voltar no sábado para poder ir no aeroporto com a Isabella e ele no domingo e assim nós voltamos para São Paulo. Poderia soar estranho, mas quando estava só nós dois assim, sozinhos, o assunto parecia que não conseguia fluir. Estávamos, de fato, em mundos completamente diferente sob um mesmo aspecto. Fomos aquela pra mais de uma hora da subida de volta para São Paulo mais ao som do que tocava no rádio do que a qualquer outra coisa. E quando chegamos lá no prédio, mais pela correria que estávamos, esse clima não mudou. Separei algumas poucas roupas colocando numa mala pequena, pus minha necessaire com alguns objetos importantes, alguns cremes, sapato e em tempo curto consegui arrumar. Peguei algumas peças e me vesti finalizando o look com uma rasteirinha e colocando um brinquinho. Pronta assim, a gente desceu e fomos pro aeroporto de onde lá só tínhamos um destino: Patrocínio. Chegamos na casa da família do Lucas por volta das 17:00 e logo quando o Lucas abriu a porta, deu de cara com a Karina lá, toda sorridente.
Karina: No barulho lá do portão já sabia quem era! Saudade de vocês, meus amores! - ela foi abraçar o Lucas primeiro
Lucas: Também tava, mãe!
Karina: E cê, Helô? - ela me puxou para um abraço - Não gosto de te ver com essa carinha...
Helô: Não tem jeito... Você tá bem?
Karina: Tô sim, graças a Deus! E feliz por vocês, queria que cê soubesse - ela segurou a minha mão
Helô: Obrigada, Karina, mas eu não queria falar sobre isso, de verdade.
Karina: E eu respeito, juro a você. Só de cê ter vindo e aceitado o convite que eu fiz já fico feliz!
Lucas: E aí pra onde cês vão, eu quero saber também!
Karina: O outro nem vai e tá querendo fazer fofoca - acabei soltando um risinho - É surpresa, amanhã ela vai saber e eu espero que gostar.
Helô: Olha que eu também...
Lucas: Meu pai e o Zoca, onde tão?
Karina: Viajara para uma apresentação do Leandro! Sábado tão chegando aí cedo.
Helô: Gente, tô meio cansada... Posso subir?
Lucas: Claro, vamos lá no quarto.
Karina: Só daqui a pouco eu chamo cês pra gente jantar, tá? Não aceito não como resposta, tô precisando de companhia pra fazer minha refeição.
Helô: Não vou negar sua comida, juro!
Lucas: Nem eu!
Ele soltou um risinho e a gente subiu lá pro quarto dele, onde logo colocamos as nossas coisas ali por cima e ele foi colocar um short mais folgado. Tirei só meu sapato e aproveitei que a cama dele estava forrada, me deitando lá antes mesmo de trocar de roupa. 
Lucas: Cê tá se sentindo bem de verdade? - ele virou para mim
Helô: Tô com um pouquinho de dor de cabeça...
Lucas: Pro cê tá me falando isso é porque deve tá doendo a beça
Helô: Pior que não, dessa vez tá fraca mesmo
Lucas: Vou lá embaixo ver se tem algum remédio pro cê tomar
Helô: Nem sei se eu posso tomar qualquer coisa, será que pode?
Lucas: Também não sei, mas minha mãe com certeza sabe de tudo! Pode deixar que eu vou lá falar com ela - ele pausou já colocando a mão na porta pra sair - E falando em mãe, liga pra sua que ela nem sabe que cê veio né?!
Helô: Ih, pode crer, vou mandar mensagem pra ela.
Lucas: Vou ali, qualquer coisa cê chama ou desce, tá?
Helô: Tá bom!
Assenti e peguei meu celular lá pra mandar uma mensagem para minha mãe até porque muito daqui a pouco ela já devia estar pirando de preocupação. 

"Mãe?

Tô em Patrocínio, tá?

Vim para cá com o Lucas a pedido da Karina

Sábado eu tô voltando já!

Não precisa ficar preocupada! 

Beijinhos"

Tinha bastante tempo que ela não olhava o whatsapp, então desisti de lá e acabei me pegando na tentação de lembrar do que as meninas tinham me indic

ado mais cedo. Procurei no instagram pelo user que elas tinham me dado e logo achei. Fiquei revirando as fotos dela e uma coisa era fato: O filho dela era a coisinha mais fofa desse mundo! Abri as fotos como lista para prestar atenção em algumas legendas, mas lá ela dava mais dica para quem já era mãe, embora achei um post dela comentando sobre como a gravidez dela foi conturbada. Dei follow nela e fui até a bio da conta descobrindo o link do blog dela. Tinha uma pasta só dedicada aos depoimentos de mulheres que foram mães jovens e as inúmeras formas como essa notícia chegou e como foi o processo da gravidez para ela. Juro que me perdi em meio aos tantos que eu li. Muitas receberam a notícia e viram a vida só mudar positivamente, outras tiveram problemas com o pai da criança e desenvolveram péssimos primeiros meses, algum grupo não soube lidar com a notícia e rejeitou de cara a gravidez e ainda tinham aquelas que sofreram durante todos os nove meses e até mesmo após o nascimento da criança com essa chegada de um filho tão precoce. Vi muitas histórias que carregavam um pedaço da minha e aquilo ora me dava força, ora desânimo. Tinha muita coisa que me mostrava que uma hora aquilo ia passar, mas ao mesmo tempo me dava um pouco de medo de ficar com esse arrependimento pelo resto da minha vida. Não ia ser fácil perder minha identidade assim tão fácil e passar para mais de nove meses com essa indisposição psicológica geral. Li o blog quase inteiro e só parei quando ouvi o Lucas chegando lá no quarto para me trazer um remédio. Aquela quinta feira não iria conseguir terminar do mesmo jeito depois de bombardear a minha mente com esse monte de informações sem conseguir e poder externar. Espero ainda encontrar um lado bom nisso, de verdade (...)

Sexta feira amanheceu com o alarme gritando desesperadamente. Deveriam ser 07:00, pois eu tinha combinado com a Karina de sair ás 08:00. Ainda não fazia ideia de onde ela me levaria, mas também não estava em condições de pensar em nada além de desligar aquele aparelho que fazia o barulho mais irritante da face da terra. O Lucas acabou despertando por razões óbvias.

Lucas: Que horas são? - ele falou com os olhinhos bem pequenos

Helô: Uma na qual você não precisa acordar... São sete horas ainda, pode voltar a dormir. 

Lucas: Pior que eu vou memo, tô com sono ainda. Cê vai sair com a minha mãe já?

Helô: Uhum, vou me arrumar. Tentarei não fazer barulho - ele deu um sorrisinho a ponto de deixar os olhos dele quase fechados de tanta preguiça 

Lucas: Tá bom, brigado! - fui e dei um selinho nele 

Helô: Quando eu voltar a gente se fala direitinho

Levantei lá e fui até minha mala logo de onde separei peças bem práticas para poder ir logo lá no banheiro. De manhã a paciência é bem zero mesmo para me arrumar! Com tudo na mão, eu fui até ao banheiro, de onde depois de fazer meu xixi e escovar os meus dentes, eu entrei no box e tomei meu banho. Terminei me secando, colocando minhas peças intimas e o meu vestido. Saí penteando meu cabelo e voltei para o quarto só para escolher uma sapatilha pra colocar junto. Pus mais alguns acessórios e quando olhei para a cama, o Lucas já tinha conseguido voltar a dormir. Então, peguei minha bolsa, coloquei meus pertences e desci com ela nos ombros mais o celular na mão, atualizando minhas redes sociais. Entrei na cozinha e a Karina estava lá passando o café.

Helô: Bom dia, Ká!

Karina: Bom dia, Helô! Dei uma atrasadinha, ainda tô passando café, mas senta aí que já já tá pronto

Helô: Que isso, tem problema não. Nunca culpo atraso de ninguém por sono - ela deu um sorriso e eu coloquei minha bolsinha lá na banqueta - Mas vou te ajudar também, pô, vou pegar as coisas na geladeira, tudo bem?

Karina: Claro! Tá ansiosa pra onde a gente vai?

Helô: Até que não porque eu não tenho a mínima ideia de onde pode ser

Karina: Eu acho que cê vai gostar... É a minha única e última cartada!

Helô: Não entendi mesmo o que você quer dizer com isso - falei colocando as coisas sobre a bancada - Mas, espero que eu goste, porque tô pra te dizer que eu não gosto muito de surpresa

Karina: Disso eu sei, o Lucas sempre fala! Mas o lugar é surpreendente por si só, eu nem preciso falar nada

Eu acabei ficando quieta. Quanto mais ela falava, menos era a minha noção de onde nós estávamos indo. Ela terminou de fazer o café e a gente sentou para tomá-lo conversando sobre a carreira do Leandro. Terminamos rapidinho lá e enquanto ela foi pegar a bolsa dela, aproveitei para dá uma lavada rápida na louça. Ela desceu já pronta e me chamou para nós irmos. Quando estávamos entrando no carro dela, ela acabou soltando, pelo menos, para onde nós íamos: Uberlândia. Agora sim eu podia entender um pouquinho do porque termos saido tão cedo. De um lugar ao outro levávamos tempo de duas horas e isso era mesmo necessário, até para não voltarmos muito tarde. Fomos todo o tempo conversando, incrivelmente com ela a conversa fluía bem e ela não havia tocado mais no assunto da gravidez. Isso, para mim, era bom! Quando foi por volta das 10:10 foi a hora que o assunto não abastecia aquilo que meus olhos estavam vendo: Estávamos estacionando em frente ao Hospital do Câncer de Uberlândia.

Helô: Calma aí... - falei ainda sem tirar meus olhos de lá - É aqui que nós vamos?

Karina: Sim senhorita!

Helô: Isso é uma surpresa boa? - falei com uma das sobrancelhas levantandas

Karina: Vai por mim, nesse lugar cê vai ver coisas surpreendentes... Vamos?

Ainda meio perdida naquilo, assenti e a gente saiu do carro. Entramos pelo hospital a dentro e paramos na recepção encontrando uma moça muito simpática, revelando um clima oposto do que eu pensava rodear aquele lugar. 

Talita: Bom dia, no que posso ajudar vocês? Sou chefe de corredor desse andar e acho que vocês tão precisando de mim, não é?

Karina: De certa forma, sim! Estou precisando de uma orientação, pois vim aqui visitar...

Talita: Esqueci de falar a vocês, meu nome é Talita. Pois então, vocês vieram visitar algum paciente conhecido de vocês ou é uma visita ao hospital?

Karina: Na verdade, eu vim para visitar o hospital. Fiz uma busca pela internet de como funcionava aqui e queria mesmo era conhecer a área infantil... Lá pode ter visitação, né?!

Talita: Pode sim, tem horários para isso, mas vocês estão nele. Vai das 08 da manhã até ás três da tarde.

Karina: Ai, ainda bem, nem tinha olhado esse detalhe - elas riram e eu continuava em silêncio. Embora agora já tivesse um pouco de noção, a visitação a área infantil seria um passo muito forte no meio de todo esse embargo que está a minha vida.

Talita: A parte infantil é no terceiro andar, então vou encaminhar vocês para outra chefe, a Luiza e lá ela vai guiar vocês as partes de oncologia infantil. Tudo bem? Só vocês seguirem aqui nesse corredor e no final dele tem o elevador para chegarem lá.

Karina: Tudo ótimo! Muito obrigada pela atenção querida! - elas sorriram uma para a outra e a gente seguiu no corredor como ela havia indicado. Me mantive em silêncio, sempre prefiro ver para depois dar meu parecer e não queria que dessa vez fosse diferente, ainda mais se a Karina tivesse uma boa intenção com isso. Quando chegamos ao segundo andar, encontramos logo essa tal Luiza, provavelmente tinha se comunicado com a outra chefe.
Luiza: Bom dia, meninas! Posso ajudá-las?
Karina: Acho que bastante - ela deu um risinho - Gostaria de visitar essa parte aqui de crianças com câncer e queria saber como a gente faz pra conhecer e tudo mais.
Luiza: Como tudo ainda está bem calmo por aqui, eu vou poder até acompanhá-las, mas vou explicar antes. Esse andar de oncologia infantil é dividia em três partes, basicamente. A primeira é a área das crianças que estão correspondendo ao processo de quimioterapia e a gente deixa aberto a sala de diversão delas, onde com certeza quando a gente passar por lá vão ter inúmeras muito receptivas e prestes a adorar a visita de vocês; a segunda são salas mesmo onde abrigam de três em três, basicamente, as crianças que estão com poucas células e não conseguem realizar ao processo da quimioterapia, provavelmente indo a cirurgia em breve. Essa área está aberta sim a visitação, mas a gente sempre pede que quem vem vá somente a três quartos no máximo pois uma exposição dessa para os nossos pacientes é muito ruim, eles são muito suscetíveis a qualquer coisa que em vocês pode passar desapercebido, mas no sistema dele fazem toda a diferença. E a terceira área, por toda a delicadeza do que se trata, não pode ter visitantes pois infelizmente a doença já está em fase terminal e todo cuidado é muito pouco para eles, então fica de acesso restrito a equipe do hospital e a parentes mais próximos. - ela pausou - Vamos primeiro a sala de diversão? A essa hora sempre tem bastante crianças por lá, porque quem tá na fase final do processo só faz o tratamento na parte da tarde.
Karina: Claro, claro... Vamos sim né, Helô?! - apenas assenti com a cabeça e começamos a seguir a Luiza. 
Ela entrou numa sala cujas portas eram de vidro e do corredor dava para ver o colorido que aquele ambiente trazia. Parecia uma coisa espiritual, entende? Tudo aquilo, tão vivo, fazia você se sentir bem só de estar ali. Como se fosse um mundo particular! Tinham muitos quadros, porém estampados por desenhos a mão, provavelmente ilustrado pelas próprias crianças que estavam e iam ali. Pelos tapetes que formavam um enorme quebra cabeça, também colorido, de emborrachado estavam inúmeras crianças: de várias idades, cores e com pouco cabelo. Mais isso não era nada perto da quantidade de fé e de esperança que elas expressavam por um simples sorriso. A gente ainda não tinha falado nada com ninguém, mas só de nos olhar, elas abriam um longo sorriso. Uma ingenuidade desconhecida, digna de ser estudada! Meus pensamentos se cortaram com a voz da Luiza chegando bem próxima a nós.
Luiza: Então aqui é o lugar mais agradável de todo o hospital. Não sei se vocês já conseguem sentir isso, mas aqui a felicidade brota sem a gente nem mesmo esperar...
Helô: Eu tô! - pensei alto, pois ambas olharam para mim e a Karina abriu aquele sorriso.
Luiza: Aqui é assim! Você entra e entende como as coisas pequenas fazem diferença. A crianças são muito felizes, se não fosse a queda dos pê-los, ninguém jamais diria o quanto de coisas que elas enfrentam. Vê-las tão dispostas a viver nos dá um gás inexplicável! - ela pausou e falou mais alto para chamar a atenção das crianças - Bom dia, olha que nós temos visita! - as crianças olhavam para ela atentamente, pareciam guardar muito carinho por ela - Vamos dar oi? - elas obedeceram e soaram como um coro.
Depois disso, as crianças começaram a de fato se aproximar. Seja só para dar um abraço, com algum brinquedo na mão ou até mesmo aquelas maiorzinhas para bater um papo. Ficamos com as crianças por ali para mais de uma hora e todas as que se aproximavam de mim, queriam falar dos meus olhos. Chegava a ser engraçado! Eu e a Karina nos divertimos muito com eles e com tudo aquilo que conseguiam nos passar. Mais uma vez consegui me abstrair de todos aqueles problemas que me rondavam, mas aquela sensação era única. Eu juro por tudo que eu nunca havia tido algo dentro de mim como estava agora. Estava me sentindo leve, todo aquele baixo astral que andava me rondando parecia evaporar a cada hora que uma daquelas crianças me olhavam, me sorriam, me tocavam. Ficamos naquele clima sem sentir o tempo passar até quando uma outra mulher, acho que coordenadora foi avisar sobre o horário do almoço que em breve ocorreria, que eram para as crianças irem para os respectivos quartos e tudo mais. Ela ficou lá para organizar e então eu e a Karina acabamos por sair do cômodo, porém, além de toda aquela leveza dentro do coração, ainda ganhamos muitos desenhos e palavrinhas gostosas para levar a vida toda.
Karina: Eu estou muito encantada por essas crianças, Luiza!
Luiza: É a reação de todo mundo quando sai daí e a minha ao sair daqui todos os dias. Muitas pessoas falam a respeito de trabalharmos nessa área, mas não conseguem compreender a luz que essas crianças trazem diariamente as nossas vidas.
Karina: Muito lindo mesmo!
Luiza: E então, vocês querer fazer visitação a algum quarto? Se quiserem, tem que aproveitar esse tempinho rápido antes de começar a passagem do almoço.
Karina: Cê quer? - ela virou para mim
Helô: Quero! - falei com toda certeza que tinha em mim 
Luiza: Vamos aqui então... - a gente chegou até essa ala dos quartos e entramos em um que, apesar de ter três camas, só tinha uma ocupada e uma mulher sentada no sofázinho lá - Bom dia, com licença! Ih, nesse aqui só tem uma princesa e pelo visto ela está dormindo - falou com a mulher que logo se levantou 
Vitória: Poxa, que pena! Ela dormiu faz pouco tempo, teve que tomar remédio, aí já viu...
Helô: Você é a mãe dela?
Vitória: Sou sim, meu nome é Vitória!
Helô: Prazer, sou Heloíza. 
Karina: E eu Karina! - ela sorriu
Luiza: Essa princesa é uma das mais guerreiras que nós temos aqui no hospital, estamos muito orgulhosas porque se Deus quiser em breve ela se muda pra outra ala onde a gente tava.
Vitória: Ela se operou tem sete dias e com a glória de Deus tá tudo dando certo, só melhora. - a mulher já falava se emocionando e olhando para a filha lá deitada, de olhinhos fechados, dormindo como um anjo - Quando eu descobri que a minha filha tava doente foi tão difícil para mim.... Ela tinha seis anos, era muito difícil se apegar a uma coisa quando tudo conspirava contra. Mas depois só vieram entendimentos! Deus me deu alguém que luta todos os dias para viver, alguém que me ensina a valorizar o presente e principalmente me permite amá-la incondicionalmente como se fosse o último dia! - a mulher falou como forma de desabafo e aquilo já fez a Karina chorar. Meus olhos marejaram a ponto de embaçar a minha visão, mas eu consegui segurar bem a onda. Naquele momento o inevitável foi só o arrepio. Deus parecia que estava ali, pedindo para que aquela mulher me tocasse através das palavras.
Karina: Que coisa linda! Eu sou mãe de dois filhos e não suportaria essa barra, você também é muito guerreira - a Karina foi abraçá-la
Vitória: Eu não desejo isso para ninguém, mas eu te garanto, eles no ensinam a isso.
Helô: Eu nem sei nada sobre isso - tomei voz - Mas você me fez entender uma coisa que eu tô há horas procurando resposta. Obrigada! - tomei a iniciativa de ir abraçá-la também que me correspondeu de forma forte
Vitória: Quando você for mãe, vai entender a dimensão desse sentimento.
Helô: Espero que em breve - pela primeira vez eu toquei a minha barriga e a Karina me olhou voltando a emoção
Vitória: Você tá grávida?
Helô: Uhum - eu balancei a cabeça, mas não pudemos prosseguir no assunto, pois logo bateram na porta e era a moça para avisar da entrega das comidas.
Assim tivemos que nos despedir ali delas e depois da Luiza que nos levou até a entrada do elevador. Agradecemos a ela por toda a atenção, pedimos indicação sobre um lugar ali próximo para comer e nós seguimos, antes de entrar no carro, até um restaurante que tinha ali na esquina. Fizemos nossa refeição de forma básica ali e a Karina não havia me perguntado nada, fomos quase em silêncio, por mais estranho que isso possa parecer. Assim, nos alimentamos em tempo recorde e voltando sobre onde o carro estava estacionado. Ela entendia o meu momento, queria me deixar livre com os meus pensamentos. E agora, na estrada, seria o momento exato para isso. Não conseguia assimilar as minhas atitudes de antes dessa visita ao hospital, não sei se me sentia ainda a mesma pessoa. Tirei minha hora para conversar com Deus. Pedi perdão por um dia ter questionado tanto um propósito que Ele havia me enviado. Encontrei uma mulher com a filha no hospital que era completamente plena com aquilo que Ele havia a destinado. Por que eu, nos auges dos meus 20 anos, com a minha família completa, sem quaisquer problemas e prestes a ter um filho estaria me sentindo na razão de culpá-lo por atitudes minhas? Minha vida mudaria muito dali por diante sim, mas eu não deveria me entristecer tanto por estar gerando uma vida. Eu estava querendo desperdiçar a oportunidade de dar vida a alguém enquanto existiam milhares de pessoas lutando por ela. Era contraditório, era estranho, não condizia com o que eu costumava ser. Eu precisava pedir perdão por isso! Eu precisava me abrir para Deus de forma inteira a ponto dEle compreender o meu arrependimento e cuidar do meu filho para que ele jamais sinta qualquer sintoma de rejeição que possa ter aflorado em mim. Fui com toda essa síntese de pensamentos durante as duas horas de viagem até que já em Patrocínio passamos por uma paróquia. 
Helô: Ká, para aqui, por favor?
Karina: Na Igreja?
Helô: Sim, é rapidinho, eu só quero fazer uma oração.
Karina: Tudo bem, meu amor, a gente para. 
Ela estacionou lá e a igreja, embora aberta, estava praticamente vazia. Só de entrar ali o arrepio tomou conta de mim. Fui até a primeira fileira e me ajoelhei ali, rezando um Pai Nosso enquanto nessa hora as lágrimas foram inevitáveis. A fé sempre foi algo que me levou para todos os lugares e sempre senti muito disso vindo da minha mãe, que sempre esteve de oração por mim durante todas as minhas viagens, loucuras e o tempo que eu ficava fora. Repeti por inúmeras vezes a palavra perdão, pois eu sabia que só a partir dali poderia começar a pensar na minha vida como mãe. Eu precisava me entender com aquEle que eu desconfiei durante todo esse período pelo simples fato de ter me dado a coisa mais linda do mundo: Uma vida. Quando terminei, fiz um sinal da cruz e a Karina acabou me ajudando a levantar. Segurei a mão dela até a gente chegar na porta e lá eu a puxei para um abraço.
Helô: Acho que você não poderia ter feito coisa melhor por mim! Ou melhor, acho que Deus não poderia ter sido mais bondoso quando te colocou em minha vida. Muito obrigada! Eu te amo de verdade!
Karina: Oh, minha Helô! - ela deu um beijo na minha testa - Eu amo você! Você e esse meu netinho que está aí dentro da sua barriguinha. Eu não podia deixar tudo isso acontecendo na sua vida sem você entender os porquês que Deus faz as coisas para nós. Você foi escolhida! Quando aconteceu comigo, eu fiquei sem rumo, mas hoje me sinto experiente para mostrá-la como o inesperado pode se tornar a melhor coisa do mundo. Não tenha medo do amor, muito menos de amar. Desde muito cedo eu conheci esse sentimento de forma arrebatadora, com o Paulim, com o Lucas e em seguida com o Leandro. A partir de agora você vai entender o que é a vida de verdade! - ela limpou as minhas lágrimas e me deu mais um abraço forte.
Helô: Obrigada por tudo! - soltei um sorriso - Agora vamos? Quero muito falar com o Lucas!
Karina: Ah mas ele vai amar tudo isso! Então vamos logo!
Voltamos para o carro e ela deu partida para chegarmos em casa. Fui esse pequeno caminho com um sorriso no rosto, estava muito precisando falar com o Lucas. Chegamos num tempo de 15 minutos e ela pôs o carro na garagem, me deixando sair logo que nem louca procurando o Lucas. Ele estava lá na sala deitado no sofá e até se assustou um pouco quando me viu.
Helô: Lucas, eu preciso muito conversar com você. Podemos subir?
Lucas: Que que tá acontecendo? Cê tá animada, tá triste? Pra onde cês foram?
Helô: Eu vou te contar tudo, vem cá.
Lucas: Cadê minha mãe?
Karina: Tô aqui, vai lá com ela Lucas, tem muita coisa pro cê ouvir - ele acabou assentindo, embora desconfiado e a gente entrou lá no quarto dele de onde eu sentei na cama e ele veio logo ao meu lado. Abri os meus braços e ele me abraçou com toda força que tinha me fazendo chorar logo. Acho que a sensibilidade da gravidez já estava ferrenha na minha vida, porque isso com certeza não era normal.
Lucas: Eu tô preocupado, o que aconteceu?
Helô: Lu, eu entendi tanta coisa que você não imagina - me afastei um pouco dele - Eu só quero que você também me perdoe, de verdade.
Lucas: Eu não tenho o que te perdoar, doidinha, eu só quero saber que lugar mágico foi esse que cês foram
Helô: Ela me levou no hospital do câncer em Uberlândia, cara. Embora tudo pareça soar tanto como tristeza, quando você entra lá, sai revigorada. De esperança, de amor, de ingenuidade, de fé e principalmente de entendimento. Eu não tenho o direito de rejeitar uma vida enquanto existem tantas outras pessoas lutando por ela, sabe? Eu não posso não gostar de ter um filho enquanto tem tantas mães lá só implorando para que os filhos tenham mais um dia de vida. Isso foi um choque de realidade, mas ao mesmo tempo a única forma que eu tinha de entender o quanto isso é um presente.
Lucas: Meu Deus, Helô, que coisa linda de se ouvir do cê! Tô orgulhoso, tô feliz, tô grato a Deus por ter ouvido minhas preces com relação a isso. Cê aceitando um pedacinho nosso é tudo o que eu preciso nessa vida! Ele é nosso, nosso filho, cê tem ideia do tamanho de amor que isso é?
Helô: Acho que ainda não, mas eu quero muito ter, de verdade. - me joguei lá na cama - Que Deus me perdoe e me ajude em toda essa caminhada, assim como você, porque é só disso que eu preciso. - ele chegou um pouco mais pra trás e colocou a mão sobre a minha barriga

Lucas: Me ajude a melhorar, sozinho eu não consigo mais, já sei, eu sou humano, eu só sei errar... - ele começou a cantarolar aquela música e só pela letra, embora eu nunca a tenha ouvido, me deixou mais emocionada ainda - Meu Pai, o mundo insiste em me comprar, mas eu não quero o que vem de lá, eu quero agora a glória de Deus. Eu cansei, já não quero mais viver pra mim, de uma vez por todas vou me esvaziar, vou mandar embora o que não é Seu. Perdoa todas as vezes que eu Te entristeci, não pensei em Cristo, só pensei em mim... Me ajude a melhorar! Me ajude a melhorar, sozinho eu não consigo mais, já sei, eu sou humano, eu só sei errar, me ajude a melhorar! Me ajude a melhorar, sozinho eu não consigo mais, já sei, eu sou humano, eu só sei errar... Me ajude a melhorar! - quando ele terminou, nós dois estávamos em lágrimas. Aquela música era exatamente tudo o que eu precisava ouvir. Deus parecia mais uma vez estar entre nós.
Helô: Que Ele nos ajude a sermos sempre melhores.
Lucas: Ele vai, Ele não nos deu esse presente sem pensar nisso - ele chegou bem pertinho do meu rosto - Te amo! 
Helô: Eu também! - fechei os olhos e ele me deu um beijo. Calmo, de como quem queria passar segurança, gostoso na medida certa. Ele ficou um tempinho acariciando o meu rosto e depois terminou nosso beijo com alguns selinhos.
Lucas: Eu tô muito feliz, cê num tem ideia
Helô: Eu também, eu tô plena. Nunca me senti assim em toda minha vida, juro!
Lucas: Melhor coisa, melhor sensação...
Helô: Preciso ligar e contar isso pra minha mãe.
Lucas: Com certeza, ela vai adorar. 
Helô: Vou pegar meu celular pra fazer isso, espera aí, tá?
Lucas: Eu vou é lá embaixo encher a minha de beijos, isso sim!
Helô: Faça isso, pois se não fosse sua mãe, não sei como a gente ia tá até agora!
Ele me deu mais uns beijinhos e saiu lá para falar com a mãe dele, enquanto eu fui ligar para minha. Renata, pra variar, não me atendeu e eu acabei mandando um aúdio pra ela no whatsapp, não ia aguentar segurar aquilo mais. Depois de uns vinte minutos ela me respondeu, me ligou e a gente ficou conversando longo tempo, inclusive com ela falando que já ia marcar a consulta pro mais próximo possível. Incrivelmente, eu estava começando a me acostumar com essa ideia já e isso era... Fantástico! (...) Quando foi umas 22:00, o Lucas tava no banheiro e eu mexendo no meu celular acabei achando uma foto com aquela música que ele cantou para mim hoje. Foi impossível não tirar print e acabar a postando no instagram. Tava precisando disso também! Muita coisa hoje mudou a minha vida sendo que, diferentemente do que estava acontecendo, dessa vez para melhor. Demorei tanto a escrever que o Lucas já tinha deitado lá do meu lado, mas logo assim que postei, ele tava comentando por lá.

@heloapollonio Embora seja católica e vir de família assim, hoje essa música fez parte do meu dia de forma mágica. Eu sinto que Deus me tocou através dela, será que dá para entender? Num mundo tão intolerante e preconceituoso, Ele chegou bem perto de mim através de uma canção gospel para me provar que Ele é o mesmo de onde estiver. Principalmente quando eu abrir o meu coração para permitir Sua entrada. Em um dia fui dormir bem, no outro vi a minha vida completamente mudada. Não quis compreender os propósitos de Deus para mim, estive com raiva do mundo e muito questionadora sobre o que estava me acontecendo. Pensei coisas terríveis, fui me fechando mais que o normal e entristecendo a quem foi meu provedor de vida, de existência. No entanto, Deus me mostrou coisas incríveis através de pessoas extraordinárias que Ele próprio colocou na minha vida. Ele me fez entender que aquilo que eu havia recebido é a melhor coisa que alguém pode ansiar! Se um dia eu encontrar o cantor dessa música, vou agradecê-lo. Hoje vou fazer por ele uma oração especial por ter composto uma coisa tão tocante como essa. Assim como vou agradecer por Deus ter me feito entender a razão de inúmeras coisas que eu estava passando e principalmente abrir o meu coração, sempre abarrotado de fé, ao perdão dEle. Eu só quero melhorar! Ser menos egoísta e mais paciente com as situações que Deus põe para eu enfrentar. E quem tá com essa sensação, uso desse desabafo que eu sei que é uma coisa que vocês não estão acostumadas a ver vindo de mim, para indicar essa letra. Não só ouça, sinta! Deus se faz presente nas dores também e tem sempre o melhor pra reservado pra você. Ainda bem que pude entender isso! Boa noite  

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isabellelopes confesso que nunca esperei ler algo assim vindo de você, mas que coisa linda! Deus te abençoe sempre. Ele cura feridas, Ele ajuda a vencer, Ele é o amor. Não se esqueça nem por um segundo disso.

welovelucco não sei o que te aconteceu, mas que você possa sempre enxergar Deus assim pra você. Você é abençoada!

karinalucco Cristo está sempre disposto a conceder o perdão para aqueles que nEle creem. Acredite sempre, é bom saber que fiz parte disso. Amo vc!  

bylucaslucco será que foi alguma coisa com ela e com o Lucas? 

reeapollonio Deus não permite que nem uma folha caia sem Sua permissão. Me deixa muito mais tranquila te ver aceitando uma grande dádiva! Te amo muito ️ 

elisatorres Juro pra você que tô muito arrepiada após ler isso... Deus é tremendo   

lucaslucco não importa o que aconteça, eu vou estar bem aqui do seu lado. É bom te ver compreender como Deus foi e é bom com a gente! Te amo ️  

torcidahelucas o comentário do Lucas! Cara, amo vcs!! 

anabiasimoes Você devia escrever assim sempre... toca muitas pessoas! Que reflexão, parabéns. Deus te guarde sempre  

anjolucaslucco não é nada com eles dois, pelo contrário, tão mais juntos que nunca! Deus abençoe muito esse amor também @heloapollonio @lucaslucco

brunaleitte tudo que eu precisava ler e ouvir... tu é demais! 

porvocehelo podia ficar muito preocupada, mas você me passou tanta serenidade com essas palavras que só me resta também agradecer a Deus por ter feito você assim. Embora errônea, é capaz de compreender os planos dEle pra tua vida e ensinar muito a aqueles que te amam. Obrigada por existir   

Lucas: Que coisa linda que cê postou - ele falou tirando da minha mão o meu celular

Helô: Tudo por nós! - ele começou a me beijar, com as mãos segurando a minha nuca e com a intensidade que ia rolando nos simples toques dos nossos lábios e encontros das nossas línguas, o corpo dele foi caindo pra frente, acabando por pesar sua parte superior sobre a minha. 

Só as mãos dele tocando a minha pele me faziam perder o ar e ficasse sempre muito ansiosa para tê-lo em mim. Era desse jeito por todas as vezes. Ainda que eu quisesse brincar um pouco mais, o desejo que eu sentia por ele chegava a ser quase inexplicável. Ele deitou o seu corpo sobre o meu, descolando nossas bocas por pouco tempo, e quando voltou a encontrá-las, levou as mãos até a minha cintura, de onde apertava e contraía o meu corpo contra o dele. Ficamos ainda algum tempo assim, namorando nossos corpos sem nem chegar nas preliminares. Eram gestos para se desfrutar um pouco do outro com mais carinho, aconchego, toque, beijos e abraços. Algo que eu precisava naquele momento e isso era bem óbvio. Para que aquilo não esfriasse, embora eu achasse quase impossível quaisquer que sejam as coisas esfriarem entre nós, começamos a despir nossos corpos e deixar que as roupas fossem levadas para qualquer parte do cômodo. Para onde elas iam não nos incomodavam, a melhor coisa que fazíamos juntos não tinham a mínima necessidade delas. Ele me deixou só de calcinha e eu aproveitei isso para deixá-lo só de cueca também. O Lucas, por ainda estar no controle, desceu os lábios pelo meu corpo, mas dessa vez diferente do que ele estava acostumado a fazer, foi beijando a lateral, dando alguns beijos mais demorados na minha cintura. Talvez estaria aproveitando que por algum longo tempo ela sumiria ou simplesmente estava querendo inovar algumas coisas, mas de fato, eu estava mais arrepiada do que nunca. Mas foi ainda pior quando ele chegou aonde ficava o fio lateral da minha calcinha. Ele abocanhou e com ela quase que presa em seus dentes foi arrastando até os meus pés, de onde ela saíria de fato do meu corpo. Aqueles lábios batendo até mesmo nas minhas pernas foram o suficiente para que ele já ouvisse alguma gemido que eu tentava abafar, mas ele conseguira prestar atenção a ponto de soltar aquele sorriso malicioso. Foi subindo, mas parou na minha barriga, dando um beijinho nela e abrindo um sorriso diferente do anterior.

Lucas: Aqui tá o amor da minha vida... - ele deu mais um e foi subindo o rosto, me deixando numa situação inevitável de não sorrir junto - E aqui tá a mulher responsável por dá razão a tudo isso. - ele deu um selinho demorado, mas acabamos não extrapolando... ainda! Porque eu tinha planos.
Helô: Acho lindo você romântico! E agradeço, porque pra mim isso também faz sentido! Mas aqui.. - eu virei ele, ficando por cima de seu corpo sentada, com uma perna para cada lado da lateral de seu abdomen - Eu gosto assim! - me aproximei do rosto dele para puxar o lábio inferior dele, que acabou soltando aquele sorriso gostoso e puxou minha nuca para esquentar o nosso beijo.
A língua dele percorria cada canto da minha boca e isso me deixava em êxtase. Chegávamos ao ápice do desejo antes mesmo do ápice e isso era fantástico, nunca havia acontecido antes dele. E eu, amava essa sensação! Quando a falta de ar nos foi inconveniente e ele me viu mais ofegante, tomou posição de novo, me colocando por baixo de seu corpo, mas viu minhas mãos sendo levadas até a cueca dele pra retirar. Não queria mais esperar e ele me ajudou a deixá-lo completamente nu, do jeito que eu mais amava. Ele se aproveitou também desse descanso dentre os beijos e levou os lábios até os meus seios de onde ele começou a dar leves chupões, numa provável tentativa de me distrair e quando me dei conta, ele estava bem próximo de me penetrar. Soltei um suspiro que o fez levantar os olhos e não perder mais tempo: ele me proporcionava prazer em dois pontos diferentes e aquilo deixava passar uma corrente elétrica pelo meu corpo. Agarrei minhas mãos entre os cabelos dele e ficava sentindo aquele momento a ponto de me contorcer algumas vezes pelo lençol. Ele subiu até a minha boca e iniciou um novo beijo entre nós a mesma medida que ia aumentando as estocadas em meu corpo. Enquanto ele se movia dentro de mim, minhas unhas trabalhavam ardentemente em suas costas na tentativa de extravasar toda essa chama presente em meu corpo de alguma maneira. Era extremamente gostosa a forma como o Lucas conduzia tudo! Ele fazia alguns momentos de vai e vem provocativos no meu corpo, ora mais lento ora mais rápido e isso me deixava louca de tesão. O que também refletia nele, que adora ver minhas expressões perante a isso e se deliciar com esse momento. A boca dele também ganhava força e essa era a hora que eu mais gostava do nosso sexo: quando ele admitia a faceta mais selvagem que pudera existir. Ele agarrou as minhas cinturar e fez com que a penetração ganhasse uma nova forma, mais veloz e com mais brutalidade. As nossas mãos tocavam um ao outro de forma desesperada. Quando senti que chegaria a minha hora, mordi o lábio inferior dele e interrompi nosso beijo, para ter voz a implorar mais um pouco por ele. Eu queria mais, sempre mais. Ele investia em mim ainda mais, sabendo da minha situação e acabou até por soltar alguns gemidos comigo, o que não me deixou aguentar e acabei chegando ao topo daquela noite primeiro que ele. Lucas não demorou muito para me acompanhar e depois deitou lá do meu lado para que esperássemos juntos nossas respirações voltarem a sua frequência normal.
Helô: Acho que eu tô precisando de um banho vai... - ele deu um sorrisinho
Lucas: Eu também, né?! - ri da carinha óbvia que ele fez - Foi tudo bem pro cê?
Helô: Foi ótimo! Inclusive, quando eu ficar esses dias chatas assim, você me avisa porque eu tava com uma saudade muito louca de ir pra cama com você
Lucas: Eu também... Demais! Pode deixar que da próxima vez vou te avisar Helô, cê tá muito chata, vamos dá uma pausa aí pra gente transar - acabei caindo na gargalhada e ele me acompanhou
Helô: Isso aí, sinceridade é o necessário, bonitão! - sentei lá na cama - Agora vai, vamos levantar pra ir tomar banho que eu tô precisando descansar
Lucas: Só num tô acreditando que cê vai ficar fraquinha hein
Helô: Nem com um filho de elefante aqui dentro, coisa linda, desse mal você não vai sofrer
Lucas: Aí sim! - ri e a gente levantou indo lá para o banheiro dele.
Era óbvio que quando entramos no box, ele nunca perdia a hora de tentar mais algumas ousadias, sendo que dessa vez não passou disso. Acho que ele também estava cansado o que cooperou para que o nosso banho não se prolongasse. Vesti, incrivelmente, minha roupinha de dormir, ele colocou um short e nós nos deitamos lá na cama, me deixando ver antes ele me dar um beijinho na barriga.
Lucas: Agora sim é boa noite! - ele abriu um sorriso, mas logo levou os olhos ao meu braço por estar arrepiado
Helô: Boa noite e sim, eu ainda vou ter que me acostumar com isso
Lucas: Vai memo porque eu não quero qualquer pessoa beijando nosso bebê e cê ficando arrepiada não, tá? Só comigo que pode!
Helô: Ah ou, vamos dormir vai, fica quieto 
Ele riu, a gente ainda trocou alguns beijinhos e eu me aconcheguei bem colado ao corpo dele para que nós pudessemos dormir. Antes de cair em sono, fiz uma oração diferente daquela que estava fazendo nos últimos dias. Dessa vez tinha voz mais feliz e também disposta. Pedi perdão, mais uma vez, e agradeci pela direção que Ele havia me dado. Agradeci pelo presente e que eu possa cuidar tão bem daquilo que eu estava tendo a ponto de ser digna de ter o Seu perdão por ter cogitado a pensar coisas tão negativas a respeito disso. E assim, dormi em paz. Começara agora a época mais difícil, mas ainda sim mais linda de todos os meus vinte anos. 
Sábado amanheceu e acabei acordando por conta própria, me mexendo na cama e sentindo que o Lucas não estava mais lá, entretanto depois de coçar meus olhos, o vi lá mexendo no armário, trocando de roupa.
Helô: Ei, bom dia! - falei sentando na cama e chamando a atenção dele pra mim
Lucas: Bom dia, doidinha! - ele falou se virando e abrindo um sorriso
Helô: Que horas tem? - falei enquanto fazia um coque frouxo no cabelo
Lucas: Quase dez horas ainda... Tô indo lá buscar o meu pai e meu irmão no aeroporto - ele colocou a camisa
Helô: Ah é verdade, eles chegam hoje, né?! - ele assentiu e eu me levantei - Sua mãe vai com você?
Lucas: Vai não, ela disse que vai ficar porque daqui a pouco vai começar a fazer o almoço, senão ela se atrasa
Helô: Entendi.. - me aproximei lá dele e ele me deu um selinho
Lucas: Cê vai descer pra tomar café?
Helô: Vou te esperar descer, enquanto isso vou no banheiro
Lucas: Tá bom, só vou colocar o tênis
Nem respondi e passei pro banheiro, de onde fiz minhas necessidades e costumes matinais, depois saindo para descer com o Lucas. Eu fui para a cozinha, onde a Karina tá e ele se despediu da gente, pois o voo do Leandro e do Paulim era programado pra chegar mais ou menos aquela hora. Ainda tomei café batendo um papo com a Karina e quando terminei, pedi para que ela me chamasse quando fosse começar a fazer o almoço pra eu poder ajudá-la. Ela assentiu e eu voltei lá pro quarto, pra ficar um pouquinho mais de preguiça. Me deitei na cama, peguei meu celular e respondi todas as mensagens que tinham lá, além de atualizar meu feed. Inclusive, depois de ver tudo, quando reatualizei a primeira foto era uma do Gabriel. Curti e continuei dando uma de stalker por lá nas coisas dos outros, até vendo algumas marcações em mim e em tempo pouco, recebi nova mensagem. Ninguém mais, ninguém menos que do próprio.
"Saudadeeeeeee!!!

Some menos ou

Você que tem que me amar menos hein

Pra me achar no meio desse bando de gente aí

que curtiu sua foto

Hahahahaha

Vc é demais!

Seja de menas hahahaha 

Meça suas palavras, parça haha

Que merda essa conversa hahah

Vamos recomeçar:

Como você tá?

Só li uma coisinha fofa que você postou no insta quase agora

Achei que tava até doente, pô

Palhaço hahaha

Ainda me stalkeia

Cara de pau tá foda nesse amor memo

Mas de fato, estou MUITO FELIZ!

Tenho novissss

Hahahahahaha

Ih doido, qual é a boa?

Tô com preguiça de digitar.

Tá atoa?

Tô deitado hahaha

Fred tá aí?

Vou chamar vocês no facetime

Chama que eu te atendo

Mas ele tá aqui não haha"

Li aquilo lá, mas chamei logo, sem nem responder mais, independente do Fred estar lá ou não. O Gabriel demorou ainda um pouco pra me responder, mas não deixou cortar, atendeu bem em seguida.

Helô: Só quero saber porque demorou 

Medina: Porque eu sou difícil né?! Não posso te atender na primeira chamada 

Helô: Você é um idiota, isso sim, meu filho - ele riu e eu acabei rindo também - Que horas tem aí? Você já tá indo dormir?

Medina: Aqui são cinco horas da tarde, vai escurecer só pra depois, mas eu saí do mar cedo porque tô ficando resfriado, aí já viu

Helô: Só assim pra tu sair memo né?! - ele tava lá com um sorrisão aberto - Mas tá ficando resfriado e continua sem camisa, assim vai espantar o resfriado sim

Medina: Você não tá fazendo ideia do calor que está nessa Austrália, meu, juro! E não dava pra colocar uma camisa só pra falar contigo, sério, abstrai isso aí - ri

Helô: Meu filho, namorando o Lucas Lucco que é tipo um Jacob brasileiro que desconhece a peça blusa, eu já nem me incomodo com isso mais 

Medina: Jacob brasileiro é ótimo - ele gargalhou

Helô: Cadê Fred hein?! Porque ele não tá aí?

Medina: Se bobear, mlk ainda deve tá surfando lá. Se ele tivesse aqui no hotel, com certeza tava aqui perturbando - rimos - Só quem tá aqui é o Charlão, vê só - ele virou lá a câmera do celular e o pai dele me deu um tchauzinho depois de tirar os olhos do que estava lendo, sentado lá numa cadeira com os óculos baixos. 

Helô: Oi! - falei retribuindo o tchauzinho, com um sorriso no rosto, e o Gabriel logo voltou a câmera lá pra ele 

Medina: Mas olha lá, tu tá enrolando e não me conta o que tem pra falar... Que que você anda aprontando hein, moça?

Helô: Tenho uma novidade muito grande, acho que você nem vai acreditar 

Medina: Que isso.. Agora que eu quero saber! - ri

Helô: Tá, eu ainda não me acostumei com essa ideia e não sei contar pra ninguém - meio que respirei fundo, com um sorriso esboçado - Tô grávida, mano!

Medina: Tá o que, Helô? Grávida? - ele abriu a boca de perplexidade, mas sem tirar o sorriso do rosto - Não dá pra acreditar em tu grávida - acabei gargalhando - Meu Deus... Parabéns, cara! De verdade, que Deus abençoe você e seu bebê tremendamente!

Helô: Ai, obrigada, campeão! Nem dá pra acreditar é que eu tô muito feliz com essa notícia.

Medina: Pô, isso e uma benção, tem muitas razões pra você tá feliz!

Helô: Quando eu descobri foi tão foda que eu não gosto nem de lembrar... Mas eu percebi muitas coisas que me fizeram enxergar que, de fato, isso é a maior benção.

Medina: Ah, por isso do texto né?! Mas ainda bem que você viu isso, se não voltava pro Brasil só pra colocar na sua cabeça o quanto filho é um presente. 

Helô: Mas no começo é foda, cara! Pensei tanta besteira que só Deus! Só que não quero falar disso mais porque sou geradora de uma vida agora

Medina: Dá licença, viu? - ele falou me irnonizando e eu acabei gargalhando

Helô: Por favor!

Medina: Se já era abusada sendo uma, imagina carregando mais uma vida... Ah meu Deus! - eu ri e ele me acompanhou - Tô feliz de verdade com essa notícia Helô, nossa, nunca pensei que pudesse ficar tanto.

Helô: Que bom saber disso! Eu gosto dessa empatia que a gente teve logo de cara, acredita? Fico feliz quando você fica feliz com coisas minhas.

Medina: Meu Deus, por que você não ficou grávida antes? Sendo fofa desse jeito assim sem hora não é mesmo a mesma pessoa 

Helô: Palhaço - rimos

Medina: Mas eu também gosto muito de conversar contigo, tava até com saudade de te encher o saco, é bom! - revirei os olhos e ele riu - Quero ver sempre você me mandando fotos desse barrigão hein?!

Helô: Que mané mandar fotos, quero você e o senhor Fred aqui no Brasil acompanhando tudo, tá?

Medina: Quando der a gente tá aí, pode ter certeza! - ele pausou - Tá com quantos meses?

Helô: Ainda não sei, só vou na médica pra fazer ultra e a consulta namoral na segunda. Depois aviso tudinho!

Medina: Isso aí, agora vou perturbar - ri - E falando em criança, amanhã Nick vem pra cá, né?!

Helô: Tô com dor no meu coração... Vou levar ele no aeroporto como? Ainda sensível por causa dessa gravidez só por Deus

Medina: Vou pedir pra Isa gravar isso agora, sério, quero muito ver essa cena Heloíza alá sensível - fiquei fazendo careta e ele riu

Helô: Mano, olhem meu loirinho aí, tô falando sério

Medina: Tá em boas mãos... e ondas! - rimos

Helô: Fala isso pra mãe dele, minha amiga não volta

Medina: Não mesmo - rimos

Helô: Quero saber de você agora, depois que terminar aí o Gold Coast, pra onde vão, o que vão fazer? 

Medina: Eu tô aqui só porque tenho que esperar o campeonato terminar, mas como tô fora já desde a primeira fase, aí a gente deve disputar a parte da repescagem nessa última semana. Fred vai com certeza concorre a alguma coisa nessa semana, porque só perdeu agora na semi final, sempre rola um amistosinho. Aí a gente continua aqui na Austrália, mas vai pra outro lugar. 

Helô: Que vida hein, campeão 

Medina: Pois é - ri da carinha que ele fez 

Helô: Mas vai, falando do Fred ele mitou passando a bateria com o Kelly Slater
Medina: Aquele dia foi o mais engraçado de todo campeonato! Foi no dia que eu perdi, saí puto das ondas, nem queria ver mais o resto, ainda bem que minha mãe falou pra eu ficar. Duas baterias depois veio o Fred arregaçando, deu até pra passar o estresse.
Helô: Eu lembro quando eu liguei pra ele só tinham vocês gritando tudo, muito idiotas - rimos
Medina: Claro, naquela fase só eu tinha perdido. Toledo, Fred e Miguel tavam classificados! Não tinha como! - ele pausou - E vai continuar assim sendo que comigo nelas, ninguém vai segurar no próximo não tá? Assiste daí que vai ser insano!
Helô: Com certeza, tu acha que eu vou perder? Quando começa o próximo?
Medina: É o Bells Beach, em abril.
Helô: Até lá a gente se fala bastante e dá pra vocês treinarem mais, vão arrasar real
Medina: Deus te ouça! 
Helô: Mlk, relaxa, dá tudo certo! - pausei - Mano, vou desligar aqui porque tô na casa da família do Lucas e vou lá embaixo vê se a mãe dele precisa de ajuda pra fazer alguma coisa no almoço e tal
Medina: Tá virando mãe de família, tem que agradar a sogra.. Verdade, tá precisando treinar!
Helô: Otário! - ele riu e eu acabei acompanhando - Tenta fazer uma carinha bonita aí pra eu tirar um print, faz esse esforço
Medina: Até parece, ó a cara de galã do mlk aqui
Helô: Uhum - nasalei bem irônica e ele riu, mas nem falou nada, fez uma carinha lá e eu bati dois prints. - Pronto, coisinha!
Medina: Tu fala pra eu fazer cara bonitinha e fica fazendo careta né?! Acha isso bonito?
Helô: Claro, porque eu sou linda né, meu filho?! 
Medina: Ah, vai lá falar com a tua sogra mesmo que ela tá querendo te aturar, tô aguentando mais não - ri e ele parou lá, levantando os olhos, como se tivesse olhando alguém entrando lá no quarto. Ouvi a pessoa cumprimentando o Charles e já sabia quem era. - Tu num vai acreditar quem acabou de chegar aqui
Helô: Já reconheci pela voz dele falando com teu pai, é o Fred, né?!
Fred: Ih quem tá aí?! - ele chegou lá e entrou na câmera, depois de cumprimentar o Gabriel - Caralho, locona, saudade de tu!
Helô: Também, pô! Gabriel disse que tu tava jogado nas ondas, aí ficamos aqui papeando
Fred: Tava memo, só sai porque tá escurecendo já! Mar tá tranquilinho hoje, tá bom pra matar essa ansiedade
Helô: De ver o Nick, é?
Fred: Nem fala - eu e o Gabriel rimos da cara que ele fez - Tô tão nervoso que já me deu até dor de barriga
Medina: Imagina esse mlk todo cagado no mar? - gargalhei muito acompanhada do Gabriel e tive a impressão que ouvi até a risada do pai dele 
Fred: Vocês são fodas, tô merecendo um alívio, tô muito tempo já sem ver meu mlkinho e ele nunca viajou pra cá, normal ficar nervoso
Helô: Tá bom, vamos fingir que acreditamos né... - pausei - Ó, já ia desligar que eu tenho uns lances pra fazer, mas vou aproveitar a boa e te contar um negócio
Fred: Ih, lá vem!!
Helô: Tu só não vai curtir a notícia mais que seu filho... Vou ser mamãe!
Fred: Que? Como assim? - ele fez uma cara tão perplexo que chegou a ser cômico
Helô: Tô grávida né, meu filho
Fred: Você vai ser o que? Mãe?
Helô e Medina: Mãe porra! - eu e o Gabriel falamos juntos o que acabou causando risos em nós três
Fred: Que falta de paciência, calma gente, tô assimilando isso - ele riu - Vocês ficam aí falando igual, parece até que um é o outro de calça ou saia 
Helô: Já pensou eu sendo esse Gabriel de calça?
Medina: Eu ia ter que correr mais atrás pra ser você de saia, mas até que a gente é bem parecido
Helô: A gente até é, mas tu ia te que correr atrás real né, porque eu não tenho essa sua lerdeza
Medina: Há há há - eu e o Fred rimos da ironia do Gabriel
Helô: Mas vamos voltar aos fatos, seu Fred, Nick vai ganhar um irmão.
Fred: Eu, como uma pessoa que te conheço muito, ainda tô surpreso com isso. Mas tô feliz demais! Por você e pelo Lucas! O mlk tá feliz, né?!
Helô: Sempre quis isso, né?! Tá demais!
Fred: Ai que bom... Fala pra ele curtir muito a sua gravidez, demais - ele falou com os olhos mais baixos, provavelmente contaminado com as lembranças que ainda rodeavam a mente dele. Na verdade, por tudo que ele fez, embora já tenha passado, isso vai ser uma coisa que sempre vai ser perturbador de alguma maneira.
Helô: Ah ou, Frederico! Vamos curtir todos, inclusive vocês! Já falei pro Gabriel quero os dois aqui no Brasil!
Fred: Vamo colar em breve, Helô, fica tranquila.
Helô: Quero só ver... - pausei - Então, deixa eu desligar aqui memo que eu preciso ir. Beijo nos dois, aliás, no teu pai também, Gabriel!
Medina: Aí pai! 
Charles: Valeu, beijão e parabéns pelo bebê - deu só pra ouvir a voz dele
Helô: Obrigada, Charles!
Medina: Beijo, Helô, fica com Deus aí, hein?!
Fred: E se cuida, maluca! Tamo junto, qualquer coisa dá uns toques
Helô: Digo o memo pra vocês! Beijuuuu - fiquei fazendo biquinho e encerrei lá a ligação. 
Antes de bloquear meu celular, acabei indo olhar os prints e decidi postá-lo no instagram. Nem precisava editar, então só escrevi um negocinho lá e logo mandei pra rede.

@heloapollonio Esse cara é insuportável, mas tenho que admitir: Se eu fosse homem, ia ser igualzinho. Meu eu de calças ️ #ecomcertezaiasurfarigual #jánascicomdom #nemtavacomsaudade #vocêsachammaneiroporquenãoaguentam

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affectionbiel Ah que lindos  tava com saudade de ver vocês dois juntos  

sorriaheloiza hahahahaha a legenda hahahaha 

gabisoouuza MEU DEUS QUE SORTE SOCORRO   

smilelucco para  

carolsoares olha esses doissssssssss ️️ 

shinemedina Vocês como a-m-i-g-o-s até são fofos 

marianafonseca choro sempre nas suas legendas hahaha 

fredmoraes maneiro, pô 

karinaoliveira tô passando mal de inveja real, desculpa  

heloapollonio chora menos, Fredaum, depois ligo de novo pra você ter papo exclusivo comigo @fredmoraes haha

gabrielmedina cadê meu eu de saia? hahahaha mto bom matar um pouco da saudade ️ 

ilygabrielm você e o @gabrielmedina  

brunamotta o comentário dele foi maravilhoso, mas só de tá no facetime com ele sem camisa bate os recordes, genten

portelaluiza Deus há de me perdoar por shippar você com o Lucas e com o Medina ao mesmo tempo  

Pela primeira vez tinha postado uma foto com o Gabriel que me fazia rir os comentários, principalmente esse último antes de eu bloquear a tela, pois me era necessário fazer isso e descer lá para saber se a Karina estava precisando de alguma ajuda minha. 

E aí meninasssssssssssssss!! Quero muito a opinião de vocês, porque eu fiz esse capítulo quase que com a minha alma. Espero muitos comentários para saber se foi bom, se foi emocionante, se podia ter sido melhor... Enfim, quero mesmo! Obrigada pelos anteriores e desculpa a demora. Espero ter conseguido recompensar. Beijos